LGBTQIAP+: os desafios enfrentados na sociedade e mercado de trabalho

lgbtqiap mulher bandeira

Você já ouviu falar na sigla LGBTQIAP+?

Todos sabemos que a crise que o Brasil está passando, em relação à taxa de desemprego nos últimos anos, é bem preocupante.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018, o Brasil chegou a marca de 11,6% de desempregados.

E, quando esse assunto está relacionado às minorias, o resultado é ainda maior, pelo fato de que essas pessoas sofrem todos os dias com o preconceito, exclusão, violação de seus direitos e dificuldade de acesso à educação e ao mercado de trabalho.

Por esse motivo, fizemos esse artigo para informar a respeito das dificuldades e desafios na sociedade e no mercado de trabalho enfrentados pelo público LGBTQIAP+.

Boa leitura!

O que significa LGBTQIAP+?

lgbtqiap homem feliz
O que significa LGBTQIAP+?

LGBTQIAP+ é uma sigla que abrange pessoas que são Lésbicas, Gays, Bi, Trans, Queer/Questionando, Intersexo, Assexuais/Arromânticas/Agênero, Pan/Poli e mais, que são os não-binários e drag queen.

O que significa cada letra da sigla LGBTQIAP+?

Entenda, a seguir, o que representa cada uma das letras e o sinal de soma:

L: Lésbicas: Diz respeito às mulheres que se sentem atraídas afetiva e sexualmente por outras mulheres. Elas não precisam, necessariamente, ter se relacionado com outras mulheres para se identificarem como lésbicas.

G: Gays: Diz respeito aos homens que se sentem atraídos por outros homens, e, da mesma forma que as lésbicas, eles não precisam ter se relacionado com outros homens para se identificarem como gays.

B: Bissexuais: É referente às pessoas que se relacionam afetiva e sexualmente tanto com pessoas do mesmo gênero quanto do gênero oposto. O termo “Bi” é o diminutivo para se referir a pessoas bissexuais.

T: Transexuais, Transgêneros, Travestis:Esse termo é referente à identidade de gênero e não à sexualidade, pois remete à pessoa que possui uma identidade de gênero diferente do sexo designado no nascimento.

Os transgêneros podem ser homens ou mulheres, que se adequam identidade de gênero. Para se referir a elas, são usadas as expressões homem trans e mulher trans.

Q: Queer: É um termo em inglês usado para qualquer pessoa que não se encaixe na heteronormatividade, ou seja, são pessoas que não se identificam com o padrão binário de gênero, e muito menos se sente contemplada com outra letra da sigla referente a orientação sexual, pelo fato de entenderem que tais rótulos podem restringir a amplitude e a vivência da sexualidade.

I: Intersexo: É uma pessoa que nasceu com a genética diferente do XX ou XY e tem a genitália ou sistema reprodutivo fora do sistema binário homem/mulher. Atualmente, são reconhecidas pela ciência pelo menos 40 variações genéticas, dentre elas XXX, XXY, X0, etc.

A: Assexual: Refere à pessoa que não sente nenhum tipo de atração sexual por qualquer gênero. Isso não significa que não possam ter relacionamentos ou desenvolver sentimentos amorosos e afetivos por outras pessoas.

P: Pansexualidade: É uma orientação sexual em que as pessoas desenvolvem atração física, amor e desejo sexual por outras pessoas independentemente de sua identidade de gênero.

+: Demais orientações sexuais e identidades de gênero: O símbolo de soma no final da sigla é para deixar claro que a diversidade de gênero e sexualidade é fluida e pode mudar a qualquer momento, retirando o “ponto final” que as siglas anteriores tinham, mesmo que de forma implícita.

Não-binariedade: Apesar de não estar na sigla de forma explícita, representa a identidade de gênero onde as pessoas não se sentem em conformidade com o sistema binário homem/mulher, podendo fluir entre as infinitas possibilidades de existência de gênero sem seguir um padrão, performance ou papel pré-estabelecido pela sociedade.

Drag Queen: Também não faz parte da sigla e refere-se a uma expressão artística, podendo ser performada por mulheres ou homens, cis ou trans, pessoas fora do binarismo de gênero e totalmente independente de orientação sexual.

Qual a sigla LGBTQIAP+ completa em 2022?

lgbtqiap casal mulheres
O que abrange a sigla LGBTQIAP+?

A sigla mais completa é a LGBTQIAP+,  a qual inclui os não-binários na sigla, abrangendo ainda mais todas as sexualidades existentes.

Outras siglas também usadas no mesmo contexto

Na década de 1980, a sigla usada era a  GLS, em uma referência a gays, lésbicas e simpatizantes.

Já na década de 1990, passou a ser GLBT, com a inclusão de bissexuais e pessoas trans.

Isso foi feito pois antes representava os homens gays sempre foi com mais evidência, protagonizando o movimento da comunidade.

Por esse motivo foi necessário a alteração para LGBT, com o L encabeçando a sigla e dando mais visibilidade às mulheres lésbicas.

Posteriormente foi a sigla LGTBQ+, onde foi inserida a letra Q, que significa Queer, onde engloba pessoas que se identificam com todas as orientações sexuais e gêneros, sem se encaixar em apenas um deles.

E, por último, a sigla LGBTQQICAPF2K+.

Os desafios da comunidade LGBTQIAP+ na vida em sociedade

lgbtqiap meninas abracando
Desafios da comunidade LGBTQIAP+ na vida em sociedade.

Sabe-se que a luta da população LGBTQIAP+ , ao longo dos anos, vem conseguindo reconhecimento dos seus direitos fundamentais  no Brasil e no mundo.

Entretanto, a garantia desses direitos ainda não é efetiva, tanto que, a LGBTfobia é um dos maiores desafios na sua implementação.

De acordo com a  Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entre os anos de 2015 e 2017, tiveram aproximadamente 24.564 notificações de violência contra a comunidade LGBTQIAP+ em órgãos competentes no Brasil.

Porém, esse número pode ser fruto de subnotificação, devido ao medo que essa população tem das ameaças e práticas abusivas que essas pessoas recebem para não relatar as agressões que sofrem.

Isso mostra que ainda tem muito o que melhorar para que a população LGBTQIAP+ tenha os seus direitos garantidos.

O que é a LGBTfobia?

A LGBTfobia é um desafio para a comunidade LGBTQIAP+, pois ela se refere a qualquer forma de intolerância e aversão contra pessoas que não são heterossexuais e cisgêneras.

Esse termo é uma derivação da palavra homofobia, dita pela primeira vez no ano de 1965, pelo psicoterapeuta norteamericano George Weinberg, quando ele se referiu  à discriminação sofrida pelos homossexuais.

Entretanto, com o passar dos anos foi preciso a  inclusão de nomenclaturas que  abrangessem as demais orientações sexuais e identidades de gêneros da população LGBTQIAP+.

Dessa forma, surgiram os termos referentes a aversões e intolerâncias específicas contra essa população. São eles: a lesbofobia, a gayfobia, a bifobia e a transfobia.

A lesbofobia é usada para os casos de discriminação e agressão contra mulheres lésbicas.

A gayfobia refere-se à discriminação e agressão contra homens gays.

A bifobia é referente  à aversão e a violência contra pessoas bissexuais.

E, por último, a transfobia é referente a discriminação e a violência contra pessoas transgênero (que inclui transexuais e travestis).

Assim,  a LGBTfobia engloba e inclui todos esses termos e classificações, sendo uma definição ampla em relação aos preconceitos e intolerâncias que existem contra a comunidade LGBTQIAP+.

Impactos do preconceito contra a população LGBTQIAP+

Hoje em dia, a população LGBTQIAP+ no Brasil está em uma situação de vulnerabilidade.

Isso acontece, inclusive, no âmbito educacional, onde conseguimos encontrar traços de LGBTfobia.

Assim, isso pode ser considerado um problema crônico, pelo fato de que começa na escola, onde é o primeiro local de socialização entre crianças e jovens,

Conforme  um relatório elaborado em 2016 pela Secretaria de Educação da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), aproximadamente 68% dos adolescentes e jovens LGBTQIAP+ entrevistados já foram agredidos verbalmente na escola por causa de sua identidade de gênero.

Além da violência que essa população sofre, um estudo feito em 2016 pela Center for Talent Innovation, apontou que aproximadamente 61% dos trabalhadores LGBTQIAP+ no Brasil escondem a sua orientação sexual ou identidade de gênero devido ao medo de perderem o emprego.

Além disso, conforme um levantamento feito pela  Proud at Work no ano de 2019, somente 13% dos indivíduos LGBTQIAP+ entrevistados ocupam ou já ocuparam algum cargo de chefia ou diretoria.

Como a LGBTfobia é encarada pela lei e a justiça brasileira?

A legislação nacional dispõe que a LGBTfobia não é considerada crime no Brasil, pelo fato de que ainda não temos uma lei federal que cuide especificamente da discriminação por motivos de orientação sexual ou identidade de gênero.

Tal  assunto já foi discutido no Congresso Nacional algumas vezes. A primeira vez foi em 2001, por meio do projeto de lei PL 5003/01, o qual estabelecia sanções contra práticas discriminatórias em razão da orientação sexual. Entretanto, esse projeto não foi aprovado e acabou arquivado.

No ano de  2006 foi apresentado o projeto de lei PLC 122/2006, que tinha o mesmo objetivo.

Tal projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados, mas foi arquivado pelo Senado Federal.

E, pelo fato de não existir uma lei federal que trate sobre o assunto, o Supremo Tribunal Federal (STF), através da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 26, decidiu enquadrar a homofobia e a transfobia como crime de racismo com base na Lei 7716/89, até que uma legislação específica sobre LGBTfobia seja elaborada.

Como os desafios da comunidade LGBTQIAP+ se refletem no mercado de trabalho?

lgbtqiap homem faixa colorida
Desafios da comunidade LGBTQIAP+ no mercado de trabalho.

Mesmo que exista uma luta constante no Brasil para que tenha uma legislação mais rigorosa contra a homofobia e os preconceitos de gênero, os dados mostram que essa comunidade enfrenta inúmeras dificuldades, inclusive no  mercado de trabalho.

Devido a essa dificuldade, conforme uma pesquisa feita pelo Center for Talent Innovation, 61% dos funcionários gays e lésbicas escondem sua sexualidade de gestores e colegas pelo medo de perderem o emprego.

Tal pesquisa ainda mostrou os seguintes dados:

  • 33% das empresas do Brasil não contratariam para cargos de chefia pessoas LGBT;
  • 41% dos funcionários LGBT afirmam terem sofrido algum tipo de discriminação em razão da sua orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente de trabalho;
  • 90% dos travestis se prostituem por não terem conseguido nenhum outro emprego, até mesmo aqueles que têm boas qualificações.

Benefícios de políticas de inclusão na empresa

Uma equipe diversa que se apoia e se respeita ajuda o empreendimento em todas as suas áreas, além de atrair mais clientes, parceiros e investidores, gera líderes admirados e colaboradores felizes e produtivos.

Assim, vamos explicar a respeito dos benefícios das políticas de inclusão na empresa.

O preconceito exclui do mercado de trabalho profissionais competentes, que podem ser recepcionados em sua empresa

Como falado anteriormente, cerca de 25% das pessoas LGBTQIAP+ escondem sua orientação sexual devido ao medo do preconceito na empresa.

Esse preconceito, na maioria das vezes, vem de colegas de trabalho, fazendo com que muitas pessoas saiam da empresa por não aguentar mais.

Isso acaba fazendo a empresa perder profissionais excepcionais devido ao preconceito.

A diversidade agrega valor à empresa

A inclusão de trabalhadores faz com que a empresa consiga atrair mais talentos e colaboradores para trabalhar na empresa e com isso agrega valor à empresa.

Isso acontece pois, a inclusão nas empresas mostra que os gestores aceitam as pessoas sem qualquer julgamento.

A promoção da diversidade e tolerância fomenta o desenvolvimento humano dos colaboradores

A diversidade no ambiente corporativo é importante e faz com que a empresa consiga formar equipes aptas para oferecer à companhia um universo de possibilidades de desenvolvimento de novos conhecimentos.

Conferindo assim, mais conhecimento e habilidades, que quando bem gerenciados, leva a diferenciais competitivos para a empresa.

Como incluir o público LGBTQIAP+ na sua empresa?

lgbtqiap mulher trabalhando
Profissional da comunidade LGBTQIPA+.

Agora, vamos explicar como as empresas podem incluir o público LGBTQIAP
+ conferindo assim uma maior diversidade.

Como fazer o recrutamento de pessoas LGBTQIAP+?

O recrutamento deve ser feito normalmente, da mesma forma que é feito com as pessoas heterossexuais.

Isso deve ser feito pois a pessoa não deve ser vista com um rótulo, ou seja, ela deve ser contratada devido a sua formação e capacidade para o trabalho, não levando em consideração sua orientação sexual.

Entretanto, como isso não acontece, algumas medidas de representatividade e inclusão precisam ser colocadas em prática por empresas.

Algumas delas são:

  • Criação de postos de trabalho voltados para pessoas trans;
  • Metas de contratação de pessoas trans;
  • Criação de ambientes de trabalho seguros (com banheiros inclusivos, punições para atitudes LGBTfóbicas, entre outras);
  • Respeito ao nome social. O ideal é confirmar com a pessoa por qual nome e gênero ela prefere ser tratada;
  • Utilização de linguagem neutra inclusiva;
  • Equidade nas promoções e no reconhecimento do desempenho profissional;
  • Desenvolvimento de uma cultura corporativa inclusiva, com colaboradores e colaboradoras bem informados e constantemente instruídos para abraçar e lidar com a diversidade.

Políticas de comunicação interna que oriente uma convivência tolerante entre os colaboradores

Não importa de onde vem a mensagem, ela deve ser compreendida por todos os funcionários da empresa.

Para que isso aconteça, é essencial que cada um conheça a pessoa que receberá determinada informação.

Assim, a comunicação da empresa deve deixar claro que a empresa é diversa e que todos os funcionários devem ser respeitados, independente de sua orientação sexual.

Papel ativo do RH para interferir em eventuais focos de discriminação na empresa

O RH deve estimular as lideranças e colaboradores para deixar a empresa ainda mais inclusiva valorizando assim a diversidade sexual.

É importante que os  colaboradores LGBTQIAP+ sejam acolhidos, sem medo de rótulos, sem nenhum tipo de preconceito devido a orientação sexual ou identidade de gênero.

Assim, o RH não deve tolerar as brincadeiras, comentários preconceituosos  e comportamentos inadequados.

A empatia promovida como valor básico de convivência na empresa

Incentivar empatia é sempre uma ferramenta certeira nas relações humanas. Elas fortalecem os vínculos afetivos e as reações positivas.

É essencial que a pessoa tenha consciência sobre reação e emoção, tratando todos da empresa com respeito e empatia, independente de sua orientação sexual.

Quais posturas devem ser combatidas no ambiente de trabalho para a inclusão de pessoas LGBTQIAP+?

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LGBTQIAP+ e tolerância.

A inclusão da população LGBTQIAP+ no mercado de trabalho ainda é dificultada pela falta de oportunidades e preconceito.

Como visto, os dados mostram que a contratação (ou a falta dela) de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queers e intersexuais é um problema real no Brasil.

Por isso, para fazer a inclusão de pessoas LGBTQIAP+, os gestores devem:

  • Realizar palestras contra o preconceito;
  • Não colocar rótulos nas pessoas;
  • Não tratar de forma diferente os empregados LGBTQIAP+;
  • Não tratar com igualdade todos da empresa, entre outros.

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Conclusão

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LGBTQIAP+.

As informações e os dados deste artigo deixam claro que a população LGBTQIAP+ é uma população mais vulnerável.

Isso porque, infelizmente, tal população ainda enfrenta muito preconceito, inclusive na hora de conseguir um emprego.

Assim, muitas pessoas não conseguem um serviço devido a sua orientação sexual ou então a esconde por medo de perder o emprego.

Tudo isso é muito triste e deve ser mudado urgentemente para que todos sejam tratados com respeito e dignidade.

Gostou do nosso artigo? Continue conosco e saiba muito mais.

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