Você já parou para refletir sobre os impactos do absenteísmo nos resultados da sua empresa? Sem dúvidas, esse é um tema preocupante para todos os segmentos. Afinal, faltas e atrasos refletem em prejuízos na produtividade.
Para reverter esse quadro, é importante saber o que é absenteísmo, suas causas e claro, as soluções, compreendendo para além dos estereótipos do senso comum, que costumam culpar unicamente os colaboradores pela ausência. Na verdade, a empresa também pode traçar este caminho.
Então, entenda o assunto que tem gerado grande preocupação nas organizações, forçando uma compreensão maior sobre o tema. Como esse é um artigo maior, que contempla o assunto por completo, você pode fazer download dele no final da página, ok?
Boa leitura!
O que é o absenteísmo (ausência no trabalho)?
É o fato do funcionário se ausentar do seu posto de trabalho por algum motivo, seja ele por atrasos, doença ou algum tipo de emergência.
O absenteísmo pode ser de natureza justificada, quando a pessoa informa o motivo da falta, injustificado, quando ela não comunica que terá que se ausentar, ou por causas emocionais.
Pode ser ainda por presenteísmo, quando o trabalhador está presente, porém seu desempenho é insatisfatório. Essa ausência pode ser integral, quando ele realmente não vai trabalhar ou parcial, por horas.
Entre as principais causas do absenteísmo nas empresas estão as doenças, consultas médicas, novas oportunidades de trabalho e imaturidade profissional.
O ambiente laboral também pode afetar diretamente a saúde do trabalhador. Isso ocorre por diversas formas, como por exemplo, quando há volume de trabalho excessivo, ou condições de trabalho ruins.
O que significa absenteísmo para a administração?
O absenteísmo é uma das formas que a empresa encontra para identificar possíveis problemas estruturais internos que outras métricas não conseguiram apontar.
Quando um trabalhador apresenta falta de pontualidade e assiduidade no cumprimento do seu trabalho, pode ser um sinal claro que algo está errado.
Com ele, com a empresa ou ainda entre a equipe ou seu comando direto. Para o setor de Recursos Humanos o absenteísmo é uma das ferramentas adotadas para medir o volume de faltas, seja em horas ou dias parados, que o trabalhador registra por um determinado período.
Atrasos e as saídas adiantadas também são contabilizadas. Para os gestores o absenteísmo contribui para fortalecer seu employer brandins, sua marca, ou a forma como é visto no mercado.
Por meio dos resultados, pode resolver os problemas internos, tornando o ambiente de trabalho muito mais atrativo e produtivo.
O quê Chiavenato fala sobre absenteísmo?
Para Idalberto Chiavenato a gestão de pessoas é um dos pontos mais importantes de uma organização.
Segundo ele, somente por meio de uma boa estrutura de trabalho e uma colaboração eficaz entre toda a equipe, se consegue atingir as metas organizacionais e individuais.
Investir no capital humano por meio de treinamentos e integração harmônica é uma das ferramentas para atingir esse objetivo. Chiavenato é escritor, professor e consultor administrativo.
Reconhecido nacional e internacionalmente pela sua atuação nas áreas de administração de empresas e recursos humanos, seus livros são utilizados por administradores no Brasil e países da América Latina, Europa e africanos de língua portuguesa.
Suas obras literárias contribuem para diversos assuntos, entre eles o absenteísmo ou ausenteísmo.
Em uma de seus livros, Chiavenato descreve absenteísmo como “a soma dos períodos em que os empregados de determinada organização se encontram ausentes do trabalho, não sendo a ausência motivada por desemprego, doença prolongada ou licença legal”.
Caso a soma destas faltas não atrapalhe a produtividade da empresa é considerado normal. Porém, se essa taxa for elevada, com certeza irá prejudicar o andamento das atividades, da produção e, consequentemente, os resultados finais.
Além da queda na produtividade, esse descontrole pode sobrecarregar as equipes desfalcadas, reduzir a qualidade do trabalho, aumentar os conflitos internos e até a rotatividade dos colaboradores, o chamado turnover.
Quais são as causas do absenteísmo nas empresas?
Diversos motivos podem estar por trás do absenteísmo. Mas, de modo geral, os principais motivos da ausência dos colaboradores são as enfermidades, doenças ocupacionais, sobrecarga de funções e más condições de trabalho.
Outros fatores que afetam as taxas de absenteísmo nas empresas são o clima, problemas pessoais e precariedade do transporte público.
Segundo pesquisa do IBGE, em parceria com o Ministério da Saúde, as principais causas de faltas no trabalho no Brasil são triviais, como gripes e resfriados. Vale lembrar que o absenteísmo é inversamente proporcional à satisfação no trabalho, estando a ausência relacionada com a saída para evitar desconforto e situações indesejáveis.
Descobrir os motivos predominantes para as ausências é um dos passos para lidar com o absenteísmo. É importante determinar se as faltas são voluntárias ou involuntárias e se são causadas por fatores internos ou externos.
Essa apuração pode ocorrer através de perguntas diretas aos colaboradores, por meio de questionários, ou a partir de uma conversa, já que a comunicação é muito importante em um ambiente corporativo.
Consequências do absenteísmo
Os resultados empresariais são afetados diretamente pela ausência dos colaboradores. Em seguida, os níveis de produtividade são influenciados, elevando custos e prejudicando a qualidade da produção.
Dessa forma, a baixa produtividade afeta a qualidade dos serviços prestados, impactando na satisfação dos clientes e até mesmo dos próprios gestores.
Além disso, faltas geram custos diretos e indiretos. Por exemplo, a reposição de mão de obra, todo gerenciamento do absenteísmo e outros custos indiretos associados à redução de qualidade e disponibilidade de serviços.
Portanto, as consequências do absenteísmo para as empresas costumam ser um aumento significativo nos custos de operação, aumento de horas extras, menor produtividade, funcionários, superiores e clientes insatisfeitos.
Quais doenças causam mais afastamento nas empresas?
São diversas as causas do absenteísmo, em especial as doenças. Elas podem ser de ordem natural, emergencial ou decorrentes de más condições ou acidentes de trabalho.
Se relacionado diretamente com a empresa, o absenteísmo pode ser controlado e até solucionado, na medida em que a empresa for sanando os seus problemas.
A desmotivação decorrente de conflitos de relacionamento, por exemplo, levam o trabalhador a problemas emocionais e consequentemente a possíveis faltas, seja para uma consulta ou tratamento médico.
Entre os principais motivos de faltas ou afastamento da empresa estão os acidentes de trabalho, dores nas costas, lesões no joelho, hérnia inguinal, depressão, estresse, cardiopatias, doenças urológicas.
Sendo que a dor nas costas está no topo da lista, seguida pela lesão por esforço repetitivo (LER) e os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort), depressão e a ansiedade.
Diferenças entre turnover e absenteísmo
Turnover é a diferença entre as taxas de admissões e demissões registradas pela empresa. Já o absenteísmo se refere aos dias e horas que o funcionário se ausenta de suas funções. Essas faltas podem ser justificadas ou não.
Apesar de serem diferentes indicadores, podem estar relacionados e trazer prejuízos à empresa. Para reduzir o número de ausências é preciso conhecer e entender porque elas acontecem.
Suas fórmulas de cálculo também são diferentes, mas os resultados também podem estar correlacionados. Ou seja, quando a taxa de absenteísmo está elevada, os níveis de turnover também podem estar altos e vice-versa.
Como descobrir a taxa de absenteísmo na sua empresa?
Para descobrir a taxa de absenteísmo, o RH deve manter um controle automatizado de faltas e suas respectivas justificativas.
Para tornar o trabalho de monitoramento mais simples, existem diversos sistemas de ponto eletrônico que registram os horários dos colaboradores com precisão. Além disso, devem ser incluídas as saídas antecipadas e atrasos.
Mas não basta o monitoramento quantitativo. O qualitativo é essencial também, porque como foi dito anteriormente, os motivos que causam as faltas podem dizer mais sobre a empresa do que sobre os colaboradores que faltam.
Uma boa ideia é fazer o levantamento dos colaboradores com maiores taxas de ausências e os enviar um formulário para que eles respondam sobre as condições de trabalho. Sempre dê a opção do anonimato para que eles se sintam mais confortáveis.
Principais indicadores
Entre os principais indicadores de avaliação de uma empresa estão o índice de absenteísmo.
Ele pode contribuir para estimar, por exemplo, o número de faltas que podem ocorrer em determinado período, os custos destas baixas e o quanto isso pode impactar a produtividade de um determinado setor ou a empresa de forma geral. Algumas formas podem mensurar essas faltas:
– Fator BradFord, nome relacionado à pesquisa realizada na década de 80, na Universidade de Bradford em West Yorkshire. Por esse instrumento as faltas curtas têm menor peso que as de longo período. Sua fórmula é B = (SxS) x D, onde B é o nome do fator score, S é o total de ausências e D é o total de dias faltados. Lembrando que score é avaliado de acordo com uma escala dividida em três partes: 45 pontos é suficiente para justificar uma advertência informal; 100 pontos, justifica uma advertência ou suspensão e 900 pontos seriam suficientes para demitir o trabalhador.
– Bureau of National Affairs (BNA) onde a fórmula é a seguinte: absenteísmo = (total de pessoas ÷ dias perdidos pela falta de colaboradores no mês) ÷ (número médio de colaboradores x dias de trabalho no mês).
– Horas de ausência é outra metodologia de calcular as horas de trabalho perdidas, como base e sua fórmula é absenteísmo = (horas perdidas ÷ horas de trabalho previstas) x 100.
Como calcular o índice de absenteísmo na sua empresa?
Para calcular o absenteísmo é preciso relacionar o total de faltas e atrasos à quantidade de dias e horas trabalhadas. Uma das metodologias mais usadas é contabilizar as horas ou minutos para incluir os atrasos e saídas antecipadas.
Para simplificar a fórmula ficaria assim: total de colaboradores x total de faltas e atrasos ÷ total de colaboradores x total de dias trabalhados. Por exemplo, pegamos um total de 50 colaboradores que cumprem uma jornada de oito horas diárias, 20 dias por mês.
As faltas seriam uma por trabalhador em média e a fórmula seria 50 x 1 ÷ 50 x 20 = 50 ÷ 1000 = 0,05 ou 5% de absenteísmo.
Índices padrões aceitáveis de absenteísmo
Especialistas indicam que o índice aceitável de absenteísmo deve ficar entre 5% e 10%, variando de acordo com cada setor, região de atuação ou perfil da empresa.
Por exemplo, a taxa média de ausências no trabalho no setor de serviços pode ser de 5%, enquanto no segmento varejo poderia variar entre 7% e 10%.
O percentual mensal aceitável nas empresas, de uma forma geral, fica entre 3% e 4%. Zerar esse índice é praticamente impossível, porque as faltas ou ausências parciais nem sempre podem ser controladas, como acidentes de trabalho ou externos.
Por isso é tão importante estar atento aos patamares desses índices, identificando situações que podem ser atenuadas ou corrigidas.
Cultura organizacional e absenteísmo
Faltas constantes afetam o clima organizacional. Colaboradores ficam sobrecarregados com mais demandas, já que precisam substituir os que não estão presentes.
O clima organizacional é prejudicado porque os profissionais que precisam cobrir os ausentes podem se sentir insatisfeitos com a situação, prejudicando o processo de produção.
Além de que o ritmo muda. O colaborador fixo que está ausente já está acostumado com aquela equipe e tarefas. Quando há uma substituição, existe um tempo de adaptação. Fora que outros funcionários provavelmente vão precisar ensinar certos hábitos ao colaborador temporário.
Taxas de absenteísmo altas podem ser indicativo para um problema de origem organizacional. Através do fortalecimento da cultura organizacional e pela motivação dos colaboradores, as taxas de absenteísmo podem ser reduzidas.
Fortalecimento da cultura organizacional
Para o fortalecimento da cultura organizacional, a melhor ideia é a de apostar em um ambiente de trabalho agradável, e principalmente, saudável.
Com certeza, isso motivará o colaborador a cumprir seus horários e funções. Já a valorização dos colaboradores também deve ser colocada em prática com programas de benefícios e recompensas, o que garantirá a assiduidade da equipe.
Além de um ambiente agradável, colaboradores precisam encontrar um propósito para se manter engajados e totalmente presentes.
Oferecer oportunidades de crescimento, reconhecer esforços e propor atividades que façam a diferença para eles são maneiras de mantê-los perseguindo os objetivos da empresa.
É importante que os funcionários sejam compreendidos como pessoas inteiras para além de suas funções.
Principais tipos de absenteísmo com exemplos
Conheça agora os tipos de absenteísmos existentes. Há os considerados permitidos por lei e os que não são:
- Absenteísmo justificado: esse tipo de absenteísmo, normalmente, a empresa está ciente. Por exemplo, casos de consultas ou licença-maternidade;
- Absenteísmo injustificado: é um absenteísmo imprevisível. O funcionário deixa o trabalho sem permissão da empresa. Por exemplo, casos de conflitos internos, acidentes imprevisíveis ou atraso do profissional;
- Absenteísmo emocional: é o tipo mais difícil de se detectar e pode causar danos sérios para a empresa. Ele acontece quando o colaborador está fisicamente no trabalho, mas não emocionalmente.
Exemplos de absenteísmo justificado
Neste caso as faltas são explicadas, sendo passível de serem mapeadas pelos gestores da empresa. Podem ser por motivos médicos, uma consulta, ou tratar alguma doença ou mesmo se licenciar para isso.
Também podem ocorrer por problemas pessoais ou familiares, que precisam ser resolvidos, como acompanhar uma pessoa ao médico, ou assinar um contrato e até mesmo alguma emergência que foi responsável pelo atraso ou falta.
A justificação pode ser apenas por meio da comunicação a um superior imediato ou se a empresa preferir, por meio de atestado médico.
Pela legislação trabalhista as faltas ou atrasos justificados ou abonados não podem ser descontados na folha de pagamento e nem tão pouco o trabalhador pode sofrer algum tipo de repressão.
Doença ou problemas de saúde
O absenteísmo mais comum é quando algum colaborador precisa se afastar por causa de algum tipo de problema relacionado à saúde.
Permitido por lei, o profissional pode se afastar por qualquer condição que prejudique sua capacidade de executar as tarefas relacionadas a seu cargo ou coloque outros colaboradores em risco.
Licença médica e familiar
Permitido por lei, o funcionário pode solicitar licença médica e familiar para os casos de licenças médicas que o envolva ou que envolva um parente próximo, necessitando a sua ausência.
Podemos ver como exemplo de faltas justificada a licença-maternidade ou paternidade. Outro exemplo é cuidar de um familiar próximo que está com problemas de saúde. A política da empresa pode permitir que o empregado receba dispensa para acompanhar o familiar doente em consultas ou outros tratamentos.
Depressão
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é uma das principais causas do aumento do absenteísmo no trabalho.
Nesse caso, independente da causa, a empresa deve fornecer o auxílio necessário a seus funcionários, desde orientação e aconselhamento até a concessão da licença para tratamentos especializados.
Exemplos de absenteísmo injustificado
Enquadram-se nessa modalidade os atrasos ou falta que não são comunicados antecipadamente ou que ao acontecer o funcionário não apresenta documentos que o justifiquem.
Eles podem ocorrer por diversos motivos, desde a falta de motivação para desempenhar as funções, a problemas pessoais ou estresse.
Esse índice é considerado de difícil identificação pelo RH e também de tratamento. Para ser encontrado é necessário uma análise minuciosa do comportamento dos trabalhadores e também da folha de pagamento.
Pode ser simplesmente por atraso ou aquelas saídas mais cedo. São passíveis de desconto do salário ou podem ser compensadas, de acordo com o que for acordado com os superiores.
Problemas pessoais
Os problemas pessoais podem ser os diversos e comuns de acontecer a todos, independente de idade ou tempo de trabalho. São desde esperar pela visita de um técnico, acompanhar um parente ao médico, assinar contratos, dependência de drogas, alcoolismo, entre outros.
Se as causas acontecerem com frequência, pode levar a uma desmotivação pessoal, criando faltas injustificadas, prejudicando o desempenho e até os resultados da empresa. Uma reunião ou conversa séria pode identificar o problema e a empresa pode oferecer apoio e ajuda.
Estresse
O estresse dos funcionários pode ter diversas causas. Pode ser por causa de pressão, má gestão, problemas pessoais, conflitos internos, entre outros.
O estresse agravado pode levar ao absenteísmo. Por isso, o RH deve acompanhar de perto as condições de trabalho das equipes e o grau de satisfação dos funcionários.
Caso nenhuma medida seja tomada, os casos podem se agravar e casos de Síndrome de Burnout surgirem na empresa.
Falta de motivação
A desmotivação pode parecer inofensiva ou até mesmo passageira. Mas, na verdade, ela é um dos pontapés iniciais para grandes prejuízos empresariais.
Por isso, ações de engajamento com os colaboradores são importantes para fazer com que exista uma valorização dentro do ambiente de trabalho e também, para devolver a vontade de realizar cada função.
A empresa deve descobrir as causas para a falta de motivação e, assim, colocar em prática as ações mais adequadas para melhorar a produtividade e bem-estar de seu time.
Exemplos de absenteísmo emocional
Neste caso também são várias as causas que levam as faltas decorrentes de fatores emocionais.
Esse quadro pode ser motivado pela baixa expectativa em relação ao trabalho; estresse; conflitos internos; má gestão; problemas pessoais e até bullying.
O absenteísmo emocional, geralmente é a resposta do trabalhador a algo que não anda muito bem no trabalho.
Por isso, o RH precisa estar atento a qualquer mudança de comportamento para que a situação não se agrave ou gere maiores prejuízos no andamento da produção.
O problemas também é conhecido como presenteísmo, ou seja, é aquela falsa sensação de que o funcionário presente não está 100% com a atenção voltada ao trabalho.
Ele não é produtivo, não bate metas e não demonstra interesse pelos trabalhos em equipe, por exemplo.
Pode levar a sérios problemas ou distúrbios emocionais e, consequentemente, ser mais propenso a doenças, a falhas e a faltas. Investir em programas e ações que gerem um ambiente harmônico e o bem-estar dos trabalhadores pode resolver a questão.
Palestras educativas também ajudam os trabalhadores a identificar seus problemas e a cuidar melhor da saúde mental e física.
Como diminuir o absenteísmo no trabalho?
Identificado os motivos que levam ao absenteísmo é hora de criar mecanismo para minimizar os índices. Aqui destacamos algumas destas ferramentas ou estratégias:
1 – Manter um ambiente de trabalho agradável, sem pressão exagerada, com respeito entre os colegas e gestores, sem assédios e com incentivos profissionais.
2 – Investir na comunicação interna por meio de comunicados, avisos em quadros, e-mails, ou periódicos como jornais e revistas.
3 – Desenvolver e implantar planos de carreiras. Sabendo até onde pode chegar, o funcionário se sente mais motivado.
4 – Criar uma rotina de avaliação de desempenho e retorno é importante. Isso ajuda o profissional, a saber, onde está acertando ou errando e possa melhorar.
5 – Melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, por meio de um ambiente de trabalho melhor, criação de benefícios, campanhas de saúde, incentivos financeiros individuais ou coletivos, entre outros.
Prevenir é o melhor caminho
Prevenir o absenteísmo é melhor do que remediar. Quando a situação já está instalada, tende a influenciar os outros colaboradores, até se tornar crônica.
Tamanha gravidade deve ser encarada de forma ativa, e não passiva. Ou seja, as empresas precisam prevenir o absenteísmo, não apenas combatê-lo quando ele já estiver implantado.
Para evitar o problema, a cultura organizacional e políticas da empresa devem promover a saúde e bem-estar dos colaboradores, somando-se a um ambiente de trabalho adequado e jornada equilibrada.
Logo, se torna imprescindível uma gestão de absenteísmo que acompanhe os índices de faltas, auxiliando em medidas imediatas para minimizar as ocorrências.
Saúde total dos colaboradores
O conceito de saúde total é muito útil para combater as ausências laborais, pois abrange o bem-estar físico e mental dos colaboradores.
Dessa forma, o RH deve partir dos critérios de saúde ocupacional e qualidade de vida para elaborar sua gestão do absenteísmo. Isso pode ser feito oferecendo subsídios para medicamentos, consultas com nutricionistas e fisioterapeutas e sessões de terapia para os colaboradores.
Segurança no trabalho
Investir na segurança do trabalho significa que a empresa adota diversas medidas e programas que minimizem os riscos de acidentes ou doenças ocupacionais.
Algumas iniciativas devem ser adotadas nesse sentido, como criar uma comissão interna de prevenção de acidentes (Cipa); implantar programa de saúde ocupacional; estimular o uso de equipamentos de proteção individuais (EPIs); cuidar da sinalização dos ambientes e da ergonomia.
A segurança no trabalho ajuda na proteção dos funcionários durante o trabalho e demanda responsabilidade de empregados e empregadores. Ambos devem ter atenção ao trabalho; evitar exposição a riscos; manter o local limpo e organizado; comunicar acidentes; usar EPIs, entre outras medidas.
Absenteísmo relacionado à empresa
O absenteísmo relacionado à empresa engloba basicamente dois tipos: compulsório e por patologia profissional.
- Falta compulsória: é motivada por imperativos de ordem legal da parte da empresa, como suspensão imposta por um superior;
- Falta por patologia profissional: é causada por doenças ocupacionais, como a lesão por esforço repetitivo (LER), distúrbios osteo musculares e doenças da visão. Esse tipo de absenteísmo também é desencadeado por fatores sociais, culturais, organizacionais e psíquicos.
Absenteísmo pelo empregado
Já o absenteísmo pelo empregado compreende as faltas por doença, voluntárias e legais:
- Faltas voluntárias: motivadas por razões particulares e não justificadas. No caso da ausência voluntária, o colaborador é inteiramente responsabilizado e pode sofrer consequências como descontos nos vencimentos e prejuízos à reputação;
- Faltas por doença: justificadas por diagnóstico e tratamento médico;
- Faltas legais: amparadas pela lei, como a licença maternidade e serviço militar.
Flexibilização da jornada de trabalho
Já é fato que aumentar a flexibilização da jornada de trabalho traz resultados positivos para empregados e empregadores. Contribui para reduzir o número de faltas, a rotatividade de pessoal e a produtividade.
Essa flexibilização do horário de trabalho pode ser no início ou no fim da jornada de trabalho diário, por períodos inteiros, remoto ou até em sistema de home office parcial ou integral.
A flexibilização ficou ainda mais conhecida e adotada devido a pandemia do coronavírus que abalou as estruturas de trabalho no mundo.
E no Brasil não foi diferente. O sistema se mostrou tão positivo que muitas empresas, mesmo com a redução de contaminação e a imunização em massa, permanecem com a flexibilização de suas jornadas de trabalho.
Esse sistema é regulamentado pelo artigo 58 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Ele define que uma jornada normal de trabalho seja de oito horas diárias, desde que outro limite seja fixado.
Permite que as jornadas sejam acrescidas de duas horas extras por dia, valendo ao menos 50% a mais do que as horas normais nos dias de semana e, com 100% nos feriados e fins de semana.
Algumas variações podem acontecer dependendo do perfil e da jornada de trabalho adotada pela empresa.
O empregador também pode optar pela compensação da jornada de trabalho, como por exemplo, quando o trabalhador precisar ficar até mais tarde em um dia e folgar no outro, ou vice-versa.
Além da compensação, também é possível adotar o banco de horas. A flexibilização da jornada também precisa ser acordada entre trabalhadores, empresa e sindicato da categoria e não deve implicar em redução de salário.
O papel do RH
Controlar a frequência dos funcionários e manter as taxas de absenteísmo baixas é um dos principais papéis do RH. Para isso deve adotar ferramentas modernas para monitorar e averiguar as causas de falhas e atrasos. Desta forma, deve ser visto como pacificador e não controlador. Para obter sucesso nessa empreitada é preciso adotar estratégias como:
- Investir em programas e iniciativas de prevenção, valorizando os colaboradores.
- Deve reconhecer um bom trabalho, dar retorno sobre o desempenho ou possíveis falhas do trabalhador.
- Ações para engajar as equipes devem ser implementadas por meio de definição de metas, reconhecimento dos esforços conjuntos ou oferecendo algumas recompensas ou bônus.
- A empresa também precisa investir em tecnologia e soluções personalizadas que resultem em um desempenho mais eficiente e produtivo. O monitoramento dos funcionários, nas mais diversas modalidades, poderia ser automatizado, por exemplo.
- Trabalho realizado por meio de softwares, que oferecem dados mais precisos, rápidos, podendo ser compartilhados ao mesmo tempo por vários departamentos. As soluções personalizadas potencializam a gestão dos recursos humanos da empresa.
- A prevenção de riscos e danos à saúde também deve ser destaque com investimentos, por exemplo, em ergonomia e incentivo à hábitos saudáveis e nos cuidados com a saúde. Oferecer assistência médica, por meio da saúde digital, é um bom exemplo.
Especializada em telemedicina, a Conexa Saúde leva mais saúde e bem-estar aos colaboradores a qualquer hora e lugar.
Por meio da Conexa Corporate a plataforma conta com mais de 10 mil profissionais cadastrados em 22 especialidades disponíveis. Sua plataforma de atendimento é projetada para dar visibilidade e controle sobre todos os indicadores de saúde da empresa.
Com a Conexa é possível reduzir a taxa de absenteísmo promovendo saúde; facilitando a otimização dos indicadores de desempenho; diminuir o número de sinistros; além de aumentar o engajamento das equipes.
Fatores que contribuem para o absenteísmo
Como já dissemos anteriormente, são vários os fatores que contribuem para o absenteísmo. Aqui listamos os principais:
- Falta de estrutura;
- Estabelecer metas inatingíveis;
- Assédio moral;
- Falta de políticas de valorização profissional e de plano de carreira;
- Trabalho repetitivo;
- Falta de motivação;
- Jornadas de trabalho extensas;
- Falta de descanso e lazer;
- Ausência de benefícios e incentivos;
- Baixa remuneração;
- Ambiente hostil;
- Sobrecarga de trabalho;
- Acúmulo de funções;
- Falta de cuidados com a saúde física e mental.
Absenteísmo e rotatividade (turnover)
Absenteísmo e rotatividade andam de mãos dadas. Tal rotatividade indica o fluxo de entradas e saídas de colaboradores da empresa.
Mas como calcular o índice de rotatividade? Basta dividir o número de colaboradores desligados (por iniciativa própria ou da organização) pelo efetivo médio da empresa.
A ausência constante de colaboradores causa perturbações no ambiente de trabalho, reduz a capacidade de retenção e pode ser originada a partir das insatisfações dos funcionários.
Alta rotatividade como sintoma negativo da empresa
Uma das formas mais rápidas e diretas de entender que uma empresa não está saudável é a alta rotatividade.
Ela não apenas impede que as equipes já existentes funcionem da melhor forma, como pode impedir de um candidato incrivelmente qualificado para a vaga se interesse por querer fazer parte do time, uma vez que o ambiente não é o ideal.
Fala-se muito sobre demissões e respostas negativas à entrevistas de emprego, mas não podemos esquecer que existem profissionais tão qualificados que eles podem escolher a dedo onde querem entrar.
Absenteísmo na relação entre organização e empregado
A relação entre organização e empregado tem um forte papel quando o assunto é absenteísmo. As ausências são um reflexo direto desse relacionamento, que vem se transformando continuamente.
Cada vez mais as pessoas fazem a diferença na vantagem competitiva das empresas, sendo o capital humano de grande valor dentro de qualquer corporação.
Tantos avanços no campo ocupacional ainda não foram capazes de suprir o atraso quanto aos ambientes de trabalho que não atendem às demandas físicas e mentais dos colaboradores.
Uma grande pressão em cima dos funcionários traz como consequência faltas além do esperado, atrasando o bom andamento dos processos e das demandas organizacionais.
Absenteísmo e ergonomia
A ergonomia também é de suma importância nesse assunto, afinal, a adaptação dos meios de trabalho ao conforto e saúde dos colaboradores é um dos pontos de atenção para que não haja faltas. Afinal, a valorização da saúde do trabalhador é a melhor garantia de presença e assiduidade.
Esse tema também diz respeito à otimização das condições de trabalho e uso da tecnologia para garantir o bem-estar e interação segura com as máquinas.
Logo, já podemos perceber que os aspectos ergonômicos devem ser priorizados na empresa, especialmente quando há atividades repetitivas e riscos ocupacionais.
NR 17 e absenteísmo
A NR 17 é uma norma regulamentadora do Ministério do Trabalho que trata da adaptação do trabalho às necessidades dos colaboradores. Seguir as diretrizes desta norma é um dos caminhos para a garantia da gestão do absenteísmo eficiente e na melhora da qualidade de vida dentro da empresa.
O que é a NR 17 e quais são seus objetivos?
Conforme o texto oficial do MTE, a NR 17 estabelece parâmetros para adaptar as condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, proporcionando conforto, segurança e desempenho.
Para isso, a norma cria regras e padrões para levantamento e descarga de materiais, tipos de mobiliário, segurança de equipamentos e organização do trabalho.
Além disso, a NR 17 também regulamenta as condições sanitárias, programas de saúde ocupacional e treinamentos para os colaboradores, sendo o ponto de partida ideal para reduzir o absenteísmo.
Como a NR 17 pode reduzir o absenteísmo dentro das empresas?
Na prática, a NR 17 é um guia completo de ergonomia para melhorar o ambiente de trabalho e aumentar a satisfação dos colaboradores, minimizando os problemas de saúde e afastamento.
Legislação e absenteísmo
De acordo com a CLT o significado de absenteísmo é caracterizado por:
- Faltas injustificadas ao serviço;
- Atrasos, saídas antecipadas ou intermediárias (artigo 58 da CLT);
- Suspensões disciplinares (artigo 482 da CLT);
- Horas de atestado ou absenteísmo involuntário, assim determinado:
- Atestados médicos parciais ou integrais do empregado (artigo 11 do Decreto 27.048/49), causados por doenças comuns (artigo 72 do Decreto 27.048/49), ocupacionais ou acidentes do trabalho (anexo IV do Decreto 3.048/99);
- Atestados médicos parciais ou integrais para acompanhamento de filhos (Precedente Normativo nº 95 do TST), entre outros.
As punições para casos de absenteísmo de acordo com a CLT são:
- Advertências;
- Suspensão por até 30 dias (artigo 474 da CLT);
- Em casos mais graves pode até acarretar em dispensa por justa causa. Para as situações em que o absenteísmo for caracterizado abandono de emprego. O abandono se configura após 30 dias de faltas injustificadas ao serviço.
O empregador deve deixar claro sua insatisfação com o comportamento dos funcionários absenteístas, caso as faltas sejam injustificadas para realizar descontos pelas faltas e atrasos.
É possível realizar o desconto no Descanso Semanal Remunerado dos empregados que não cumprirem a jornada integral da semana (artigo 11 e § 4º do Decreto 27.048/49).
O que o absenteísmo revela?
O absenteísmo, por outro lado, tem o seu lado menos ruim, já que é um termômetro para os responsáveis pela empresa que algo muito desfavorável está acontecendo.
Isto pode ser um indicativo, por exemplo, de que certos colaboradores não estão prezando pelo bem-estar do grupo, que os funcionários da empresa estão insatisfeitos com a forma de tratamento interno, ou que está havendo uma distribuição incorreta das tarefas, sobrecarregando uns em detrimento de outros.
Em ocasiões diversas, o absenteísmo é apresentado por causas sociais ou psíquicas. Sendo assim, fomentar as relações humanas dentro da empresa é uma das melhores maneiras de combatê-lo.
Vídeos aclamados sobre absenteísmo
Para conferir mais informações e dados sobre absenteísmo e como resolvê-lo de forma inteligente e sem conflitos separamos novos materiais acessando os li9nks abaixo:
1- ABM WEEK 2017 – Palestra: Gestão do absenteísmo
https://www.youtube.com/watch?v=tmz0n853P1c
2- Gestão de Absenteísmo
https://www.youtube.com/watch?v=EhauWeNc_Zw
3- Absenteísmo: quais são os tipos e como calcular?
https://www.youtube.com/watch?v=-BmtJMd6-qY
4- Absenteísmo | Saiba como minimizar dentro da sua empresa
https://www.youtube.com/watch?v=YWW0-Ar8CMQ
Conclusão
Como você pôde perceber há mais de um tipo e significado de absenteísmo nas empresas. Porém, qualquer que seja a ausência não coberta pelas políticas e procedimentos da empresa devem ser analisadas cuidadosamente.
Diante das novas relações de trabalho, as empresas percebem que precisam direcionar esforços para o fator humano.
Assim, irão conquistar altos níveis de assiduidade. O poder de mudança está nas mãos do RH. A gestão de absenteísmo precisa ser uma pauta nas estratégias principais, sendo pensada com soluções mais criativas e eficientes para o problema.
Enfim, entender os motivos para o absenteísmo é o primeiro passo para que sua organização possa agir e reverter esse quadro.
Lembre-se, o colaborador precisa de um motivo para acordar todos os dias com vontade de ir trabalhar e fazer a diferença na organização.
Afinal, um ambiente de trabalho confortável, inspirador e repleto de oportunidades é a melhor razão para querer estar presente, não é mesmo?
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