As mulheres são mais da metade da população brasileira e, como tal, as principais usuárias do SUS, segundo o Ministério da Saúde.
O processo de saúde e adoecimento delas é multifatorial, levando em consideração o meio ambiente, alimentação, moradia, condições de trabalho, renda e lazer.
Com jornadas duplas- entre trabalho e responsabilidades domésticas- são sobrecarregadas e, muitas vezes, alvo de discriminação e até violência.
Esses fatores levam a um maior adoecimento do que os homens, porém vivem mais do que eles, segundo dados do MS.
Diante desse cenário é preciso observar os aspectos que envolvem a saúde da mulher de uma forma ampla para direcionar políticas públicas que possibilitem o acesso à saúde. Assim como as empresas, que devem ter sensibilidade com essas questões.
Quer saber quais os aspectos importantes para a saúde da mulher? Então, não perca as informações que daremos a seguir!
Integralidade no cuidado
O modelo de atenção à saúde da mulher não deve ser só biomédico, mas também psicossocial. Para que seja integral, é necessário a criação e o fortalecimento do vínculo médico- paciente. Essa é a principal forma de se sentirem cuidadas.
Atualmente, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM) aborda tanto a questão de adoecimento do gênero quanto à integralidade na prática do cuidado.
Saúde física e mental
Assim, deve ter como base o acolhimento e escuta qualificada para: melhorar o acesso; humanizar relações entre profissionais e pacientes; abordagem integral; orientar e proporcionar uma educação continuada para dar autonomia nas melhorias da saúde.
A alimentação saudável traz muitos benefícios à saúde. Reduz sobrepeso, além de proporcionar bem estar físico e mental. Bem como a prática de exercícios físicos, que contribui para melhor desempenho cardiovascular e respiratório.
A qualidade na saúde está muito relacionada a uma boa saúde mental. Por isso é importante identificar precocemente sintomas de transtornos psíquicos e buscar ajuda profissional.
Atenção deve ser especial às idosas, já que além do isolamento social, há também alterações fisiológicas e emocionais relacionadas à viuvez e aposentadoria.
Assim como os sintomas de depressão, ansiedade, insônia, estresse, que estão muito relacionadas à questão social, sendo necessário um olhar mais amplo à saúde da mulher.
Atenção obstétrica
A atenção obstétrica e neonatal precisa ser qualificada e humanizada para reduzir a mortalidade materna e neonatal. Para isso, deve-se conscientizar a população sobre o pré-natal, benefícios no processo de saúde e na redução de agravos.
É necessário também garantir a oferta de ácido fólico e sulfato ferroso para todas as gestantes, para evitar doenças no neonato.
Exames de rastreio
O câncer de mama é o que mais afeta mulheres no mundo, sendo a principal causa de morte por câncer nos países em desenvolvimento. No Brasil é o segundo tipo mais comum, enquanto o de colo de útero é o quarto.
Por isso, o SUS oferta exames periódicos para rastrear tais doenças, em determinadas faixa etárias.
O rastreio de câncer de colo de útero é feito pela colpocitologia oncótica, o Papanicolau, aos 25 anos, por mulheres que já tiveram relações sexuais; de 3 em 3 anos, se os dois primeiros anuais forem normais, até completar 64 anos de idade, podendo interromper o rastreio se os dois últimos exames forem normais em 5 anos.
Já o do câncer de mama é por mamografia, para mulheres de 50- 69 anos de idade, de 2 em 2 anos. Além disso, é preciso orientar sobre o autoexame clínico da mama, o que eleva o conhecimento sobre o próprio corpo.
Métodos contraceptivos
O SUS disponibiliza os métodos contraceptivos para dar autonomia para a mulher escolher e planejar quando, como e se vai querer ter filhos. No entanto, é preciso maior informação sobre a sexualidade na adolescência, para escolha do melhor.
Os disponíveis são
- Injetável mensal ou trimestral
- Pílula combinada
- Diafragma
- Dispositivo intrauterino (DIU)
- além dos métodos de barreira, como preservativo feminino e masculino
Portanto, é importante ampliar o acesso à informação da saúde da mulher, os serviços de promoção e prevenção, baseando-se na assistência biopsicossocial, com atenção integral, para melhorar as condições de vida e saúde das brasileiras.
Mulher no trabalho
Mas não podemos esquecer que as empresas também podem e devem ajudar disponibilizando não só acesso aos serviços e informação de saúde, mas também olhar com mais sensibilidade a esse agente social, que também é de suma importância no mundo corporativo.
Que seja um exemplo a ser replicado, o caso da brasileira Maria Oldham, promovida a CEO da operação no Brasil da iZettle, empresa sueca líder em meios de pagamento na Europa. Sabendo que hoje, apenas 13% das mulheres ocupam cargos de presidência no Brasil, segundo Pesquisa Panorama Mulher 2019.
Outra realidade complicada é apontada pelo site vagas.com. Levantamento mostra que 52% das mulheres disseram ter passado por situações constrangedoras no emprego por estarem grávidas ou após o retorno da licença-maternidade.
Texto: Lyz Tavares
Edição: Luciana Cavalcante
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