O dia 21 deste mês é o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, um momento para refletir sobre vários aspectos e dificuldades que elas enfrentam. E isso ultrapassa a questão de mobilidade e alcança principalmente a inclusão deles nos grupos sociais em que vivem, entre eles o trabalho.
Como qualquer outro profissional, quem tem alguma deficiência física ou intelectual só quer o seu espaço no mercado de trabalho. Mas essa inserção não se limita apenas a oferecer uma cota de vagas PCD na empresa, como manda a lei.
O que esses trabalhadores precisam e querem mesmo e ser vistos como profissionais e ter suas habilidades e conhecimentos reconhecidos sem distinção por conta de suas limitações. Mais: ter as mesmas oportunidades e chances de ascender na carreira como os colegas de trabalho.
Ficou interessado no assunto? Então, continue a leitura e confira algumas atitudes inclusivas que podem e devem virar rotina no trabalho.
Empregabilidade
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontam para 46,5 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil, o que corresponde a quase 24% da população brasileira. Sendo que apenas 1%- pouco mais de 403 mil- está empregada.
Associações que lidam diretamente com esse público, como a APAE, dizem que apesar dos deficientes estarem conseguindo mostrar mais o seu trabalho, muitos empregadores, quando contratam, só cumprem a cota determinada por lei.
Lei x multa
Pela lei de cotas (Lei número: 8213/1991) as empresas devem destinar uma porcentagem de vagas para PCD, que varia de acordo com o número de funcionários até no máximo 5%. Mas nem todas cumprem a determinação, segundo o Ministério do Trabalho.
Pior: muitas preferem até pagar a multa, que varia de R$ 2,2 mil a R$ 228 mil. O Ministério do Trabalho combate esse tipo de prática com fiscalização, mas também fecha termos de ajuste de conduta incentivando a contratação, entre outras medidas inclusivas.
Dificuldades no mercado
Em pesquisa do site vagas.com- que ouviu 4.319 trabalhadores com deficiência- 62% disseram que já tiveram algum problema no ambiente de trabalho, sendo que 66% reclamaram de falta de oportunidades; 40%, de baixos salários; 38%, de falta de plano de carreira e; 16%, de acessibilidade.
A pesquisa é de 2016, mas o cenário não mudou muito desde então. Apesar das empresas já caminharem em direção à valorização dos funcionários PCD, muito ainda precisa ser feito.
Não ao preconceito
Os números mostram o quanto o preconceito ainda está presente. Numa busca rápida na internet encontramos relatos de trabalhadores que se sentiram preteridos em relação aos demais. Parece exagero, mas isso acontece de forma até velada quando uma tarefa é passada para outro colega, uma promoção que não chega, embora toda qualificação e esforços.
Claro que não vamos generalizar, pois há empresas onde isso não acontece. Mas exercitar o olhar e possibilitar iguais condições ao PCD é a verdadeira inclusão.
E você, que práticas inclusivas têm adotado na sua empresa?
Texto: Luciana Cavalcante
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