A tripofobia é caracterizada pelo medo irracional provocado por formas geométricas específicas, que incluem buracos ou padrões irregulares, como esponjas, favos de mel, sementes de lótus, plástico-bolha, morangos, buracos na pele ou em plantas, sementes de girassol, etc.
Embora ainda não esteja inscrita no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria, a tripofobia é reconhecida oficialmente por meio de estudos que atestam essa condição.
Conhecer as causas, os principais sintomas e como lidar com esse medo excessivo e incontrolável de buracos e padrões irregulares permite que você busque tratamentos adequados para ter mais controle sobre essas reações, melhorando a qualidade de vida.

Quais os sintomas da tripofobia?
Os sintomas de tripofobia são os mais variados e incluem os seguintes:
- Enjoo;
- Tremores;
- Suor excesso;
- Nojo;
- Choro intenso;
- Arrepios;
- Fadiga ocular, distorções ou ilusões;
- Desconforto extremo;
- Aumento do ritmo cardíaco;
- Coceira e formigamento generalizados.
Em casos mais graves, a pessoa pode apresentar crises de ansiedade, ataques de pânico desencadeados pela visão de imagens ou objetos que provocam a fobia.
Quais são os gatilhos comuns da tripofobia?
Os gatilhos mais comuns que desencadeiam a tripofobia, normalmente, incluem objetos ou padrões geométricos específicos, principalmente aqueles com buracos ou texturas irregulares.
Entre os objetos mais comuns estão: favos de mel; esponjas; sementes de girassol; sementes de lótus; plástico bolha; animais com manchas padronizadas; corais; cabeças de alho; estampas de roupas ou imagens com padronagens circulares; morangos; buracos na pele ou em plantas;
Se você perceber que esses objetos ou imagens provocam desconforto e desencadeiam os sintomas listados acima, o ideal é buscar orientação profissional que possa fazer o diagnóstico e propor estratégias para gerenciar a ansiedade associada à tripofobia.

O que causa a tripofobia?
Assim como ocorre com outros tipos de fobia comuns, as causas da tripofobia ainda não são totalmente esclarecidas.
Porém, pessoas que apresentam esse tipo de fobia tendem a relacionar os buracos ou padrões irregulares a possíveis ameaças. Na maioria das vezes, essas percepções são inconscientes.
Além disso, esses estudos também sugerem que a tripofobia pode estar associada a animais potencialmente perigosos, como insetos venenosos e serpentes, o que sugere que o indivíduo ativa um mecanismo de proteção contra ameaças reais.
Somado a isso, há pesquisas que usam a neuroimagem e que revelam que esses buracos e padrões irregulares podem ativar regiões cerebrais ligadas a emoções e aversão, promovendo, assim, uma sensação de medo e desconforto.
Como a tripofobia é diagnosticada?
Embora a tripofobia seja oficialmente reconhecida, ela ainda não é classificada no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria.
Por isso, não há um protocolo padrão para um diagnóstico formal para essa condição.
Nos casos em que o indivíduo sente um grande desconforto e medo excessivo desses padrões irregulares, a melhor alternativa é buscar a ajuda de um especialista em saúde mental, que avalia a situação para propor a abordagem mais adequada.
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A tripofobia tem cura?
Assim como ocorre com vários tipos de fobia, a cura para a tripofobia também é motivo de muita discussão.
Nesse sentido, há especialistas que afirmam que há uma possibilidade do indivíduo superar essa fobia, enquanto outros garantem que não há uma cura específica, porém, existem formas eficientes de lidar com as situações que provocam os sintomas, como a terapia de exposição gradual ou psicoterapia.
Por isso, nos casos em que a tripofobia afeta a qualidade de vida, o ideal é sempre buscar orientação especializada para aliviar e controlar os sintomas dessa condição.
Como tratar a tripofobia?
Embora não haja um tratamento padrão para a tripofobia, normalmente, profissionais como psicólogos e psiquiatras analisam os sintomas e como eles afetam a qualidade de vida, propondo abordagens específicas, como técnicas de relaxamento, meditação e diferentes tipos de terapia.
A Conexa Saúde possui médicos de mais de 30 especialidades, além de uma equipe multidisciplinar com psicólogos e psiquiatras para tratar as mais diferentes condições associadas à saúde mental.
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Como posso lidar com a tripofobia no dia a dia?
Para gerenciar os sintomas de tripofobia, além de sessões de terapia, você pode adotar algumas boas práticas, como a meditação, que auxilia na regulação das emoções e controle do estresse.
Uma delas é a yoga, que pode ser uma forma de lidar com a tripofobia, pois ela aborda o equilíbrio entre as emoções e o corpo por meio da sincronização dos movimentos com a respiração, possibilitando uma maior atenção aos próprios pensamentos, autoconhecimento e controle emocional.
A meditação também pode ser benéfica para tratar essa condição, uma vez que ela auxilia na regulação das emoções, controle do estresse e na redução da ansiedade, ajudando a amenizar as crises de tripofobia.

Créditos da imagem: Ekkaluck em iStock
Revisado por:
Thiago Lopes Genaro
CRM-SP 151800. RQE 110709. Formado em Direito pela USP; Medicina pela FAMERP; Psiquiatra pelo Instituto Bairral de Psiquiatria. Atual curador da especialidade de psiquiatria da Conexa Saúde.