Tricotilomania: o que é, impactos e como lidar!

Já ouviu falar sobre tricotilomania? Trata-se de um transtorno psicológico caracterizado pelo impulso de arrancar os próprios fios de cabelos ou pelos em diferentes regiões do corpo, como barba, sobrancelhas, cílios, braços, pernas e púbis.

Essa prática resulta no indivíduo falhas capilares perceptíveis nas áreas afetadas, causando constrangimento e gerando outros problemas, como ansiedade, baixa autoestima e isolamento social.

Embora muitas pessoas desconheçam essa condição, ela é muito comum e pode afetar significativamente o bem-estar físico e psicológico, além da qualidade de vida da pessoa.

Compreender o que é tricotilomania, seus sintomas e causas permite que reconheça essa condição e busque orientação médica especializada para iniciar o tratamento adequado.

Leia o nosso artigo e confira tudo que envolve a tricotilomania. Confira!

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Quais são os sintomas da tricotilomania?

A tricotilomania é considerada um transtorno psiquiátrico que apresenta sintomas muito peculiares e característicos, que envolvem, basicamente, o ato de arrancar cabelos ou pelos de diferentes regiões do corpo.

Esse comportamento é repetitivo e o indivíduo tem dificuldade em controlar o impulso, sentindo uma forte pressão para retirar o fio e, quando o realiza, sente alívio e uma sensação de recompensa.

Em muitos casos, a pessoa segue um ritual de remoção, selecionando fios que deseja arrancar a partir de critérios estabelecidos, como fios brancos ou rebeldes, por exemplo.

Entretanto, há ainda indivíduos que agem de maneira automática sem ao menos se dar conta de tal prática, geralmente, durante a leitura de um livro ou assistindo à TV. 

Essa prática também pode gerar impactos emocionais relevantes no indivíduo, como ansiedade, baixa autoestima, problemas de desempenho profissional ou escolar e isolamento social, principalmente, porque as falhas podem ser visíveis, levando ao constrangimento e a vergonha. 

O que pode causar tricotilomania?

A tricotilomania não tem uma causa específica, sendo considerada um transtorno psiquiátrico multifatorial associado aos mais diversos fatores, como experiência de vida, influências biológicas, comportamentais, genéticas e hereditárias. 

Pessoas com essa desordem também podem apresentar outras condições, como depressão, estresse, baixa autoestima, transtorno de ansiedade generalizada (TAG)

Isso acontece porque essa prática pode ser uma maneira de enfrentar ou aliviar, mesmo que de forma momentânea, situações desafiadoras ao longo da vida. 

A predisposição genética também é uma das causas da tricotilomania. Indivíduos que possuem familiares próximos com transtornos parecidos, como o TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo) têm mais chances de desenvolver essa condição. 

Há estudos que indicam que disfunções no sistema dopaminérgico podem ter alguma correlação com essa condição, já que a dopamina, um neurotransmissor que auxilia no controle de impulsos, pode estar desregulada, o que contribui para essa prática. 

Por fim, vivências estressantes e traumáticas estão entre as principais causas dessa desordem psicológica, já que a remoção de fios surge como uma forma de lidar com o desconforto emocional. 

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Quais os riscos associados à tricotilomania?

A tricotilomania pode gerar impactos significativos tanto na saúde física quanto emocional, afetando consideravelmente a qualidade de vida e bem-estar do indivíduo. 

A prática de remover fios de maneira compulsória pode desencadear infecções na área afetada ou no couro cabelo, além de provocar sérios danos aos folículos pilosos, inclusive, em muitos casos, de forma permanente, o que pode levar a um quadro de alopecia irreversível. 

Em pessoas com um quadro grave de tricotilomania, pode ocorrer ainda a tricofagia, que está associada a problemas gastrointestinais, já que, em alguns casos, há a ingestão de fios arrancados, levando ao acúmulo de cabelo no estômago, provocando comprometimento do sistema gastrointestinal grave, que exige cirurgia. 

Outros riscos incluem ainda o desenvolvimento de outras condições, como ansiedade e depressão, isolamento social e a dificuldade de manter relacionamentos sociais e profissionais, que podem surgir pela autocrítica e a dificuldade de falar sobre o problema ou a possibilidade de julgamento por terceiros.

Como é feito o diagnóstico de tricotilomania?

O diagnóstico da tricotilomania deve ser feito por um psicólogo ou psiquiatra com base nos critérios diagnósticos do DSM-5, que incluem o ato de arrancar os cabelos, tentativas de reduzir ou interromper a prática, mas sem sucesso, além da presença de sofrimento relevante ou dificuldade de estabelecer ou manter relações interpessoais.

A partir dessas orientações, o profissional realiza uma avaliação detalhada, que inclui uma análise do histórico do comportamento, os gatilhos emocionais e a frequência com que o indivíduo arranca os cabelos.

Somado a isso, é importante também que o especialista realize um diagnóstico minucioso, a fim de descartar outros transtornos mentais ou condições dermatológicas, que explicam a alopécia. 

Tratamentos para tricotilomania

A boa notícia é que há tratamento para tricotilomania infantil e também para esse transtorno presente em pessoas adultas.  

Normalmente, essa abordagem é multidisciplinar, que combina sessões de terapia, medicamentos e práticas de relaxamento e mindfulness. Entenda a seguir:

Terapia cognitivo-comportamental

Uma dos tratamentos mais importantes nesse processo é a TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental), que ajuda o paciente a identificar gatilhos mentais e situações que desencadeiam esse comportamento.

Com isso, o profissional contribui com o desenvolvimento de estratégias para lidar com as emoções e com situações de estresse e ansiedade.

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Medicamentos

O uso de medicamentos em casos mais graves, como antidepressivos ou ansiolíticos, também pode ser necessário, mas sempre com orientação médica.

Esses fármacos ajudam a regular os níveis de serotonina, diminuir comportamentos compulsivos e controlar a ansiedade.

Técnicas de relaxamento e mindfulness

Há ainda abordagens alternativas que ajudam no tratamento de tricotilomania, como meditação, mindfulness e atividades de relaxamento.

Essas práticas são capazes de contribuir para a redução de ansiedade e estresse, que podem ser gatilhos para a prática, além de melhorar a consciência corporal, permitindo que a pessoa perceba e interrompa o ato de remover os fios antes que ele aconteça.

Como lidar com a tricotilomania no dia a dia?

Pessoas que convivem com esse transtorno psiquiátrico podem adotar algumas estratégias para controlar a compulsão de arrancar fios de cabelos e pelos. 

Para te ajudar a lidar com a  tricotilomania, selecionamos práticas complementares simples, que podem fazer toda diferença no tratamento. Confira:

  • Reduzir estresse: uma das formas mais eficazes, sem dúvida, é a prática de atividade física e de técnicas de relaxamento, que incluem meditação e yoga. 
  • Ter uma rotina de sono adequada: uma boa noite de sono também é uma importante aliada no controle de comportamentos compulsivos.
  • Manter as mãos ocupadas: usar bolas antiestresse, praticar atividades, como desenho e crochê, evita o impulso de arrancar os fios.
  • Contar com redes de apoio e terapia: conversar sobre essa  condição com familiares e amigos é importante para o suporte emocional.

Lembre-se sempre da importância de ter paciência e se acolher, principalmente, durante o tratamento, porque o processo de recuperação é gradual, evitando se culpar por conta das eventuais recaídas.

Quando procurar ajuda médica?

Ao identificar os sintomas de tricotilomania, é essencial buscar atendimento profissional e especializado de forma imediata, especialmente, quando essa prática gera impactos significativos na saúde mental e física do indivíduo. 

Sendo assim, observe também outros sinais, como baixa autoestima, sentimentos de culpa e vergonha, isolamento social, dificuldade de interação social, comprometimento do desempenho escolar ou profissional.

Nesses casos, o início do tratamento adequado é primordial para garantir o bem-estar e a qualidade de vida da pessoa.  

Identificou esses sinais em você ou em outra pessoa? Então, não deixe de buscar ajuda médica. Hoje em dia, você pode contar com um atendimento prático, discreto e eficiente com os benefícios da telemedicina

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