Transtorno dissociativo: o que é, quais os sintomas, teste, tratamento

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Transtorno dissociativo. Você já ouviu falar sobre isso?

Muitas vezes estamos andando na rua, chegamos em determinado lugar e de repente nos perguntamos “como eu vim parar aqui?”, sem lembrar do trajeto que realizou até o momento, não é mesmo?

Isso mostra que, em algum momento da vida, todos nós já vivenciamos uma dissociação, que é um fenômeno comum e todos passam por ele, sem que isso seja indicativo de que algo está errado.

Entretanto, existem algumas pessoas que vivenciam dissociações com muita frequência e de forma muito intensa, causando prejuízos significativos em suas vidas.

Tais pessoas sofrem com os chamados transtornos dissociativos, um termo usado para transtornos mentais em que o principal mecanismo adjacente é a dissociação.

Esses transtornos afetam a continuidade entre pensamentos, memórias, ambiente, ações e identidade, fazendo com que a pessoa se distancie da realidade de uma forma involuntária.

Por isso é muito importante saber mais a respeito desses transtornos, e é exatamente isso que será feito nesse artigo.

Boa leitura!

O que é o transtorno dissociativo?

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O que é o transtorno dissociativo?

O transtorno dissociativo é um transtorno psicológico onde o indivíduo apresenta alterações na:

  • Consciência;
  • Memória;
  • Identidade;
  • Emoção;
  • Percepção do ambiente;
  • Controle dos movimentos e comportamento.

Tudo isso pode acontecer depois de eventos traumáticos ou de grande estresse.

Dessa forma, a pessoa com este transtorno pode vivenciar diferentes tipos de sinais e sintomas de origem psicológica.

Tais sintomas aparecem tanto isoladamente quanto em conjunto, sem que exista qualquer tipo de doença física que justifique o caso, como amnésia temporária, perda da consciência, confusão mental e múltiplas identidades, por exemplo.

É importante que o transtorno dissociativo seja identificado pelo psicólogo ou psiquiatra para que seja então possível iniciar o tratamento o mais rápido possível.

Transtorno dissociativo tem cura?

Alguns sintomas  do transtorno dissociativo surgem e desaparecem de forma espontânea, entretanto, o transtorno dissociativo de identidade não se resolve por si.

Assim, a recuperação da pessoa depende dos sintomas e das características que ela manifestar, bem como da qualidade e duração do tratamento recebido.

Dessa forma, existem pessoas que precisam de tratamentos mais longos e esses tratamentos têm menos sucesso.

Já outras pessoas o tratamento é menor, o que, muitas vezes, têm maiores chances de cura.

Quais são os fatores que influenciam no transtorno dissociativo?

Os transtornos dissociativos acontecem quando o indivíduo passa por estados dissociativos intensos ou com muita frequência.

Assim, as pessoas que têm mais chances de desenvolverem transtornos dissociativos são aquelas que já passaram por diversos eventos traumáticos como:

  • Abusos e maus-tratos durante a infância;
  • Acidentes;
  • Desastres;
  • Morte de entes queridos;
  • Conflitos internos intoleráveis,  entre outros.

E, mesmo que não sejam transtornos dissociativos em si, existe uma grande ligação do fenômeno da dissociação com transtornos de estresse pós-traumático e transtorno de estresse agudo.

Tais transtornos apresentam sintomas dissociativos como amnésia, flashbacks, despersonalização e/ou desrealização.

Quais os sintomas do transtorno dissociativo?

Os sintomas do transtorno dissociativo, entre outros, são os seguintes:

  • Amnésia temporária, seja de eventos específicos ou de um período do passado;
  • Lentificação dos movimentos e reflexos ou impossibilidade de se mover, semelhante a um desmaio ou um estado de catatonia;
  • Perda da consciência de quem é ou de onde está;
  • Movimentos semelhantes a uma crise epiléptica;
  • Formigamentos ou perda da sensibilidade em um ou mais locais do corpo, como boca, língua, braços, mãos ou pernas;
  • Estado de extrema confusão mental.

Na grande maioria das vezes, o transtorno dissociativo se manifesta ou se agrava depois que o indivíduo passa por eventos traumáticos ou de muito estresse, e costuma aparecer de forma abrupta.

Os episódios podem acontecer de forma esporádica ou serem frequentes, dependendo de cada caso, sendo mais comum em mulheres que em homens.

É importante que na presença de sinais e sintomas a pessoa procure a ajuda de um psiquiatra para começar o seu tratamento.

Como diagnosticar o transtorno dissociativo?

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Como diagnosticar o transtorno dissociativo?

A confirmação do transtorno dissociativo é feita pelo psiquiatra, o qual faz a avaliação dos sintomas apresentados nas crises bem como a existência de conflitos psicológicos que possam estar desencadeando ou agravando a doença.

O médico também irá avaliar se a pessoa tem ansiedade, depressão, somatização, esquizofrenia ou outros transtornos mentais que pioram ou que confundem com o transtorno dissociativo.

Como fazer um teste para detecção de transtorno dissociativo?

Se você tem curiosidade para saber se pode desenvolver distúrbios psicológicos, agora é possível fazer um teste direto de casa, conectado à internet.

No site www.temperamento.com.br existe um questionário com 900 perguntas, elaborado por psiquiatras que tem o objetivo de avaliar sintomas e transtornos psiquiátricos que o internauta pode vir a ter, com base em seu temperamento.

De acordo com o psiquiatra Diogo Lara, professor da PUC-RS, o teste é constituído de duas partes, uma psicológica e outra psiquiátrica. “A primeira etapa dá retorno do voluntário sobre o perfil de temperamento emocional e afetivo dele. A segunda dá a probabilidade de ele ter ou ter tido transtornos psiquiátricos”, explica Lara, ressaltando que são classificados 19 transtornos diferentes, como depressão e ansiedade.

Inicialmente, o teste pode até parecer repetitivo, mas existem diferenças sutis no questionário.

Para realizar o teste, o voluntário deve ter, no mínimo, 18 anos, mas não precisa se identificar. Basta fornecer um endereço de e-mail para receber uma senha.

O questionário completo pode ser respondido em até uma semana, mas em um único acesso é possível terminar em cerca de duas horas.

Quais são os tipos de transtorno dissociativo?

Agora, vamos falar um pouco a respeito dos tipos de transtornos dissociativos, confira:

Amnésia dissociativa

A amnésia dissociativa é aquela na qual o indivíduo não se lembra de informações sobre  si mesmo. Ela é diferente de um simples esquecimento das informações, pois isso é muito normal de acontecer e posteriormente a pessoa recuperar essa memória.

Na amnésia dissociativa, o indivíduo, muitas vezes, esquece completamente acontecimentos importantes de sua vida, detalhes a respeito de sua identidade e personalidade, entre outros, sem a existência de uma causa orgânica para tal.

Geralmente, as memórias “esquecidas” são de eventos traumáticos, principalmente de eventos aversivos que aconteceram durante a infância. Entretanto, em casos mais graves (e raros), a pessoa acaba esquecendo completamente quem ela é e sua história de vida.

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais, a amnésia dissociativa pode ser categorizada em:

  • Localizada: Que é referente a algum episódio ou a um período de tempo;
  • Seletiva: Essa é referente a algum aspecto específico de um evento traumático;
  • Generalizada: Que acontece quando a pessoa se esquece de sua identidade e história de vida.

Frequentemente o indivíduo também não tem consciência desse esquecimento, pois ele não tem consciência que alguma informação está faltando; parecendo que tais eventos nunca tivessem realmente acontecido com ele.

Transtorno dissociativo de identidade

Você já escutou o termo“personalidade múltipla”? É dessa forma que o transtorno dissociativo de identidade era chamado antigamente, e tal nome, mesmo que não seja mais usado de forma oficial, ainda é bem popular.

Em tal transtorno, a fragmentação da identidade de um indivíduo acontece de forma muito intensa, onde ele apresenta vários estados de personalidade, frequentemente chamados de alters.

As crianças que sofrem com dissociação frequentemente têm algum tipo de dificuldade para integrar todas essas facetas da personalidade, e por isso ela desenvolve o transtorno dissociativo de identidade.

É como se a dissociação frequente não deixe que aconteça essa integração das identidades em uma só, fazendo com que elas continuem desintegradas até a vida adulta.

O indivíduo que sofre com transtorno dissociativo de identidade pode entrar em estados de fuga dissociativa, onde ele vai parar em lugares sem saber como chegou lá e nem o que foi fazer lá.

Tal estado de fuga é muito mostrado no cinema e você provavelmente já ouviu falar em algum caso, fictício ou não.

Transtorno de despersonalização/desrealização

Esse transtorno é diagnosticado quando o indivíduo passa por frequêntes fenômenos de despersonalização, conceituado como uma sensação de desconexão consigo mesmo, e/ou desrealização, que pode ser descrito como uma desconexão com o mundo e com as pessoas, na qual tudo parece irreal.

A pessoa pode apresentar um comportamento não responsivo ou parecer não ter emoções.

Essas experiências podem acontecer em pessoas saudáveis, mas quando são frequentes, intensas e duradouras, trazendo prejuízos significativos, pode-se considerar um transtorno dissociativo.

Como é o tratamento do transtorno dissociativo?

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Como é o tratamento do transtorno dissociativo?

O tratamento irá variar de acordo com o transtorno dissociativo que a pessoa sofre. Geralmente, a psicoterapia pode ajudar muito a elaborar os traumas e diminuir os sintomas, auxiliando a controlar melhor os estados dissociativos. No entanto, geralmente não há cura definitiva para esses transtornos.

A abordagem utilizada com mais frequência para tratar os transtornos dissociativos é a terapia cognitivo-comportamental (TCC).

Não existem medicamentos específicos para o tratamento dos transtornos dissociativos, mas pode ser indicado o uso de antidepressivos ou ansiolíticos para lidar com possíveis comorbidades que podem piorar os sintomas desses transtornos.

Como identificar transtorno dissociativo em colaboradores da empresa?

A empresa, juntamente com seus supervisores e gestores, devem sempre prestar atenção em seus colaboradores, pois, caso eles apresentem alguns dos sintomas informados, é necessário que eles sejam orientados a procurar ajuda de um psiquiatra.

Além disso, a empresa pode ter esse profissional, sempre que possível, à disposição de seus colaboradores.

Como o RH pode estar atento quanto a sinais de transtorno dissociativo na empresa?

A saúde mental no trabalho nunca foi tão abordada como está sendo agora, pois tal pauta é abordada tanto na produção acadêmica e nas mídias quanto no ciclo social e familiar.

Por esse motivo as empresas não podem ficar de fora dessa conversa, ainda mais quando se leva em consideração que as finanças pessoais e o mercado de trabalho têm um enorme peso para a manutenção da saúde mental das pessoas.

Por esse motivo, o departamento de RH tem um papel muito importante, pelo fato de que ele é o responsável por criar um relacionamento no ambiente profissional,  construindo um espaço onde o colaborador se sinta valorizado, satisfeito e acolhido.

Essa deve ser mais do que uma mera estratégia, e sim um dos principais pilares do ambiente de trabalho.

Conseguir manter os funcionários satisfeitos é como ganhar na loteria dos negócios. Só há benefícios para ambos os lados.

Assim, para que o RH seja um ponto positivo na saúde mental dos trabalhadores ele deve:

  • Criar um ambiente de acolhimento;
  • Valorizar a experiência do colaborador;
  • Oferecer serviço de tele psicologia.

Importância da saúde física e mental dos colaboradores para a produtividade da empresa

A saúde física e mental depende muito dos nossos hábitos pessoais, mas também das experiências vividas no trabalho, já que, em geral, ele ocupa a maior parte do nosso tempo.

Por isso a preocupação de que esse espaço reúna condições para o bem estar dos frequentadores.

De acordo com a OMS, um ambiente de trabalho negativo pode provocar problemas de saúde física e mental e, inclusive, o uso abusivo de álcool e drogas, além da queda na produtividade e o absenteísmo.

Diante disso, muitas empresas passaram a se preocupar com essa questão, por entenderem que proporcionar uma boa estrutura de trabalho, boa convivência e ações preventivas, deixam as equipes mais saudáveis, e, consequentemente, mais aptas a desenvolver um bom trabalho.

Conheça a Conexa Corporate

Bom, agora que informamos a respeito do transtorno dissociativo, como identificar, seus sintomas e seu tratamento, chegou a hora de você entender o que a Conexa Corporate oferece de diferente para você e como ela pode te ajudar.

  • Teleorientação

Devido a pandemia do novo coronavírus, a Conexa Corporate começou a perceber que a  telemedicina pode ser usada no dia a dia, especialmente em questões menos complexas.

Um bom exemplo é um paciente com câncer que, através da teleorientação, faz o acompanhamento com o seu médico e tira suas dúvidas quanto ao tratamento através de uma consulta online.

  • Telepsicologia Conexa Saúde

A Conexa Saúde também oferece o acompanhamento psicológico para os colaboradores de sua empresa que têm doenças como Burnout, depressão, ansiedade, entre outras.

  • Conexa in Company

O Conexa in Company consiste no acompanhamento das questões de saúde dos colaboradores internamente.

Abaixo listamos algumas de suas funções:

  • Acompanhamento da sinistralidade;
  • Saúde 24 horas por dia, 7 dias por semana;
  • Suporte emocional para as equipes internas.

Assim, situações de crise poderão ser facilmente contornadas.

  • Plataforma

A Plataforma Conexa é um grande diferencial que a Conexa Saúde tem, e isso faz com que ela fique muito à frente dos planos de saúde tradicionais.

Isso acontece pois ela dispõe de uma plataforma exclusiva, o que facilita todo o processo de conexão entre médico e paciente, e  isso por si só já é um grande ponto positivo.

Entretanto, a Conexa Saúde e Corporate vai muito além, por isso ela entrega, também, diversas funções essenciais para um bom acompanhamento de saúde no dia a dia.

Algumas de suas funções no dia a dia são:

  • Armazenamento de documentos médicos em formato digital;
  • Integração dos dados do paciente em seu perfil, facilitando processos multidisciplinares de diagnósticos;
  • Facilidade no acesso a resultados de exames e o histórico do paciente, o que pode abrir, de partida, as possibilidades de diagnóstico;
  • Permite que o profissional analise quais são os exames que o paciente já fez e conferir os resultados, sem que seja Preciso solicitar procedimentos que já foram realizados recentemente;
  • Permite a emissão de laudos a distância e interpretação de exames com junta médica — isso é muito comum em casos complexos, como tratamentos de tumores malignos, nos quais profissionais trocam informações com outros especialistas, a fim de traçar o melhor caminho para seus pacientes durante o processo.

Além disso, todos os protocolos de segurança presentes na plataforma garantem  a privacidade dos dados dos pacientes, principalmente pelo fato de que ela respeita o estipulado pela LGPD para esses casos.

Isso é fundamental, principalmente, pois envolve dados sensíveis.

Mas a pergunta que não quer calar é: quais são as diferenças existentes entre a Conexa Saúde e o plano de saúde empresarial tradicional?

Separamos a seguir os principais pontos que precisam ser observados e que mostram as diferenças mais importantes entre elas

Os planos de saúde tradicionais têm como foco principal as consultas presenciais, em consultório.

Dessa forma, eles estão começando a engatinhar para o uso da telemedicina nesses serviços, principalmente devido a pandemia da Covid-19.

Assim, através da meio da telemedicina que a Conexa Corporate oferece, seus colaboradores podem se consultar a distância com disponibilidade de 24 horas, todos os dias da semana, conseguindo alinhar com a agenda dos profissionais.

Conclusão

A saúde mental não só é importante como também é a porta da frente para que um indivíduo sinta-se bem e realize com êxito suas atividades.

É por isso que além de dar a devida importância, é preciso também cuidar para que não passe despercebida até por si mesmo alguns sinais de que está ficando doente.

Cabe então não só identificar períodos de exaustão emocional como também tomar medidas para conter esses problemas. É aí que vale a pena investir em iniciativas que possam impedir que quadros de tristeza e de solidão se agravem para problemas mais sérios.

Se você está sentindo dificuldades para enfrentar esse momento de pandemia, saiba que você não está sozinho.

Milhares de pessoas também enfrentam dificuldades para lidar com os desafios do dia a dia frente ao nosso novo cenário mundial. Por isso, procure ajuda médica e psicológica.

Quer saber mais? Acesse nosso blog e veja mais artigos sobre saúde e bem estar!

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