A telemedicina já havia se estabelecido como uma das maiores tendências da área da saúde no mundo todo. Mas, desde a pandemia do coronavírus instaurada em 2020, o modelo de atendimento médico on-line ganhou ainda mais destaque por garantir o distanciamento social tão necessário, e também por ser uma importante aliada na estratégia para evitar o colapso do sistema de saúde.
Consultas de diferentes especialidades via plataforma digital estão firmadas como uma prática cada vez mais comum para médicos e pacientes há tempos. O modelo apenas ganhou ainda mais adeptos por causa da pandemia.
O que é de fato uma novidade na telemedicina é a Tele-UTI. Você já ouviu falar? Nós vamos te explicar todos os detalhes!
Entenda o conceito da Tele-UTI
A Tele-UTI é uma maneira de realizar a visita multiprofissional de forma remota. O objetivo é racionalizar o uso de recursos e otimizar o atendimento dos pacientes que estão internados em unidades de terapia intensiva, as UTIs – seja adulto, pediátrico ou neonatal.
A Tele-UTI está disponível 24 horas por dia, nos sete dias da semana. Para utilizá-la, o hospital precisa estar equipado com dispositivos com áudio e imagem de alta definição.
No Brasil, o modelo foi implementado pelo Ministério da Saúde para ajudar médicos do SUS no atendimento a pacientes internados com complicações do coronavírus e conta com a parceria dos cinco Hospitais do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (ProadiSUS): Hospital Alemão Oswaldo Cruz, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês.
Como funciona na prática?
O atendimento rotineiro recebido pelo paciente internado em uma UTI é feito principalmente por enfermeiros e, eventualmente, por médicos plantonistas. O médico intensivista, que lidera o diagnóstico e tratamento do paciente, faz visitas de forma mais pontual, para acompanhar o quadro e rever as terapias usadas naquele caso clínico.
A Tele-UTI vem então para substituir parcialmente essas checagens do médico intensivista responsável. O paciente internado continua sob todos os cuidados do restante da equipe. A única parte que fica diferente é o encontro com o médico-líder, que, ao invés de ser pessoalmente todas as vezes, passa a acontecer de forma híbrida com o auxílio da tecnologia.
Outro formato de atuação da Tele-UTI, que é como tem sido feito no caso do SUS durante a pandemia do coronavírus, é o atendimento com médicos ”emprestados” de outros hospitais. Essa é uma estratégia bastante positiva, pois permite que até os hospitais e clínicas mais simples e em locais mais remotos tenham um atendimento no padrão de alguns dos melhores hospitais particulares do país.
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