Você já ouviu falar sobre a sinistralidade e o que ela representa nos custos da sua empresa?
Por vezes, muitas empresas conhecem a importância de um bom investimento em benefícios relacionados à saúde. Mas será que essas empresas sabem como funcionam os custos e qual pode ser o valor investido na saúde dos seus colaboradores?
A verdade é que nem sempre as empresas estão bem preparadas para lidar com esse tipo de questionamento. Mas, por sorte, existe um termo capaz de definir o custo que uma empresa tem com esse modelo de benefício: a sinistralidade.
A taxa de sinistralidade nada mais é que o valor que uma empresa desembolsa por mês direcionada a saúde dos seus colaboradores. Essa taxa é calculada pelo fato de que estes valores não são fixos e podem mudar de acordo com o uso.
Ou seja, à medida que seus colaboradores e seus dependentes usam o plano, o valor que chegará para a empresa será diferente. Dessa forma, é preciso medir e observar a sinistralidade e o seu reajuste para uma maior precisão no momento do fechamento das contas.
Conheça agora um pouco mais sobre a taxa de sinistralidade, sua forma de cálculo e sobre seu funcionamento.
O que é sinistralidade em planos de saúde ? Saiba o conceito
Para começar, a sinistralidade é uma espécie de taxa que faz parte do mercado. Quando tratamos da contratação de planos de saúde, essa taxa é acionada quando se tem alguma ocorrência dos serviços prestados.
Essas ocorrências se dão de diferentes formas, podendo ser consultas, exames, cirurgias, qualquer procedimento pode ser chamado de sinistro.
Ou seja, a sinistralidade está intimamente ligada ao total de vezes que o plano de saúde é acionado.
Para calculá-lo, basta dividir o valor sinistrado pelo prêmio e depois multiplicar por 100. O sinistro nada mais é do que o volume de dinheiro gasto pela operadora com os seus beneficiários. Isto é: todas as despesas médicas (e não médicas) geradas pelos segurados para a operadora.
Por outro lado, o prêmio é o oposto disso. Ou seja, é o valor que a operadora arrecada com os pagamentos dos beneficiários. Esta é a principal receita dos planos de saúde e operadoras.
Dessa forma, a sinistralidade é importante por ser a variável que determina se está sendo lucrativo ou não o mantimento da operação. Logo, se os custos estiverem ultrapassando a receita é provável que existam problemas a longo prazo.
Qual o impacto da sinistralidade no reajuste dos valores de planos de saúde?
Como já mencionado anteriormente, o índice de sinistralidade é aquele capaz de determinar se está sendo lucrativo ou não para o plano de saúde os valores determinados.
Dessa forma, quando o assunto é o reajuste feito pelo plano ele está totalmente relacionado com a sinistralidade.
Isso porque o índice é calculado levando em conta o que entra e o que sai da operadora. Logo, se a empresa estiver tendo prejuízos é bem provável que rapidamente ela irá perceber por esse cálculo.
Não se deve deixar de levar em consideração também que se o plano for realizar reajustes ele provavelmente tentará cobrir esse tipo de perda financeira que está acontecendo.
Logo, se mais pessoas usam o plano com mais frequência e fazem um pagamento muito abaixo dos gastos, é lógico que em pouco tempo ele terá prejuízos.
Um bom indicador é a sinistralidade, ela diz quanto deve ser reajustado para que a operadora tenha lucros.
Fatores que afetam o índice de Sinistralidade
Os contratos de plano de saúde em geral usam a sinistralidade como o índice principal. Ele equivale à relação entre os serviços médicos consumidos e a receita que a operadora recebe pelo contrato.
Ou seja, o índice é afetado de acordo com o acionamento do plano. Em outras palavras, quer dizer que sempre que um colaborador avisa o plano que irá comparecer a uma consulta, seja para um exame ou outros procedimentos, um registro é aberto como sinistro.
Sabendo como você já sabe o que significa esse termo, pode-se inferir que logo o índice de sinistralidade sofre alterações.
Ademais, assim como o sinistro muda a taxa, o prêmio também muda. Sendo assim, se a arrecadação é maior a taxa sofre mudanças.
É por isso que os reajustes são feitos com base nesse tipo de taxa. Pois o prêmio sendo maior, é capaz de alterar a taxa e deixá-la positiva em casos onde a sinistralidade está elevada.
Qual o método de cálculo da sinistralidade?
A Sinistralidade pode ser calculada através de uma fórmula. Quando se tem o valor de sinistro dividido pelo prêmio e multiplicado por cem.
Esse método pode ser aplicado e mostrar a quem calcula como anda a receita da empresa.
Exemplo prático de cálculo de sinistralidade
Imagine só, pense que você está trabalhando como analista de cálculo de um convênio de saúde.
Agora, pense só. A sua empresa vem fechando no vermelho todos os meses e você precisa criar uma solução para ser aplicada e fazer com que o plano de saúde volte a dar lucros.
Vamos lá! Em primeiro lugar é preciso analisar o sinistro da empresa, ou seja, o que é gasto todos os meses quando o convênio é acionado.
Como esse é um valor variável, o melhor a ser feito é fazer uma média do que é gasto por mês. Porém, pode ser que essa média fique distante da realidade, já que em meses próximos a eventos comemorativos, pode ser que o plano seja acionado mais vezes em virtude de acidentes.
Além disso, há também meses como janeiro em que muitas pessoas decidem fazer uma bateria de exames para começar o ano bem.
Se isso acontecer, é melhor não usar a média como parâmetro. Busque por valores mais precisos.
Exemplo em números
Logo, suponhamos que você selecionou o mês de maio e agora irá fazer seus cálculos em cima disso.
Primeiro vamos usar um valor hipotético de 500 mil reais sendo o sinistro da empresa. E para prêmio, vamos usar um valor de 800 mil reais.
Dessa forma vamos fazer uma divisão e depois uma multiplicação desses números. Logo vamos dividir 500 mil por 800 mil reais, que irá totalizar 0,625 . Em seguida vamos multiplicar esse número por cem e obter o índice de sinistralidade.
Vamos lá, 0,625 X 100 = 62,5. Esse é o índice de sinistralidade da empresa.
Mais fácil do que parece, não é mesmo? Bom, agora é aplicar a fórmula de acordo com os dados que você tem em mãos.
Se isso for feito, fica simples entender como está caminhando os índices e as taxas.
Qual a taxa de sinistralidade de acordo com a ANS?
Qualquer empresa que esteja buscando gerenciar os seus custos precisa ter ideia de como funciona o índice de sinistralidade e também o modelo de cálculo.
Isso porque a taxa funciona como um termômetro para medir se o contrato que está vigorando vem sendo bom ou excedendo os valores ideais.
Segundo a ANS, a Agência Nacional da Saúde, a taxa varia de acordo com os valores de sinistro e prêmio. Esse resultado em planos de saúde é de 85,5%.
Quando a gestão é autônoma os valores variam, podendo chegar a 95%. Isso porque a fórmula depende de duas variáveis.
Apesar dessas taxas, é importante ter em mente que qualquer empresa tem um gasto elevado com planos de saúde.
Isso porque os valores de custos médicos tendem a subir, assim como já sobem acima dos valores de inflação.
E apesar desses custos, a tendência é que subam cada vez mais. Sendo assim, é de fundamental importância que o conceito seja entendido para que essas taxas possam ser controladas.
Como o RH pode atuar para reduzir a sinistralidade do plano de saúde dos colaboradores?
Muitos gestores de RH têm como principal desafio reduzir os custos de uma empresa com a sinistralidade.
Quando se trata de planos de saúde, a sinistralidade , ou seja, quando o colaborador utiliza o benefício do plano para fazer consultas, exames, e outros procedimentos.
Um gestor de RH precisa em muitos casos diminuir o índice de sinistralidade porque ele pode ser um indicador de complicações, elevando a necessidade de reajustes nos valores pagos à prestadora.
Outro ponto que deve ser destacado, se o número de exames e consultas aumenta, pode ser que o seu colaborador esteja com a saúde em descuido. Assim, isso também gera impacto no número de atestados, afastamentos e outros problemas de saúde que podem tornar-se problemas da empresa.
Ofereça planos de saúde com coparticipação
Uma das alternativas para quem precisa reduzir as taxas de sinistralidade, é buscar por planos de saúde com coparticipação.
Essa é uma boa ideia porque a empresa deixa de ser a responsável pelo valor total dos custos com o plano de saúde, e passa a ser parcialmente responsável.
Dessa forma, o colaborador também arca com os custos, pagando um valor mensal de participação que auxilia na hora de manter o plano pela empresa. Ou mesmo, um valor parcial todas as vezes que faz consultas ou procedimentos.
É comum que algumas empresas já façam uso desse modelo de produção. Logo, quando ainda assim a taxa de sinistralidade não é controlada, pode ser que exista uma dificuldade ainda maior para manter esse benefício.
O que muitas vezes acontece é que as empresas que possuem poucos funcionários não conseguem manter essa taxa da forma ideal.
Já que o uso ultrapassa o limite de arrecadação em muitos meses seguidos.
A Conexa é uma empresa que conta com esse modelo de plano de saúde e por isso facilita para aqueles que necessitam de um plano de coparticipação.
Leve reflexões aos colaboradores sobre o uso consciente do plano de saúde
Bom, a princípio é normal que ao adentrar em uma nova empresa e passar a contar com o plano de saúde, algumas pessoas abusem desse benefício.
E quando digo abusar , não se trata de ir ao médico fazer exames, e consultas. Esses são direitos do colaborador e o plano deve ser usado para tal.
O que não pode é exagerar na dose. Assim como qualquer tipo de benefício, há limites para o uso, e não há porque ir ao médico com frequência exagerada um indivíduo saudável.
Sendo assim, quando os colaboradores passam a usufruir do benefício do plano de saúde, é dever do gestor de RH propor alternativas conscientes de uso.
Nesse aspecto, o indivíduo não apenas passa a fazer uso da maneira correta do benefício como também torna-se uma pessoa mais consciente e organizada quanto ao uso.
Elabore dinâmicas de saúde e bem estar na empresa
Nada mais colaborativo que não apenas fornecer o benefício como também promover dinâmicas que auxiliem no bom uso deles.
Quando a empresa realmente demonstra se importar com o colaborador, o ideal é que ela promova a saúde dentro do próprio ambiente de trabalho.
E para isso é importante ressaltar que dinâmicas e outras metodologias de simples aplicação são ótimas aliadas nesses momentos.
Logo, se você é gestor de RH ou atua na área de gestão de equipes, uma excelente forma de auxiliar seus funcionários nessa caminhada, é propondo algumas ideias e incorporando medidas.
Faça campanhas sobre saúde preventiva na empresa
Por vezes, é mais comum do que se imagina que muitas pessoas carregam estigmas consigo mesmas sobre alguns exames ou tipo de consultas.
Quando esse é o caso, as campanhas são muito efetivas para encorajar os seus funcionários a buscarem ajuda e tratamento.
Exames relacionados à vida íntima são muito evitados por algumas pessoas. Logo, faz parte da empresa influenciar e esclarecer alguns mitos.
Essa medida leva benefícios não apenas para quem vai ao médico e se previne de doenças e outros problemas de saúde, como também para a empresa.
Isso porque quando um funcionário adoece por fatalidades evitáveis, pode sair bem mais caro para a corporação.
E além de uma medida preventiva, é um sinônimo de preocupação, gestão de qualidade e empatia para com os funcionários.
Ajude a promover e a manter um bom clima na empresa
O clima e o ambiente de trabalho são fatores que influenciam diretamente na vida e felicidade de um indivíduo. Quando o mesmo não se encontra motivado, ele perde muitas vezes o interesse em realizar um trabalho bem feito.
Tudo isso porque torna-se rotineiro e desgastante trabalhar sem reconhecimento. Por isso, ao promover um clima de harmonia e motivação para os funcionários da empresa é essencial que a saúde seja prezada.
Isso porque funcionário doente não produz. Seja emocionalmente, ou fisicamente. Logo, o melhor é sempre prezar pela qualidade de vida dos indivíduos que produzem dentro da sua empresa.
Ofereça alternativas tecnológicas ao plano de saúde convencional
Conexa saúde, por exemplo, pode ser uma alternativa – ou um complemento – ao plano de saúde dos colaboradores, que ajuda a reduzir significativamente o acionamento dos planos de saúde convencionais. Dessa forma, impacta positivamente nas taxas de sinistralidade.
Conclusão
A Sinistralidade nada mais é que uma metodologia de cálculo que indica se os referenciais sinistro e prêmio estão de acordo com o que é exigido.
Logo, quando há um desequilíbrio nesses parâmetros, é preciso que a empresa aumente a taxa paga.
Quem em geral faz a fiscalização e determina o valor da taxa é a Agência Nacional da Saúde. Podendo ser ela quem determina o valor do reajuste ou a própria empresa.
Cabe lembrar que a empresa é responsável pela saúde dos seus colaboradores também, por isso precisa estar de acordo com as medidas oferecidas para manter ela em ordem.
O gestor de RH é um dos ativos mais responsáveis pela gestão de qualidade desse setor na vida dos demais funcionários.
Sendo assim, medidas simples podem ser aplicadas e levar grandes benefícios para quem trabalha na empresa, como por exemplo as campanhas de promoção, conscientização e os benefícios dados para que a saúde seja sempre mantida e priorizada.