Síndrome de Tourette: o que é, causas, sintomas e tratamentos

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A síndrome de Tourette é considerada um distúrbio neuropsiquiátrico que se manifesta por tiques — movimentos repetitivos, rápidos e súbitos, podendo ser vocais ou motores. Eles podem persistir por mais de um ano e, normalmente, começam na infância, variando em intensidade e frequência, o que pode gerar incômodo e até constrangimento, principalmente em público. 

Essa condição também pode estar associada com sintomas de outros transtornos, como o obsessivo-compulsivos (TOC), distúrbio de atenção com hiperatividade (TDAH) e a transtornos de aprendizagem.

Por isso, compreender o que é síndrome de Tourette, conhecer as causas e sintomas permite buscar orientação médica adequada, seja para você ou para alguém próximo.

Leia o nosso artigo e descubra todos os aspectos que envolvem essa síndrome e os tratamentos disponíveis. 

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Quais são os primeiros sinais da síndrome de tourette?

Os primeiros sinais da síndrome de Tourette começam ainda na infância e podem se apresentar em tiques simples, que normalmente são leves, e os complexos, que podem impactar diretamente na rotina diária do indivíduo. 

Listamos alguns dos sintomas comuns associados à síndrome de tourette. 

  • Tiques simples: movimentos motores e vocais rápidos, repetitivos e frequentes, que atingem somente alguns grupos musculares.

    Exemplos: Encolhimento de ombros; piscamento dos olhos; movimentos repetitivos dos dedos ou do pescoço; elevação das sobrancelhas; tosse curta e repetida; Inalar rapidamente; Imitar sons de animais (latidos e grunhidos).
  • Tiques complexos:  movimentos motores e vocais rápidos mais coordenados e estruturados que utilizam diferentes grupos musculares. 

    Exemplos de tiques motores complexos: caretas; movimentos como sacudir a cabeça; cheirar ou manusear objetos; saltar; dobrar ou torcer itens; repetir palavras ou frases; ecoar o que os outros dizem; utilizar linguagem vulgar ou ofensiva.

O que causa a síndrome de tourette?

Embora não tenha uma causa totalmente esclarecida pela medicina, a síndrome de Tourette pode estar associada a aspectos genéticos e hereditários, como mutações em genes ligados ao desenvolvimento neurológico. Certas regiões e circuitarias cerebrais, como disfunções no circuito cortico-estriato-talamo-cortical vêm sendo pesquisadas e envolvidas na explicação para essa síndrome.

Além disso, outras causas também podem ser atribuídas a infecções no sistema nervoso central e lesões cerebrais traumáticas.

Quais são os fatores de risco para a síndrome de tourette?

Existem fatores de risco que aumentam a probabilidade de desenvolver essa síndrome. 

No caso das crianças com tique, elas também podem apresentar outros transtornos, como déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtornos de ansiedade e de aprendizado.

No caso de pessoas jovens e adultos, é possível que outras condições estejam associadas, como depressão, transtorno por uso de substâncias e bipolaridade.

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Quais os impactos da síndrome de tourette?

A síndrome de Tourette é uma condição que pode afetar significativamente a vida de um indivíduo, já que os tiques podem se manifestar severamente, prejudicando as relações pessoais e profissionais.

Na vida social, esse distúrbio pode provocar constrangimento excessivo, já que os tiques envolvem sons e movimentos indesejados que, muitas vezes, podem ser inadequados, como a pronúncia de palavrões. 

Isso pode prejudicar as relações de amizades, levando ao isolamento social e a baixa autoestima.

Da mesma forma acontece no ambiente de trabalho, impactando a concentração e a produtividade, principalmente, quando o indivíduo apresenta ainda outras condições, como o TDAH e o TOC.

Essas condições podem causar constrangimento e a dificuldade de manter o vínculo empregatício.

Por isso, aos primeiros sinais de síndrome de Tourette, é importante buscar orientação médica especializada para investigar os sintomas e propor um tratamento adequado. 

Como diagnosticar a síndrome de Tourette?

O diagnóstico da síndrome de Tourette deve ser feito por um neuropediatra ou por um psiquiatra infantil, no caso de crianças, ou por um psiquiatra, no caso de adultos. 

Para confirmar esse distúrbio neuropsiquiátrico, o profissional precisa levar em consideração alguns critérios, que são os seguintes:

  • Os sintomas devem começar na infância;
  • Presença de múltiplos tiques motores e, pelo menos, um tique vocal deve apresentar-se durante um determinado período, mas não precisa ser ao mesmo tempo.
  • Os tiques devem manifestar-se em episódios, diversas vezes ao dia, diariamente, ou de forma intermitente, durante três meses, no mínimo.

Além disso, ao realizar o diagnóstico, o médico deve diferenciar essa síndrome de Tourette de outros transtornos que desencadeiam comportamentos estereotipados, como TOC, o transtorno do espectro autista e o transtorno de movimentos estereotipados.

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Os tiques da síndrome de Tourette desaparecem com o tempo?

Os tiques da  síndrome de Tourette podem desaparecer com o tempo. Normalmente, os sintomas têm início entre 4 e 6 anos de idade com aumento da intensidade, alcançando o ponto máximo entre 10 e 12 anos.

Depois disso, ela pode diminuir na adolescência, desaparecendo espontaneamente ao longo do tempo ou na idade adulta. No entanto, vale lembrar que essa condição pode variar da pessoa e do tratamento adotado.

Quais são os tratamentos para a síndrome de tourette?

De forma geral, o tratamento para a síndrome de Tourette deve envolver a abordagem psicoterápica e medicamentosa.  

Os medicamentos auxiliam no controle dos sintomas agudos e na prevenção e estabilização do quadro. Lembramos que a automedicação nunca é indicada, sendo que o uso de medicamentos deve ser feito sob orientação médica para equilibrar os eventuais efeitos colaterais com os benefícios desejados.

Na parte psicoterápica, os pacientes devem ser estimulados a frequentar sessões de terapia, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), que auxilia na mudança de padrões de pensamento e comportamento.

Como conviver com a síndrome de Tourette?

Se você conhece alguém que possui a síndrome de Tourette, lidar com essa situação de forma adequada é essencial não somente para oferecer apoio, mas também para auxiliar a pessoa a enfrentar os desafios e superar essa condição. 

Portanto, o primeiro passo é proporcionar um suporte contínuo por meio de educação sobre a síndrome. Dessa forma, é possível compreender melhor as condições desse distúrbio, criando um ambiente acolhedor e sem julgamentos.

Essa abordagem contribui para o bem-estar emocional e a eficácia do tratamento. Além disso, na escola, é importante informar professores sobre essa condição para que a instituição possa oferecer uma abordagem adaptada e personalizada às necessidades do aluno. 

No trabalho, o ideal é promover um ambiente inclusivo, considerando pausas regulares para que a pessoa possa gerenciar os tiques, principalmente, durante crises mais severas. 

O acompanhamento profissional também é essencial para que os profissionais possam ajustar o tratamento ao longo do tempo, conforme necessário.

Se possível, estimule a participação em grupos de apoio para a troca de experiências sobre os desafios diários da síndrome.

Ao buscar atendimento médico, lembre-se que a Conexa Saúde conta com médicos de mais de 30 especialidades, incluindo psiquiatra e neuropediatra, além de psicólogos, oferecendo suporte adequado que você precisa.

Créditos da imagem: EdwardSamuelCornwall em iStock


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