Redes sociais e saúde mental: influência e impacto dessa relação

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Qual a relação entre as redes sociais e saúde mental?

As redes sociais estão cada vez mais presentes na vida das pessoas, estando sempre incluídas nas rotinas. Seja para ficar por dentro do que acontece ou para ver conteúdos extrovertidos, quase todo mundo acessa as redes sociais.

Acessar as redes se tornou algo tão natural que consideramos até uma ação necessária no dia. Contudo, não sabemos o impacto e a influência que este acesso frequente tem na nossa saúde mental.

Por este motivo, nós da Conexa Corporate vamos falar sobre a relação do uso das redes sociais e saúde mental, pontuando seu impacto e influência nas nossas vidas.

O que são as redes sociais?

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Redes sociais e saúde mental: o que são as redes sociais?

As redes sociais são espaços virtuais que permitem relações e interações entre pessoas e organizações, além de disponibilizar diversos conteúdos. Estes espaços virtuais podem ser sites ou aplicativos.

Quando falamos das redes sociais, logo pensamos no Facebook, Twitter, Linkedin, que são sites (mas que se tornaram aplicativos também), e aplicativos como Instagram, Snapchat, Tik Tok e outros.

Qual o conceito de saúde mental?

A saúde mental é um tópico cada vez mais pautado nos assuntos e também mais valorizado. A saúde mental de uma pessoa está relacionada ao estado em que ela está bem o suficiente para lidar com as situações cotidianas.

A saúde mental está relacionada também à forma como o indivíduo reage às situações da vida, ao estresse, ao trabalho e sua produtividade e ao modo como harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções.

Em suma, ter saúde mental é estar bem consigo mesmo e com os outros.

Será que existe influência das redes sociais sobre a saúde mental?

A saúde mental é determinada por uma série de fatores, sejam eles socioeconômicos, profissionais, biológicos ou ambientais. Sendo assim, podemos concluir que sim, existe uma influência das redes sociais sobre a saúde mental de uma pessoa.

Dados da relação entre redes sociais e saúde mental

Uma instituição de saúde pública do Reino Unido, a Royal Society for Public Health (RSPH), em parceria com o Movimento de Saúde Jovem realizou um estudo onde foi apontado que as redes sociais provocam efeitos positivos ou nocivos à saúde humana, dependendo de como são utilizadas.

Na pesquisa, concluiu-se que o compartilhamento de fotos pelo Instagram impacta negativamente no sono, na autoimagem e aumenta o medo dos jovens de não vivenciar os mesmos acontecimentos que os outros compartilham nas redes.

Ainda na pesquisa, cerca de 70% dos jovens revelaram que a rede social Instagram fez com que eles se sentissem pior em relação à própria autoimagem.

Outras pesquisas sobre a influência da mídia na saúde mental revelam ainda que o tempo dispensado utilizando as redes sociais tem relação com o sentimento de isolamento do mundo real, o que pode contribuir para o desenvolvimento de transtornos mentais.

Muitas publicações nas redes sociais reforçam o narcisismo, os padrões de vida, estéticos e de consumo, além de contribuírem para o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos, incluindo sintomas depressivos, ansiedade e baixa autoestima, como foi relatado na pesquisa da RSPH.

Quais os principais impactos observados na relação entre redes sociais e saúde mental?

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Principais impactos observados na relação entre redes sociais e saúde mental.

Há muitos impactos observados na relação entre redes sociais e saúde mental, causados principalmente pela dependência das redes sociais.

Entre estes impactos temos a ansiedade, depressão, sensação de isolamento e de perda de acontecimentos, pressão, esgotamento e obsessão com o corpo.

Além destes, temos também o cyberbullying que impacta negativamente a vida de muitos jovens através de práticas de agressão virtuais.

Dependência das redes sociais e seus consecutivos impactos

Um dos principais impactos observados na relação entre redes sociais e saúde mental é a dependência. As pessoas gastam cada vez mais tempo acessando as redes sociais, entrando em um ciclo vicioso.

Nessa dependência, as pessoas se cobram cada vez mais a fazer boas postagens, postarem ótimas fotos e acompanharem os padrões estabelecidos nas redes.

Ansiedade

Devido a esses padrões, muitos usuários têm a impressão de que a vida de todos os outros é fantástica (devido às postagens), menos as deles mesmos.

Isso pode ajudar no desenvolvimento da ansiedade, a partir da criação de um confronto com a suposta plenitude das outras pessoas observadas.

Ao se compararem com as pessoas dessas postagens “perfeitas”, muitos acreditam estarem estagnados ou que não conquistaram a vida dos sonhos.

Além disso, o acesso a incessantes notícias negativas e comentários desagradáveis também pode impactar negativamente o usuário das redes sociais.

Tais estímulos ruins se tornam pesos para a mente e então o indivíduo começa a se questionar sobre o mundo e a sociedade, criando uma ansiedade sobre o próprio futuro e o do mundo todo.

Sensação de isolamento e de perda dos acontecimentos

Apesar das redes sociais permitirem uma maior conexão e relacionamento de pessoas das mais variadas origens e personalidades, isso também pode impactar negativamente a saúde mental do usuário.

Com a facilidade de encontrar pessoas com interesses idênticos e construir amizades nas redes sociais, o indivíduo acaba concentrando muito tempo de sua vida na internet.

Este excesso de interações virtuais pode aumentar a sensação de solidão, fazendo com que o indivíduo se isole socialmente cada vez mais para viver as “relações virtuais perfeitas”.

Além da sensação de isolamento, o indivíduo também tem a sensação de que está perdendo diversos acontecimentos, ou “perdendo algo”.

Ao observar a vida das outras pessoas decolar através das redes sociais, o indivíduo tem medo de estar perdendo vivências importantes ou de não estar aproveitando a fase da vida em que se encontra.

Por exemplo, a pessoa se cobra por ainda não ter viajado, participado de festas, trabalhado, amado, ou se divertido o suficiente.

Então, começa a planejar as próximas ações que se cobra de viver e não se sentirá em paz até realizá-las. Essa sensação de ter medo de não viver os acontecimentos e se cobrar para vivê-los é propícia para o surgimento da depressão.

Pressão e esgotamento

Ter acesso a uma grande quantidade de informações, artigos, notícias, pesquisas, opiniões e fotos pode mexer com a cabeça de qualquer um.

Acompanhar pessoas que mostram produtividade em suas postagens também pode ser um gatilho para quem as acompanham.

O indivíduo que acessa esses conteúdos passa a ter a sensação de que precisa ser produtivo, sentindo pressão de alcançar os seus objetivos, mas acaba fazendo isso de maneira nada saudável.

Essa pressão para “sair do lugar” enquanto os outros já alcançaram o sucesso afeta principalmente estudantes e profissionais e leva o indivíduo ao esgotamento.

Obsessão com o corpo

Outro impacto negativo do uso das redes sociais é na relação do indivíduo com a sua autoimagem. Nas redes sociais, as pessoas costumam postar suas melhores fotos e um padrão estético é estabelecido.

Muitas pessoas inclusive fazem uso de ferramentas como o Photoshop para “consertar” o corpo nas fotos além de se submeterem a cirurgias plásticas perigosas e dietas inusitadas.

Essas fotos perfeitas e o compartilhamento de dietas e resultados de cirurgias afetam muitos dos usuários das redes sociais.

Isso faz com que o indivíduo entre em uma busca incessante pelo físico perfeito. É comum que essa obsessão com o corpo resulte em transtornos alimentares, que afetam tanto a saúde física quanto mental do indivíduo.

O que é o cyberbullying e quais são as suas consequências?

O cyberbullying também é um impacto observado na relação entre redes sociais e saúde mental, muito perigoso e que atinge principalmente adolescentes.

O cyberbullying é uma prática de bullying por meio de plataformas virtuais. Nesta prática identificamos atos de violência verbal, psicológica e/ou física motivados por preconceitos ou estereótipos.

O cyberbullying, em seus principais casos, ocorre quando uma pessoa ou um grupo começa a perseguir uma vítima nas redes sociais.

Infelizmente, muitos dos praticantes do cyberbullying só adotam a postura porque veem outros usuários envolvidos nisso e “entram na onda”.

Esta prática tem muitos impactos negativos na saúde mental da vítima, entre eles temos a fobia social, redução de autoestima, prejuízo aos relacionamentos interpessoais e à alimentação, ansiedade e depressão, transtorno de pânico e nos casos mais graves — suicídio.

Por este motivo, é importante estar sempre atento, principalmente aos adolescentes, e criar conversas onde se sintam seguros para desabafar sobre situações que vem passando.

Desta forma, é possível intervir na situação e ajudar para que a vida da vítima não seja impactada drasticamente.

Relação entre redes sociais e saúde mental durante a pandemia

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Relação entre redes sociais e saúde mental durante a pandemia.

A internet foi fundamental na rotina de muita gente durante a pandemia.

Seja para o trabalho, estudos, lazer ou para acompanhar as notícias sobre o que acontecia no mundo, a internet possibilitou uma distração para as pessoas que precisaram se isolar socialmente.

Nesse sentido, a relação entre as redes sociais e saúde mental foi, de certa forma, intensificada durante a pandemia.

Isso se deu pelo fato de que com a necessidade de se isolarem, as pessoas precisaram recorrer a atividades que só seriam possíveis de serem feitas dentro de suas próprias casas.

Aumento do uso das redes sociais em isolamento social

Com o início da pandemia e o isolamento das pessoas para evitar a exposição ao vírus do COVID-19, o uso das redes sociais aumentou radicalmente.

Como uma forma de ocupar o tempo livre dentro de casa, o uso das redes sociais foi uma das únicas atividades possíveis de serem feitas no isolamento, principalmente no início da pandemia, quando todas as atividades presenciais foram suspensas.

Para esvaziar a cabeça dos problemas que atormentavam o mundo todo, muitas pessoas recorreram às redes sociais para acessar conteúdos mais extrovertidos, acompanhar conhecidos, famosos e também postar seus próprios conteúdos.

Neste período, novas redes sociais se tornaram uma febre, por exemplo o Tik Tok, e a produção e o acesso de conteúdos aumentou rapidamente.

Excesso de informação e sua manipulação

A pandemia da COVID-19 com certeza foi um dos piores momentos passados pelo mundo todo, principalmente para as gerações mais jovens.

Nessa situação, com o aumento do uso das redes sociais, houve um grande acesso a conteúdos relacionados à pandemia (notícias a respeito do aumento dos casos, número de mortes pela doença, notícias a respeito da economia, etc).

Este acesso contribuiu para um excesso de informação, que gerou muitas angústias e medos em relação ao futuro: “O que seriam das pessoas? Conseguiriam criar uma vacina? Como as coisas voltariam a funcionar?”.

Contudo, as informações disponibilizadas eram também manipuladas e as Fake News foram disseminadas. Notícias falsas a respeito da produção de vacinas, início do contágio do vírus e muito mais foram espalhadas.

Essas informações manipuladas aumentaram a angústia e o desespero da população em relação à situação vivida.

Aumento nos casos de problemas relacionados à saúde mental

Com certeza, após o início da pandemia houve um aumento exponencial dos casos de problemas relacionados à saúde mental.

Isso se deu pelo isolamento social, onde as pessoas precisaram se privar de trabalhar, estudar ou ter momentos de lazer em ambientes públicos.

Além disso, os problemas causados pela COVID-19 — aumento dos casos, mortes, aumento dos preços dos alimentos, combustível e outros — também afetaram a população.

Muitas pessoas desenvolveram transtornos psicológicos como depressão, ansiedade, crises de pânico e outros.

Mas afinal, não existem também benefícios nessa relação entre redes sociais e saúde mental?

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Benefícios nessa relação entre redes sociais e saúde mental.

As redes sociais também trazem benefícios na sua relação com a saúde mental quando utilizadas da forma correta.

As redes sociais conectam de forma prática e quase mágica as pessoas, podendo manter relações com outras pessoas mesmo a uma longa distância.

Além disso, nas redes sociais é possível encontrar espaços para desabafar sobre situações difíceis e neles encontrar pessoas que passam pelas mesmas situações, criando uma rede de apoio.

As redes sociais contam também com diversos conteúdos informativos ou descontraídos, podendo ser usadas tanto para obter informações e aprimorar conhecimentos como também para lazer e diversão.

Quais atitudes tomar para não prejudicar sua saúde mental com o uso das redes sociais?

Para ter uma boa relação entre as redes sociais e saúde mental é importante tomar algumas atitudes para repensar a utilização das redes.

Algumas pessoas já adotaram medidas mais “extremas” para se desconectar, mesmo que momentaneamente. Algumas dessas medidas são: deixar o celular em casa quando sair ou deixar de usar ou apagar o perfil da rede social utilizada.

No entanto, as redes sociais também podem ser saudáveis e um ótimo método de se distrair e se relacionar com outros usuários, então é sim possível utilizar as redes sociais sem prejudicar a saúde mental.

Para isso, é necessário se desconectar um pouco das redes. Basta pensar “são as redes sociais que merecem minha primeira e última atenção do dia?”

Estabelecer horários para o uso e desativar notificações pode ser uma boa forma de se desconectar e usar as redes sociais na medida certa.

Siga pessoas com conteúdos saudáveis e verdadeiros! Chega de seguir pessoas que usam muitas edições nas fotos, compartilham dietas perigosas e vangloriam cirurgias plásticas.

Acompanhar pessoas que compartilham conteúdos de amor próprio e hábitos saudáveis é uma boa opção para não se comparar com outras pessoas e criar transtornos psicológicos.

Acompanhe contas que compartilham notícias, mas que não sejam em excesso ou fake news, causando angústia e preocupação.

Com certeza, delimitando um tempo para o uso das redes sociais e acompanhando as pessoas certas para você, você poderá fazer uso das redes sociais sem que elas afetem negativamente sua saúde mental. Além disso, você pode usufruir de todos os benefícios das redes sociais de forma saudável!

Como cuidar das crianças que se desenvolvem em tempos de grande relação entre redes sociais e saúde mental?

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Relação entre redes sociais e saúde mental nas crianças.

As crianças de hoje em dia já nasceram na era digital e, atualmente, é comum que as crianças tenham acesso a smartphones e tablets desde pequenas.

É comum ver crianças acessando redes sociais como Tik Tok e Youtube, onde podem acessar diversos vídeos com conteúdos que lhes agradam.

Contudo, apesar de ser uma forma das crianças também se divertirem, as redes sociais podem impactar negativamente suas vidas.

Sendo assim, com a obsessão pelas redes elas começam a deixar de lado os compromissos e a perder o interesse por aquilo que antes era visto como importante.

Além disso, elas costumam se afastar da família e dos amigos e também apresentam dificuldade em se dedicar às tarefas escolares.

Por este motivo, é importante delimitar o uso dos eletrônicos pelas crianças. Além disso, os responsáveis devem sempre se atentar e verificar os conteúdos que as crianças acompanham, para concluir se estão fazendo bem ou não a elas.

Estas atitudes evitam uma obsessão das crianças pelas redes sociais e consequentemente evitam que as mesmas impactem negativamente sua saúde mental.

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Conclusão

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Redes sociais e saúde mental.

Podemos concluir que as redes sociais e a saúde mental andam lado a lado e é importante tomar atenção ao tempo gasto e a forma que se usa as redes sociais.

Mesmo que as redes sociais possibilitem benefícios como melhores conexões e relacionamentos e acesso fácil a conteúdos, elas também impactam negativamente a saúde mental dos usuários quando não são usadas corretamente.

Por este motivo, é importante ter mais atenção quanto ao tempo gasto nas redes e aos conteúdos acompanhados. Assim, é possível tomar atitudes para fazer um uso saudável das redes sociais e preservar a saúde mental.

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