Já divagamos sobre o sucesso e felicidade, e aqui pensaremos sobre qualidade de vida. Assim como os tópicos anteriores, trata-se de um tema que é em parte abstrato e relativo quando visto sob uma ótica pessoal.
Por outro lado, quando analisada sob um âmbito macro, na esfera política e social, torna-se um assunto factual, embasado com dados e pesquisas.
Ótica pessoal
Quando analisada sob uma ótica pessoal, só você pode responder o que é qualidade de vida.
A concepção muda de acordo com as prioridades, ideologias, realidades e desejos de cada um. Para alguns, pode ser conseguir trabalhar com o que ama até ser bem velhinho. Para outros, se aposentar o quanto antes e aproveitar o ócio.
Reflita sobre o que é importante e o que faz sentido para você.
Na sociedade
Decisões entre campo ou cidade, viajar o mundo ou construir raízes variam de pessoa a pessoa. Entretanto, existe um senso comum do que é qualidade de vida que independe de opinião.
A qualidade de vida é calculada pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Exatamente por se tratar de um conceito abrangente, a pesquisa definiu três pilares para serem os indicadores para chegar na resposta final: renda, educação e saúde.
Em um país de tamanha desigualdade social como o Brasil, seria impossível e desonesto tratar de qualidade de vida como algo apenas pessoal. Sim, cada um tem suas virtudes. Mas elas têm menos peso do que viver com uma renda confortável e acesso à boa educação e saúde.
Por mais interiormente feliz que alguém seja, não há qualidade de vida se há medo de não conseguir colocar o pão na mesa para a família no dia seguinte.
Saúde como peça chave
Os três pólos estabelecidos pelo IDH são igualmente muito importantes. Mas como a Conexa Saúde é uma plataforma de telemedicina, aqui vamos focar na saúde como peça chave para qualidade de vida.
Apesar do ‘ser saudável’ também ser um conceito relativo, é unânime que todos devem prezar pelo bem estar físico e mental. Você com certeza já ouviu dos mais velhos as frases: ”Quem tem saúde, tem tudo” e ”Saúde não se compra”.
É interessante observar nestes dizeres o contraponto com a renda, como se a saúde fosse algo a parte do ambiente externo.
”Quem tem saúde, tem tudo” – mas para ter saúde em primeiro lugar, é preciso viver em um local com saneamento básico, sem violência e com atendimento qualificado.
”Saúde não se compra” – mas quando ela falha, se tratar em um hospital privado, com médicos e equipamento de ponta e sem filas imensas, custa dinheiro.
O que é, afinal, qualidade de vida?
Conclui-se, portanto, que o conceito de qualidade de vida permeia por definições práticas e mais lúdicas.
Entretanto, enquanto a sociedade for marcada por um abismo social, torna-se impossível pensar em qualidade de vida como algo apenas pessoal.
Qualidade de vida é ter uma estrutura de renda, educação e saúde tão boa que a sua preocupação será só a de divagar sobre as belezas da vida.
Texto: Manoela Caldas.