Psicose: sintomas, causas e tratamentos

psicose

A psicose é uma condição de saúde mental que afeta a smaneira como o cérebro processa informações, levando a uma desconexão da realidade. 

Pessoas que sofrem de psicose podem ter alucinações, delírios e pensamentos desorganizados. Compreender essa condição é essencial para oferecer suporte adequado e tratamento eficaz. 

Neste artigo, vamos explorar o que é a psicose, suas causas, sintomas e os tratamentos disponíveis.

O que pode-se entender como psicose?

A psicose é um estado mental caracterizado por uma perda de contato com a realidade. 

Quem sofre de tal situação pode ver, ouvir ou acreditar em coisas que não são reais. 

Assim, tal estado pode ocorrer como parte de várias condições de saúde mental, como esquizofrenia, transtorno bipolar e depressão grave. 

As manifestações desse estado variam amplamente entre os indivíduos. Ou seja, o cunho dos sinais e sintomas depende de uma série de fatores.

Transtornos que exibem sintomas psicóticos

Existem diferentes tipos de transtornos com sintomas de psicose, cada um com suas características específicas:

  • Esquizofrenia: caracterizada por alucinações, delírios e comportamentos desorganizados. Este transtorno afeta aproximadamente 1% da população mundial e pode ter um impacto significativo na vida diária do indivíduo;
  • Transtorno esquizoafetivo: combina sintomas de esquizofrenia com distúrbios de humor, como depressão ou mania. Este transtorno é menos comum, mas pode ser particularmente difícil de diagnosticar devido à sobreposição de sintomas;
  • Psicose induzida por substâncias: causada pelo uso de drogas ou álcool, incluindo alucinações e delírios. Substâncias como cocaína, LSD e álcool podem desencadear episódios psicóticos, especialmente em indivíduos com predisposição genética.

Sinais e sintomas da psicose

Os sintomas da psicose são divididos em positivos e negativos, indicando a adoção de novos comportamentos e a perda de outros, respectivamente.

Sintomas positivos

Os sintomas positivos da psicose não são positivos no sentido de serem “bons”, mas sim porque representam uma adição de comportamentos ou percepções à experiência normal da pessoa. Eles incluem:

  • Alucinações: perceber coisas que não existem, como ouvir vozes ou ver imagens que não estão lá. As alucinações auditivas são as mais comuns e podem ser extremamente perturbadoras;
  • Delírios: crenças firmes em coisas que não são verdadeiras ou baseadas na realidade, como pensar que se é uma figura famosa ou que se está sendo perseguido. Os delírios podem variar de plausíveis a completamente absurdos e geralmente não são compartilhados por outras pessoas.

Sintomas negativos

Os sintomas negativos da psicose indicam uma redução ou perda de habilidades ou comportamentos normais. 

Ou seja, não se entende pelo sentido de “bom” ou “ruim”, mas sim como uma queda em determinadas funções psíquicas.

Dessa forma, os sintomas negativos da psicose incluem:

  • Apatia: falta de interesse ou motivação para atividades diárias. Este sintoma pode ser confundido com depressão, mas é um componente crítico da psicose;
  • Retraimento social: evitar interações sociais e preferir o isolamento. Isso pode levar a uma deterioração dos relacionamentos pessoais e profissionais;
  • Falta de expressão emocional: mostrar pouca ou nenhuma emoção em situações que normalmente provocariam uma resposta emocional. Este sintoma, também chamado de embotamento afetivo, pode fazer com que a pessoa pareça desinteressada ou desconectada da realidade ao seu redor.

Causas e fatores de risco da psicose

A psicose pode ser causada por uma combinação de fatores genéticos, ambientais e biológicos.

Fatores genéticos

A genética pode desempenhar um papel significativo na predisposição à psicose. 

Pessoas com histórico familiar de transtornos psicóticos, como esquizofrenia, têm um risco maior de desenvolver a condição. 

Estudos mostram que parentes de primeiro grau de indivíduos com esquizofrenia têm uma probabilidade de 10% a 15% de desenvolver a doença, em comparação com 1% na população geral.

Fatores ambientais

Situações traumáticas, como abuso infantil ou perda de um ente querido, e estresse crônico podem aumentar o risco de desenvolvimento da psicose. 

Além disso, fatores como morar em áreas urbanas densamente povoadas e ter um baixo nível socioeconômico também estão associados a um risco maior de desenvolver psicose.

Uso de substâncias

O uso de drogas, como cannabis, cocaína e anfetaminas, pode desencadear episódios psicóticos. 

O consumo excessivo de álcool também pode levar a sintomas psicóticos. 

Estudos indicam que o uso de cannabis durante a adolescência pode dobrar o risco de psicose em indivíduos geneticamente predispostos.

Diagnóstico da psicose

O diagnóstico da psicose é feito por profissionais de saúde mental por meio de avaliações clínicas, que incluem entrevistas e questionários. 

É essencial que o diagnóstico seja preciso para que o tratamento adequado possa ser iniciado. 

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) é frequentemente utilizado como referência. 

Além disso, exames de imagem cerebral e testes laboratoriais podem ser usados para descartar outras condições médicas que possam estar causando os sintomas.

Tratamentos para psicose

Existem várias opções de tratamento disponíveis para ajudar quem sofre de psicose, incluindo terapias e medicamentos.

Medicamentos

Os medicamentos antipsicóticos são frequentemente utilizados para tratar a psicose. Eles ajudam a controlar os sintomas, como alucinações e delírios. 

Os benefícios incluem a estabilização do humor e a redução da intensidade dos episódios psicóticos. 

Há dois tipos principais de antipsicóticos: típicos (de primeira geração) e atípicos (de segunda geração). 

Os antipsicóticos típicos, ou de primeira geração, são eficazes no tratamento dos sintomas positivos da esquizofrenia, como alucinações e delírios, e são geralmente mais acessíveis devido ao seu custo mais baixo. No entanto, eles estão associados a efeitos colaterais motores severos, como discinesia tardia, e menos eficazes nos sintomas negativos e cognitivos da doença. 

Em contrapartida, os antipsicóticos atípicos, ou de segunda geração, têm um perfil de efeitos colaterais mais favorável, com menor incidência de efeitos extrapiramidais, e são mais eficazes no tratamento de uma ampla gama de sintomas, incluindo os negativos e cognitivos. Apesar desses benefícios, os atípicos apresentam um risco maior de ganho de peso e problemas metabólicos, além de serem mais caros. 

Assim, os antipsicóticos atípicos são geralmente preferidos devido ao seu perfil de efeitos colaterais mais favorável e à sua eficácia ampliada, embora a escolha do tratamento deva ser individualizada com base nas necessidades específicas de cada paciente.

Psicoterapia

A psicoterapia é uma parte essencial do tratamento para a psicose. 

Terapias podem ajudar os pacientes a gerenciar os sintomas psicóticos, entender suas experiências e desenvolver estratégias para lidar com o estresse e os desafios diários. 

Para mais informações sobre saúde mental e suporte, visite nossos artigos sobre ansiedade, depressão, e tipos de terapia.

Quando procurar ajuda profissional

Se você ou alguém que você conhece está experimentando sintomas de psicose, como alucinações, delírios, comportamento desorganizado ou isolamento social, é crucial buscar ajuda de um profissional de saúde mental imediatamente. 

A intervenção precoce pode fazer uma diferença significativa no curso do tratamento e na qualidade de vida do paciente. Considere agendar uma consulta com um psiquiatra ou um psicólogo especializado, e explore opções como a telepsicologia para um acesso conveniente e rápido ao suporte necessário. Não adie a busca por auxílio profissional – sua saúde mental merece atenção e cuidado.

A telepsicologia pode oferecer uma maneira conveniente de acessar esses serviços, proporcionando suporte e tratamento necessários.

Portanto, a psicose é uma condição séria, mas com o tratamento adequado e o suporte certo, é possível gerenciar os sintomas e levar uma vida plena. 

Se você está enfrentando sintomas psicóticos, não hesite em procurar ajuda. Práticas de autocuidado, medicamentos e psicoterapia são essenciais para a recuperação. 

Créditos da imagem: Vaselena em iStock


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