A pressão baixa, ou hipotensão arterial, é uma condição onde os níveis da pressão arterial ficam abaixo do normal.
É muito comum que as pessoas associem apenas a pressão alta a problemas de saúde. Porém, a hipotensão também pode causar desconforto e afetar a qualidade de vida. A pressão baixa pode ser um sinal de condições médicas subjacentes que merecem atenção.
Continue a leitura e entenda o que é, quais as causas, como identificar os sintomas e quando é preciso buscar ajuda médica em casos de pressão baixa.
Sintomas de pressão baixa
Os sintomas da pressão baixa variam de pessoa para pessoa. Porém, existem alguns sinais comuns que é importante ficar atento. Os principais são:
- Tontura ou vertigem: aquela sensação de que o ambiente está girando que pode causar também a perda de equilíbrio. Muito comum quando levantamos rapidamente.
- Fraqueza e sensação de cansaço excessivo sem motivo aparente.
- Visão turva e dificuldade para enxergar com clareza, principalmente quando levantamos bruscamente.
- Náuseas e sensação de enjoo e mal-estar.
- Desmaios e perda de consciência devido à redução do fluxo sanguíneo para o cérebro.
De forma geral, os sintomas da pressão baixa são temporários. Mas, se acontecem com frequência ou são muito intensos, é essencial buscar ajuda médica.

Como diferenciar pressão baixa de pressão alta?
Embora ambas estejam relacionadas à pressão arterial, a pressão baixa e a pressão alta têm sintomas diferentes.
- Pressão alta (hipertensão): Muitas vezes, a pressão alta não apresenta sintomas, mas, quando há sinais, a pessoa pode sentir dor de cabeça, visão borrada, dor no peito ou dificuldade para respirar.
- Pressão baixa (hipotensão): A pressão baixa é mais fácil de perceber, pois geralmente causa tontura, fraqueza, visão turva e até desmaios. Isso acontece porque o fluxo de sangue para o cérebro diminui.
A única forma de descobrir se você tem pressão alta ou baixa é medindo a pressão arterial. Isso pode ser feito em casa, caso tenha o aparelho medidor, ou em consultórios ou farmácias.
A pressão baixa acontece quando o marcador mostra valores inferiores a 90/60 mmHg. Já a alta é quando a leitura é superior a 140/90 mmHg.
O que pode causar pressão baixa?
A pressão baixa pode ter diversas causas, que podem ser temporárias ou que podem indicar algo mais sérrio. Algumas das principais razões incluem:
- Desidratação, pois o volume de sangue diminui.
- Uso de medicamentos, como diuréticos e antihipertensivos
- Problemas cardíacos como insuficiência cardíaca, arritmias e ataques cardíacos, pois o coração não consegue bombear sangue suficiente ao cérebro
- Distúrbios hormonais, como problemas na glândula tireoide, adrenal ou baixo nível de açúcar no sangue (hipoglicemia)
- Hipotensão ortostática, que acontece quando nos levantamos muito rápido
- Infecções, como septicemia
- Atividades físicas intensas, como corrida, já que o coração precisa bombear sangue para o resto do corpo e pode faltar momentaneamente sangue no cérebro
Quais os riscos de ter pressão baixa?
Na maioria das vezes, ter pressão baixa não traz muitos riscos à saúde. De forma geral, ela se apresenta nos sintomas pontuais, como tontura, fraqueza e outros que vimos acima.
Porém, em determinados casos ela pode sim trazer alguns perigos, especialmente se não for tratada corretamente.
Quedas e lesões
Como os desmaios são comuns quando a pressão está baixa, o risco de se machucar ou lesionar na perda de consciência se torna um risco na hipotensão. Em idosos, isso é ainda mais perigoso, já que podem se machucar mais facilmente.
Diminuição do fluxo sanguíneo
Quando a pressão baixa é muito intensa ou acontece de forma contínua, pode afetar o fluxo de sangue para os órgãos vitais, como o coração e o cérebro.
Sem oxigênio e nutrientes suficientes por muito tempo, podem acontecer complicações sérias, como insuficiência renal ou até mesmo um AVC.
Choque circulatório
Em casos extremos, quando a pressão está severamente baixa, o corpo pode entrar em um estado de choque circulatório. As células do corpo não recebem oxigênio suficiente. Assim, os órgãos deixam de funcionar corretamente.
Em caso de choque, o médico deve ser procurado imediatamente. Alguns sintomas comuns do choque circulatório são a queda do pulso, palidez, extremidades frias e aumento da frequência cardíaca.
Pressão baixa pode ser fatal?
Embora a pressão baixa normalmente não seja tão perigosa quanto a pressão alta, ela pode ser fatal em casos extremos.
Como explicamos, quando a pressão arterial cai muito e muito rápido, o corpo pode entrar em “choque”. Se não for atendido a tempo, os órgãos vitais, como o coração e o cérebro do paciente ficam sem sangue, o que pode ser fatal.
Em situações normais, a pressão baixa não traz graves riscos, mas, se os sintomas se agravarem ou se houver perda de consciência frequente, é essencial procurar atendimento médico.
Se você sente tonturas, fraqueza e vertigem sempre que levanta, o acompanhamento com um especialista é importante para verificar a causa da pressão baixa. Assim, é possível começar o tratamento e acabar com os sintomas.

A partir de quanto é pressão baixa?
A pressão arterial é considerada baixa quando os valores ficam abaixo de 90 mmHg para a pressão sistólica (máxima) e 60 mmHg para a pressão diastólica (mínima).
Para entender melhor, na hora de aferir a pressão, sempre são medidos dois valores: a pressão sistólica e a diastólica.
- Pressão sistólica (o número maior): É a pressão quando o coração bate e bombeia o sangue para o corpo.
- Pressão diastólica (o número menor): É a pressão quando o coração está relaxado entre um batimento e outro.
Na prática, significa que se sua pressão for 80/70 mmHg:
- 80 é a sistólica e.
- 70 a pressão diastólica
Nesse exemplo, a pressão está baixa. Porém, é importante entender também que os números servem como referência. Pode acontecer de pessoas terem números de pressão baixos, mas não apresentarem sintomas.
É preciso analisar a pressão no contexto de cada um, de acordo com o histórico médico, e não de forma genérica.
Como saber se a pressão está boa?
Para ficar fácil de saber se sua pressão está boa ou normal, separamos uma tabela que detalha a pressão normal, alta e baixa.
Categoria | Pressão Sistólica (máxima) | Pressão Diastólica (mínima) |
Pressão normal | Menor que 120 mmHg | Menor que 80 mmHg |
Pressão alta (hipertensão) | 130 mmHg ou mais | 80 mmHg ou mais |
Pressão baixa (hipotensão) | Menor que 90 mmHg | Menor que 60 mmHg |
Para a maioria das pessoas, uma pressão abaixo de 120/80 mmHg é considerada normal e saudável. Para outras, porém, 100/60 mmHg também pode ser um bom número.
De acordo com as referências, números acima de 130/80 mmHg já podem ser considerados hipertensão.
Agora, se a pressão for menor que 90/60 mmHg, já podemos classificar como pressão baixa.
Porém, como explicamos, a pressão ideal pode variar para cada pessoa. O importante é entender os sintomas. Se com 100/60 mmHg, você se sente bem para qualquer atividade, isso significa que sua pressão está boa.
O que fazer ao ter uma crise de pressão baixa?
Na hora da crise de pressão baixa, ficamos mais fracos, zonzos e sem perceber direito nosso corpo em relação ao ambiente. Nesses momentos, é importante tomar algumas medidas que ajudem o corpo a normalizar a pressão e voltar ao normal.
- Deitar com as pernas elevadas ajuda a melhorar o fluxo sanguíneo.
- Beber água aumenta o volume de sangue e previne mais quedas de pressão.
- Evitar mudanças bruscas de postura, já que pode causar mais tontura.
Quando procurar ajuda médica?
Se sua pressão é constantemente baixa e é acompanhada de sintomas, é importante procurar ajuda médica para investigar as causas e fazer acompanhamentos.
Agora, existem momentos de pressão baixa em que a ajuda médica deve ser imediata, como::
- Desmaios frequentes
- Confusão mental
- Dor no peito
- Pressão baixa sem causa aparente
Se você apresentar esses sintomas, procure ajuda médica o quanto antes. O profissional avalia os sinais e solicita exames se for necessário.
No Pronto Atendimento Virtual da Conexa Saúde, você consegue consultar com médicos especialistas 24 horas por dia, nos 7 dias da semana. O atendimento é imediato e ajuda a aliviar sintomas agudos da pressão baixa. E conta com todos os benefícios da telemedicina.
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Como é feito o diagnóstico de pressão baixa?
Embora muitas vezes os sintomas já indiquem a hipotensão, o diagnóstico preciso da pressão baixa só é feito com a medição da pressão arterial.
Para isso, o médico geralmente verifica os valores enquanto a pessoa está em repouso, e também pode fazer medições em diferentes posições (deitado, sentado e em pé) para entender melhor como o corpo responde à pressão arterial.
Em uma consulta, o profissional também investiga o histórico clínico do paciente e solicita exames complementares, como eletrocardiograma, se necessário.
Tratamento de pressão baixa
O tratamento da pressão baixa depende muito da causa que leva à hipotensão..
Se a pressão baixa não for constante e surgir raramente, o tratamento é evitar a causa adjacente.
Em casos mais graves, pode ser preciso tomar medicamentos para aumentar a pressão e ajustar a dieta.
De forma geral, essas são as formas de tratamento mais comuns para pressão baixa:
- Beber mais água, se a causa for desidratação
- Fazer mudanças posturais principalmente se a hipotensão for ortostática
- Fazer ajuste de medicamentos, se tiverem relação com os sintomas
- Em casos mais complexos, tomar medicamentos específicos pode ser recomendado para aumentar a pressão arterial.
Como prevenir a pressão baixa?
Para evitar a pressão baixa no dia a dia, você pode tomar algumas atitudes. Manter-se sempre hidratado, evitar longos períodos de jejum e levantar devagar são as formas mais simples de prevenir a hipotensão.
Em alguns casos, as meias de compressão também podem ajudar. Elas são recomendadas para melhorar a circulação e ajudar a manter a pressão arterial estável.
Além disso, é claro, o acompanhamento regular com um médico. Fazer consultas periódicas é indispensável para garantir que a pressão está dentro do normal e para prevenir quadros mais graves.
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Créditos da imagem: Chinnapong em iStock
Revisado por:
Juliana Seixas
Especialista em Medicina de Família pela UERJ. Médica do Trabalho pela Funorte. Pós graduanda em gestão de saúde pela FGV. CREMERJ 52981249.