O questionário não deve ser considerado como um diagnóstico, apenas como uma orientação dos níveis dos sinais. Nesse caso, sempre é recomendado consultar um profissional capacitado para uma avaliação completa.
A vida em sociedade tem cobrado cada vez mais dos indivíduos. Com isso, o sentimento de que se tem a obrigação de possuir bens materiais e ser feliz é uma marca do século atual. E o adoecimento é um dos resultados dessas exigências. Muitos indivíduos têm sentido na pele os prejuízos da depressão para a saúde mental e física.
Nunca se falou tanto desse transtorno psíquico como atualmente. O que poucos sabem é que existem várias diferenças entre a tristeza e a depressão. Por isso, é preciso ficar atento aos sintomas e cuidar para que as consequências do sofrimento sejam amenizadas.
Se você se interessa pelo tema e quer saber um pouco mais sobre essa doença, continue lendo este post!
O que é depressão?
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais é um guia norte-americano que lista as doenças psíquicas, seus sintomas e possíveis tratamentos. Ele é utilizado por psiquiatras e psicólogos ao redor do mundo.
Em sua quinta edição, o DSM – 5 aponta um dos transtornos mais conhecidos: a depressão. Ela se classifica pela presença de humor triste, vazio ou irritável. Tais sintomas são acompanhados de alterações somáticas e cognitivas que influenciam consideravelmente na capacidade de funcionamento do paciente.
A condição clássica dessa patologia é a sua duração, que deve ser de, no mínimo, duas semanas.Contudo, na maioria dos casos, os episódios duram um tempo bem maior.
Quais as suas principais causas?
São muitas as possíveis causas para o desenvolvimento da depressão. Cada pessoa é única, e disso depende o surgimento ou não da doença. Alguns fatores desencadeadores são:
- os temperamentais (quando o indivíduo apresenta uma visão negativa de si mesmo, dos outros e do futuro);
- os ambientais (experiências adversas e traumáticas que podem ter ocorrido na infância ou vivenciadas na adolescência e/ou na vida adulta);
- a genética ou a fisiológica (os riscos de ter depressão são maiores em pessoas que tenham parentes de primeiro grau com a doença).
Outros transtornos podem facilitar a aparição da depressão. Entre eles, estão a ansiedade, o transtorno da personalidade borderline ou o uso de medicamentos/substâncias. Nesses casos, o diagnóstico pode ser mais difícil de ser detectado.
Quais as consequências que a depressão pode causar à saúde mental?
Os prejuízos da depressão para a saúde mental podem ser de leves a graves. Nos casos em que as consequências são mais significativas, o indivíduo pode ficar totalmente incapaz de suprir suas necessidades básicas, como o cuidado consigo no tocante à higiene e à alimentação. Outras implicações são:
Desequilíbrio emocional
A pessoa deprimida não tem regularidade em suas emoções, podendo estar eufórica em um determinado momento e extremamente cabisbaixa em outro.
Baixa autoestima
Pessoas com baixa autoestima podem desencadear o processo depressivo, bem como a depressão pode minar a autoestima de uma pessoa.
Baixo rendimento
A falta de vontade de interagir, de cuidar dos afazeres diários e a baixa na capacidade de concentração e memorização são fatores que podem levar o sujeito a não desempenhar bem o seu papel no trabalho e nos estudos.
Problemas nos relacionamentos
As relações interpessoais são grandes prejudicadas na ocorrência da depressão. Sujeitos com a doença tendem a não querer se relacionar com ninguém, se isolando, evitando interações. Isso ocorre tanto com amigos quanto com familiares e parceiros conjugais.
Pensamentos suicidas e de autoflagelação
Alguns enxergam no autoextermínio ou na autoflagelação as únicas saídas para amenizar ou acabar com o sofrimento, que por vezes não tem um motivo lógico. No entanto, com o devido apoio e cuidados específicos, o paciente pode afastar de si tais pensamentos.
A depressão pode e deve ser tratada em um trabalho conjunto da Psiquiatria com a Psicologia. A intervenção é feita por meio de medicamentos antidepressivos e psicoterapia.
Aos primeiros sinais de depressão, um especialista deve ser contatado. Entretanto, o trabalho preventivo de psicólogos pode evitar problemas maiores no futuro.
Por isso, diversas empresas têm investido para manter a presença desse profissional em seus âmbitos. Cuidar para que os prejuízos da depressão para a saúde mental não atinjam seus trabalhadores deve ser uma ação fundamental das organizações.
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Referências:
Beck, Aaron T., and Brad A. Alford. Depressão: causas e tratamento. Artmed Editora, 2016.
de Andrade, Patrícia Marques. “DEPRESSÃO: ASPECTOS NEUROPSICOLÓGICOS DA DOENÇA NA VISÃO PSICANALÍTICA.” BIUS-Boletim Informativo Unimotrisaúde em Sociogerontologia 18.12 (2020): 1-17..
Quevedo, João, Antonio Egidio Nardi, and Antônio Geraldo da Silva. Depressão-: Teoria e Clínica. Artmed Editora, 2018.