O pólipo no estômago ou pólipo gástrico é uma condição caracterizada por pequenas formações gástricas na parede estomacal interna, que se estende para dentro do órgão. A maioria dessas lesões gástricas não é cancerígena, porém, em alguns casos, o pólipo no estômago pode se transformar em um tumor maligno.
De maneira geral, essa condição é assintomática e, por isso, muitas vezes, ela só é diagnosticada durante a realização de um exame de endoscopia digestiva.
Contudo, há indivíduos que apresentam obstruções, dores no estômago e até sangramento, o que acende um sinal de alerta para a necessidade de um diagnóstico. Nos casos em que as formações são maiores, elas podem provocar úlceras ou lesões, causando no indivíduo afetado sintomas, como dor no estômago, náuseas, dor abdominal e sangue nas fezes.
Pólipos no estômago | Fonte: Pikovit44 / iStock
Quais são as principais causas para o surgimento de pólipos no estômago?
As causas para o desenvolvimento do pólipo no estômago não são totalmente conhecidas pela ciência, porém, acredita-se que essas formações estejam relacionadas com a inflamação ou irritação crônica do estômago, resultando em um aumento exponencial das células da mucosa.
Além disso, outros fatores de risco também podem contribuir para o aparecimento do pólipo no estômago, como:
- Gastrite;
- Infecção pelo Helicobacter pylori;
- Alimentação inadequada;
- Histórico familiar de polipose adenomatosa;
- Refluxo gastroesofágico;
- Esofagite;
- Pangastrite;
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Uso de medicamentos antiácidos;
- Uso prolongado de inibidores da bomba de prótons;
- Idade avançada (maior incidência após os 50 anos).
É perigoso ter pólipo no estômago?
Depende! Como mencionamos, boa parte dos pólipos no estômago é benigna, ou seja, eles não causam danos sérios ao organismo e também tendem a ter uma evolução positiva.
Contudo, em razão do seu crescimento anormal, a presença de pólipo no estômago com tamanho maior pode indicar predisposição para que essas formações evoluam para câncer ao longo do tempo.
Por isso, o diagnóstico precoce e o acompanhamento da doença é essencial para evitar complicações.
Quais são os tipos de pólipos estomacais?
Há três tipos de pólipo no estômago, sendo o hiperplásico, adenomatoso, inflamatório, sendo que cada um possui características distintas e também implica em diferentes níveis de risco.
Entenda cada um deles:
1. Pólipos adenomatosos
O pólipo no estômago adenomatoso oferece um risco elevado de se transformar em câncer. Por isso, ao ser identificado, é necessário removê-lo o mais rápido possível por meio de uma endoscopia digestiva.
Em casos graves, essas formações gástricas devem ser retiradas por meio de um procedimento cirúrgico.
Esse tipo de pólipo estomacal está relacionado ao histórico de polipose adenomatosa familiar, doença de ménétrier e gastrite atrófica crônica com metaplasia intestinal.
Após removê-los, recomenda-se a realização de endoscopia de acompanhamento um ano após a realização do procedimento e, depois, a cada 3 a 5 anos.
2. Pólipos hiperplásicos
O surgimento dos pólipos hiperplásicos está relacionado a condições infecciosas ou inflamatórias no estômago, que incluem gastrite crônica ou infecções por H. pylori.
Quando tratados corretamente, essas formações podem desaparecer, porém, esse tipo de pólipo no estômago pode aumentar o risco de câncer gástrico, já que ele possui características displásicas, que sinalizam anomalias nas células.
Além disso, em casos em que os pólipos hiperplásicos medem entre 0,5 cm e 1 cm, a indicação é que haja a remoção completa por meio de um procedimento chamado polipectomia.
3. Pólipos de glândulas fúndicas (PGFs)
Os pólipos de glândulas fúndicas são os comuns, encontrados com maior frequência em mulheres com idade entre 40 e 60 anos. Normalmente, esse tipo de pólipo no estômago é assintomático, mas é importante monitorá-los para evitar complicações futuras.
Além disso, o aparecimento deste tipo de pólipo gástrico pode estar ligado a outras condições de doenças inflamatórias intestinais, como o PAF (Polipose Adenomatosa Familiar).
Ao realizar o exame para identificação dos PGFs (Pólipos de Glândulas Fúndicas), é possível encontrar um ou diversos pólipos no estômago.
4. Pólipos fibroides
O surgimento de pólipo no estômago de caráter fibroide é frequentemente associado a inflamações crônicas, porém, em sua maioria, têm características benignas.
Em casos raros, eles podem aumentar o risco de câncer gástrico. Dependendo da evolução, essa formação pode chegar a pouco mais de 1 centímetro.
Pessoas com gastrite crônica, infecção por Helicobacter pylori ou histórico familiar de pólipos e câncer gástrico devem ser acompanhados regularmente por um médico especialista.
Continue lendo o nosso artigo para entender os principais aspectos do pólipo no estômago.
Quais são os principais sintomas de pólipos no estômago?
Normalmente, os sintomas associados aos pólipos gástricos surgem quando as formações na parede estomacal possuem um tamanho considerável.
Entre os principais sintomas estão a formação de úlceras gástricas, aumento de gases, sensação de queimação no estômago, má digestão, queda de pressão arterial, desconforto na região abdominal, náuseas, vômitos e anemia.
Em casos mais graves, é possível que o indivíduo afetado apresente também sangramentos, que podem ser observados nas fezes ou até mesmo a presença de sangue nos vômitos, além da queda na pressão arterial.
Como é feito o diagnóstico de pólipos gástricos?
O diagnóstico de pólipos gástricos é feito, em sua maioria, por meio da endoscopia digestiva alta, que possibilita a visualização do interior do estômago, favorecendo a identificação dessas formações, além de outras condições na mucosa.
Durante o procedimento, o médico também pode remover pequenas amostras do pólipo no estômago para a realização de uma biópsia, que determina qual a natureza do pólipo, se tem uma condição maligna ou benigna.
Em alguns casos, é possível ainda a realização de exames de imagem para complementar o diagnóstico.
Na hora de procurar por atendimento médico, saiba que a Conexa Saúde pode auxiliar na obtenção de um diagnóstico preciso por meio da telemedicina.
Nossos médicos especializados realizam consultas online, mas podem solicitar exames físicos para confirmar o diagnóstico.
Após a realização dos exames, o paciente pode retornar para revisão dos resultados e acompanhamento contínuo da doença.
Quais são os tratamentos para pólipos estomacais?
O tratamento para pólipos gástricos pode variar conforme o tipo, tamanho, localização, quantidade, sintomas associados e o risco de evolução para câncer de estômago.
Entretanto, de forma geral, os tratamentos incluem a remoção dos pólipos no estômago que tenham mais de 5 mm, se eles forem adenomatosos, ou se houver histórico de polipose adenomatosa familiar.
Esse procedimento de retirada, normalmente, ocorre durante a realização de uma endoscopia digestiva.
Além disso, a utilização de inibidores da bomba de prótons também pode ser indicado pelo médico para a retirada dos pólipos no estômago, geralmente, pelo período de 4 a 8 semanas
Antibióticos também podem ser prescritos pelo médico para tratar pacientes que apresentam a infecção por H. pylori.
Somado a isso, o monitoramento do paciente com a realização de endoscopia a cada 3 a 6 meses é essencial, especialmente, em casos de infecção por H. pylori, ou anualmente para pólipo no estômago sem displasia.
Em casos em que os pólipos gástricos são resultados do uso de inibidores da bomba de prótons de forma prolongada, a suspensão do tratamento pode ser recomendado até a realização de uma endoscopia em 12 meses.
Possíveis complicações devido à falta de tratamento
A falta de um tratamento adequado para pólipos no estômago pode levar a complicações sérias, que vão desde obstrução gástrica, que dificulta a passagem de alimentos e provoca um desconforto abdominal, até hemorragias, que podem ser observada nas fezes ou em vômitos.
Além disso, em pessoas que apresentam determinados tipos de pólipo no estômago, como os adenomatosos, as chances de câncer no estômago também são aumentadas.
Por isso, identificar essa condição e obter o tratamento adequado é essencial para prevenir complicações graves e garantir a saúde digestiva.
Qual médico procurar em caso de suspeita de pólipos no estômago?
Nos casos de suspeita de pólipo no estômago, o ideal é buscar um médico especialista, que é o gastroenterologista, que fará uma avaliação adequada a partir do histórico clínico detalhado, exames de endoscopia digestiva alta ou mesmo por meio de uma biópsia para um diagnóstico preciso.
Por isso, se você apresentar sinais como dor abdominal persistente, náuseas, sangramentos, sensação de estômago cheio ou fezes escuras, procure imediatamente por atendimento médico.
Na Conexa Saúde, você pode passar por consultas online de maneira precisa, rápida, conveniente e segura. A vantagem é que nossos médicos podem solicitar exames físicos para confirmar o diagnóstico.
Após realizar os exames, o paciente também pode retornar para revisão dos resultados e obter um acompanhamento contínuo da doença.
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Créditos da imagem: Pikovit44
