O que é glúten?

Cereais em uma espátula

O glúten é uma proteína presente em alguns cereais, como o trigo, cevada, centeio e triticale (um híbrido de trigo e centeio). Ele desempenha um papel crucial na panificação e fabricação de diversos produtos alimentares, sendo responsável pela elasticidade da massa, ajudando-a a crescer durante o processo de fermentação. O glúten é composto por duas proteínas principais: a glutenina e a gliadina. A glutenina contribui para a estrutura e força da massa, enquanto a gliadina permite sua extensibilidade, ou seja, a capacidade de se expandir. Quando misturadas com água e amassadas, essas proteínas formam uma rede elástica que torna a massa maleável e resistente, características essenciais para produtos como pães, massas e bolos.

Importância do glúten na alimentação

O glúten é amplamente utilizado na indústria alimentícia, especialmente em produtos de panificação. A elasticidade fornecida por essa proteína permite que a massa dos pães retenha o gás liberado pelo fermento, resultando em uma textura leve e aerada. Sem o glúten, seria muito mais difícil alcançar a consistência desejada em produtos de panificação tradicionais.

No entanto, para algumas pessoas, o consumo de glúten pode desencadear reações adversas, como é o caso da doença celíaca, sensibilidade ao glúten não celíaca e alergia ao trigo. Esses distúrbios variam em gravidade, mas todos têm em comum a necessidade de evitar completamente ou reduzir significativamente o consumo de alimentos que contenham essa proteína. Se estiver com dificuldades para ingerir alimentos com glúten, procure nossos especialistas.

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Intolerância ao glúten e doença celíaca

A doença celíaca é uma condição autoimune que afeta aproximadamente 1% da população mundial. Quando uma pessoa com essa condição consome glúten, o sistema imunológico reage de forma exagerada, causando danos ao intestino delgado. Isso interfere na capacidade do corpo de absorver nutrientes, resultando em uma série de sintomas e complicações a longo prazo, como anemia, osteoporose e, em casos extremos, câncer do intestino.

Os sintomas mais comuns da doença celíaca incluem:

Problemas gastrointestinais

  • Inchaço abdominal;
  • Diarreia ou constipação;
  • Gases;
  • Dor abdominal.

Sintomas sistêmicos

  • Fadiga crônica;
  • Dores de cabeça;
  • Dores musculares e articulares;
  • Dificuldade de concentração.

Sintomas dermatológicos

  • Erupções cutâneas;
  • Coceira ou eczema.

Alterações no peso

  • Perda de peso inexplicada;
  • Ganho de peso.

Além da doença celíaca, algumas pessoas apresentam sensibilidade ao glúten não celíaca, que provoca sintomas semelhantes, como distúrbios digestivos e fadiga, mas sem causar danos ao intestino delgado. O diagnóstico dessas condições geralmente é feito por meio de exames clínicos, testes de sangue e, no caso da doença celíaca, biópsia do intestino delgado.

Alergia ao trigo

A alergia ao trigo é uma resposta imunológica imediata ao consumo de trigo, podendo levar a reações graves, como a anafilaxia. Os sintomas da alergia incluem:

  • Dificuldades respiratórias;
  • Inchaço da face e garganta;
  • Urticária;
  • Queda de pressão arterial;
  • Batimento cardíaco acelerado;
  • Em casos extremos, perda de consciência.

Essa condição exige uma abordagem rigorosa na eliminação de todos os produtos à base de trigo da dieta.

Dieta sem glúten

Para pessoas que têm intolerância ou alergia ao glúten, uma dieta sem glúten é a única solução viável. A eliminação do glúten pode parecer desafiadora, mas hoje em dia há muitas alternativas disponíveis no mercado que permitem a manutenção de uma dieta equilibrada e saudável. Agende uma consulta com nossas nutricionistas e conte com nosso apoio.

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Alimentos que devem ser evitados

  • Pães, bolos e produtos de panificação feitos com farinha de trigo, centeio ou cevada;
  • Massas, como macarrão e espaguete;
  • Cereais que contêm glúten, como aveia que não seja certificada sem glúten;
  • Cervejas e outras bebidas feitas a partir de grãos que contêm glúten.

Alimentos permitidos

  • Frutas e vegetais frescos;
  • Carnes, peixes e ovos (desde que não processados);
  • Grãos sem glúten, como arroz, milho, quinoa, amaranto e sorgo;
  • Leguminosas, nozes e sementes;
  • Laticínios (exceto em casos de intolerância à lactose).

Alternativas ao glúten

Para aqueles que precisam evitar o glúten, existem várias alternativas de farinhas e ingredientes que podem ser usados na panificação e na preparação de alimentos:

Farinhas sem glúten

  • Farinha de arroz;
  • Farinha de amêndoa;
  • Farinha de coco;
  • Farinha de grão-de-bico;
  • Farinha de sorgo;
  • Farinha de batata.

Essas farinhas sem glúten, muitas vezes, precisam ser combinadas com espessantes como goma xantana ou goma guar para proporcionar a textura desejada nas receitas, uma vez que o glúten desempenha um papel importante na elasticidade e coesão dos alimentos.

Sugestão de cardápio sem glúten

Para quem busca seguir uma dieta sem glúten, aqui está um exemplo de cardápio para um dia:

Café da manhã

  • Panquecas de aveia: Feitas com aveia certificada sem glúten, banana amassada e ovos.
  • Iogurte natural: Acompanhado de granola sem glúten e pedaços de frutas.
  • Suco de laranja natural ou smoothie de frutas: Com leite de amêndoas ou água de coco.

Almoço

  • Salada colorida: Com folhas verdes, tomate, cenoura ralada, pepino e abacate, temperada com azeite, limão, sal e pimenta.
  • Quinoa ou arroz integral: Como acompanhamento.
  • Peito de frango grelhado ou tofu grelhado: Temperado com ervas e especiarias.

Lanche da tarde

  • Vegetais cortados: Cenoura, pepino e pimentão com hummus ou castanhas variadas.
  • Frutas: Maçã, pera ou frutas vermelhas.

Jantar

  • Sopa de abóbora: Feita com cebola, alho e um toque de gengibre.
  • Filé de peixe assado: Temperado com limão e ervas, servido com brócolis no vapor ou aspargos.
  • Salada de grão-de-bico: Com cebola roxa, salsa, limão e azeite.

Ceia (opcional)

  • Chá de ervas: Como camomila ou hortelã.
  • Biscoitos sem glúten: Opção leve para um lanche.

Dicas para seguir uma dieta sem glúten

  • Leia os rótulos: Sempre verifique os rótulos dos produtos alimentares, pois muitos alimentos processados podem conter glúten ou sofrer contaminação cruzada.
  • Use ingredientes frescos: Prefira ingredientes frescos e naturais para garantir que suas refeições sejam completamente livres de glúten.
  • Experimente novas farinhas: Farinhas sem glúten, como a de arroz, amêndoas e grão-de-bico, são ótimas alternativas para receitas.

Considerações finais

Embora o glúten seja um componente importante para muitos alimentos, pessoas com doença celíaca, sensibilidade ao glúten ou alergia ao trigo precisam evitar essa proteína. Felizmente, existem muitas alternativas saudáveis e deliciosas disponíveis, permitindo que essas pessoas mantenham uma dieta equilibrada e nutritiva. A adoção de uma dieta sem glúten deve ser feita sob a orientação de um médico ou nutricionista para garantir que todas as necessidades nutricionais sejam atendidas de forma adequada.

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Créditos da imagem: Oksana em Adobe Stock


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