Neurodivergente é um termo usado para designar pessoas que possuem um funcionamento neurológico que se diferencia daquilo que é considerado comum ou neurotipicamente esperado, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou o TDAH.
Inclusive, a neurodivergência é um tema que tem sido muito debatido, nos últimos anos, já que ele também traz para a discussão a neurodiversidade, um conceito que questiona a existência de uma única maneira correta de funcionamento cerebral.
Seu objetivo é incentivar a inclusão de formas diferentes de pensar e processar informações, além de combater estigmas e romper preconceitos com indivíduos neurodivergentes.
Elaboramos um artigo completo sobre o que é uma pessoa neurodivergente, quem faz parte desse grupo e como tratar essas diferenças de forma adequada. Vem com a gente!
Quais pessoas são consideradas neurodivergentes?
A neurodivergência é uma variação natural do cérebro humano, o que significa que uma pessoa pode ter uma condição neurológica que altera a maneira como o cérebro processa informações, resultando em diferenças notáveis na cognição e no comportamento.
Sendo assim, o neurodivergente tem um jeito particular de pensar, de aprender, agir e interagir com o mundo ao seu redor.
Indivíduos que apresentam condições, como o autismo, caracterizado por dificuldade na interação social ou na comunicação; ou com dislexia, um transtorno de aprendizagem, são considerados neurodivergentes.
Pessoas com (TOC) Transtorno Obsessivo-Compulsivo, TDAH, Síndrome de Tourette, dispraxia ou outros transtornos também fazem parte do grupo.
Vale lembrar que essas condições demonstram a diversidade do funcionamento do cérebro, o que evidência que existem formas diferentes de se relacionar com o mundo, que podem ser consideradas naturais.
Como saber se eu sou neurodivergente?
Para saber se você é uma pessoa neurodivergente, o primeiro passo é fazer uma auto-observação de padrões de comportamentos e pensamentos, que diferem do que é considerado neurotípico.
Caso você desconfie que há traços de neurodivergência, recomenda-se buscar ajuda de profissionais especializados, como neuropsicólogos e psicólogos, que analisarão os relatos do paciente ou de seus familiares e poderão solicitar ainda testes especializados, como avaliações neuropsicológicas.
De maneira geral, nesses casos, o especialista realiza uma série de sessões antes de chegar a um diagnóstico.
Por isso, o ideal é procurar profissionais de confiança para a realização de uma avaliação correta e segura, determinando a existência ou não da neurodivergância.
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Neurodivergente x neurodiversidade: qual a diferença?
É comum que muitas pessoas confundam os termos neurodivergente e neurodiversidade. Nesse sentido, é importante diferenciá-los, pois, embora andem lado a lado, não possuem a mesma definição.
Como já explicamos, a neurodivergência está relacionada ao funcionamento e desenvolvimento neurológico que se diferencia daquilo que é considerado comum ou típico.
Por outro lado, a neurodiversidade é um termo relacionado às variações naturais do funcionamento do cérebro, assim como há inúmeras diferenças associadas a altura, gênero, orientação sexual, peso e cor dos olhos.
Sendo assim, esse conceito busca destacar que essas variações cerebrais são normais e não devem ser consideradas uma doença. Pelo contrário, ela celebra a diversidade e a individualidade na maneira de pensar, agir e se conectar com a sociedade.
O que significa a neurodiversidade e qual sua importância?
A neurodiversidade é, basicamente, a forma de compreender as variações neurológicas, como autismo e TDAH, que são condições naturais da diversidade humana.
Dessa forma, esse conceito reitera a necessidade da sociedade aceitar e respeitar as diferenças, pois elas são parte do que o ser humano é de verdade.
Sendo assim, a neurodiversidade é uma maneira de promover a inclusão, diminuir o estigma, além de criar ambientes muito mais acolhedores e livres de preconceitos, onde as pessoas, independentemente de suas diferenças cognitivas, possam ser respeitadas e valorizadas.
Quais os principais desafios dos neurodivergentes?
Infelizmente, pessoas neurodivergentes ainda enfrentam diversos desafios, principalmente, relacionados ao estigma e preconceito da sociedade.
Um dos grandes obstáculos em torno da neurodivergência é a dificuldade de comunicação, visto que muitas pessoas que possuem autismo, por exemplo, não conseguem expressar seus sentimentos de forma clara e compreensível, comprometendo as interações interpessoais.
Sem contar que pessoas neurodivergentes, muitas vezes, sofrem discriminação e preconceito, sendo excluídas do convívio social em razão das suas diferenças, o que pode limitar, inclusive, as chances de alcançarem melhores oportunidades de trabalho e vida social, por exemplo.
Um desafio importante nesse contexto é o acesso restrito aos recursos essenciais, muitas vezes fornecidos pelo poder público, para diagnóstico e obtenção de suporte especializado, dificultando a adoção de estratégias para lidar com as condições neurodivergentes.
Além disso, mesmo sendo um assunto muito debatido nos últimos anos, ainda há barreiras sociais, educacionais e falta de políticas públicas, prejudicando o aprendizado e o acesso a serviços essenciais.
Isso impede que essas pessoas possam atingir o seu potencial, prejudicando o bem-estar emocional e psicológico, além de restringir a participação plena na sociedade.
Como dar mais qualidade de vida para essas pessoas?
Para melhorar o bem-estar e a qualidade de vida de pessoas com neurodivergência, há algumas estratégias que podem ser adotadas, que são as seguintes:
- Criar um ambiente inclusivo: transformar espaços educacionais, sociais e profissionais mais acolhedores é essencial. Por isso, recomenda-se a adaptação de espaços físicos e sociais para atender às necessidades de pessoas neurodivergentes, possibilitando uma participação mais ativa e confortável na sociedade.
- Adaptar metodologias de ensino e trabalho: alterar abordagens de ensino ou de trabalho podem facilitar o processo de aprendizagem e também o desempenho profissional dessas pessoas. Sendo assim, o ideal é usar materiais visuais, adotar tecnologias assistivas e oferecer flexibilidade na forma de execução de tarefas.
- Oferecer suporte emocional e psicológico: o acompanhamento feito por profissionais especializados, como psicólogos, ajuda pessoas neurodivergentes a lidarem com desafios emocionais, sociais e cognitivos, desenvolvendo métodos para melhorar o bem-estar.
- Promover cultura de valorização e diversidade cognitiva: criar ambientes que reconheçam e valorizam essas diferenças de cognição e processamento de informação é importante para o conforto de pessoas com neurodivergência. O desenvolvimento de campanhas de conscientização incentivam a aceitação e respeito pelas diferenças.
Ao implementar essas práticas, é possível promover uma maior qualidade de vida e garantir que pessoas neurodivergentes possam alcançar com mais facilidade o seu potencial.
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