Uma coisa é certa: a complexidade da vida moderna exige de todos nós um constante e significativo aperfeiçoamento para nos adaptarmos e readaptarmos aos novos modos de funcionamento e interações no âmbito social.
Toda essa complexidade tende a gerar um aumento na dificuldade de ressignificação/adaptação cognitiva a esse novo mundo globalizado que é o da nossa contemporaneidade.
São constantes e intensas mudanças, a gente sabe. Sendo assim, algumas pessoas se apresentam mais aptas ao lidar com essa nova realidade de alterações inusitadas.
Elas apresentam certas competências singulares que são crucias para uma relevante integração e desenvolvimento num meio tão adverso e mutante como o já citado acima.
Mas que competências são essas? Quais são as vantagens de uma mente flexível diante de um mundo tão dinâmico?
É sobre isso que iremos falar no artigo de hoje. Boa leitura!
O que é uma mente flexível?
Todos nós possuímos uma dose de flexibilidade. Sem dúvidas, essa é uma habilidade necessária para a resolução de problemas.
Ter uma mente flexível é possuir a capacidade de pensar com uma “elasticidade cognitiva diferenciada”. Essa flexibilidade cognitiva varia de pessoa pra pessoa e depende também das mudanças.
Podemos dizer então que o pensamento flexível são aqueles pensamentos capazes de lidar com as adversidades, imprevistos, novidades, excentricidades que se apresentam no dia à dia de forma criativa, não-linear. Quem sai perdendo diante esse cenário são as pessoas que tem resistência a essas mudanças.
Alguns teóricos ressaltam que uma infância vivida num ambiente familiar de “mente rígida”, de onde extrai-se uma correlação de que um ambiente familiar com “mente flexível” tende a desenvolver uma maior proteção.
Mente flexível na prática
O pensamento flexível traz em si a abertura para novos paradigmas.
É a tendência de confiar tanto na imaginação quanto na lógica, a integrar e gerar uma grande variedade de ideias. De ter coragem de enfrentar o novo, o erro, improvisando respostas, se utilizando da criatividade, se relacionando com a ambiguidade e as contradições inerentes aos processos humanos.
Mas claro, isso tudo evitando pensamentos dogmáticos, arraigados, engessados e rígidos.
Existe uma diferença em relação ao pensamento analítico, que é nossa ferramenta mental que quando recebe um problema, analisa e opera de forma a resolvê-los sem tanta complexidade. Além disso, também vale ressaltar que é a forma de reflexão mais estimulada na sociedade ocidental, exigindo uma objetividade e praticidade nas questões mais pragmáticas sobre a vida.
Mente analítica e/ou roteirizada
Como já falamos anteriormente, o pensamento analítico tem início, meio e fim. Tudo acontece de forma padronizada.
Já o pensamento roteirizado é aquele automático, por exemplo, o escovar dos dentes que é sempre igual. Logo, o cérebro economiza energia ao seguir o roteiro.
Ambos pensamentos, tanto o analítico quanto o roteirizado, tendem a falhar ao se deparar com mudanças, novidades e imprevistos. Mas então o que deve ser feito?
Entre com o pensamento flexível
Nesses casos de transformações e mudanças, eles não são os mais indicados. É necessária a entrada do pensamento flexível que é não-linear, de origem mais complexa e vindo do inconsciente.
A mente flexível não é roteirizada. Ela se da através de múltiplas linhas de pensamentos paralelos, diante de um problema que exige inovação, criatividade e improviso. Opera de forma múltipla, com vários outros tipos de pensamentos que vão buscando soluções para questões específicas.
Bloqueios criativos
É importante saber que esse pensamento pode ser bloqueado pelo pensamento analítico e crítico. Funciona como uma proteção.
Mas que tal se desapegar de formas antigas de pensar e passar a ousar com formas novas de pensamento para lidar com a complexidade contemporânea?
Examine os seus caminhos mentais, opte pela criação de estratégias objetivas que te orientem no aperfeiçoamento dos pensamentos para então melhorá-los como um todo, ou seja, o analítico e o flexível.
Mas como fazer isso?
Tendo maior consciência!
A partir do momento que você se torna mais consciente dos pensamentos que você esta usando para resolver os seus problemas específicos você consegue fazer isso. A consciência pode interromper o roteiro de um pensamento que já esta arraigado. É o que chamamos de mindfulness.
Mindfulness, derivado da meditação budista, é um estado de atenção plena completamente consciente de suas percepções, sensações e claro, de seus sentimentos.
Com essa prática, é possível analisar os processos de pensamento à distancia, com calma e paciência. A prática dessa técnica pode até virar um hábito que permite a abertura para novas experiências de pensamentos, como a vivência de um brainstorming (tempestade de ideias).
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