O mau hálito, também conhecido como halitose, é um problema comum que pode afetar a autoestima e as relações sociais dos pacientes. Suas causas vão desde má higiene bucal até problemas digestivos e doenças sistêmicas.
É muito comum que a pessoa que tem mau hálito não perceba o problema, pois o nariz se acostuma com nossos próprios cheiros. Assim, a halitose pode persistir por anos sem que o paciente saiba que o problema existe. Por isso, geralmente o diagnóstico acontece não de forma individual, mas com a indicação de alguma outra pessoa.
Mas, sejamos honestos: quem nunca teve mau hálito que atire a primeira pedra. Porém, como saber quando ele se torna um problema real de saúde?
Abaixo, separamos tudo o que você precisa saber sobre o mau hálito. Quando se torna um problema, quais os sintomas e, enfim, como acabar com a situação. É só continuar a leitura!

Quais são as causas do mau hálito?
O mau hálito tem diversas causas. Elas variam desde fatores bucais até problemas internos, como digestivos e metabólicos. O surgimento da halitose, então, pode acontecer por razões como:
1. Higiene bucal inadequada
A causa mais comum para o mau hálito é a má higiene bucal. Quando a escovação não é feita corretamente, restos de alimentos e bactérias se acumulam na boca. Isso contribui para a formação de placas bacterianas nos dentes e gengivas.
Essas bactérias liberam compostos de enxofre, responsáveis pelo odor desagradável.
Além disso, não usar o fio dental ou não limpar a língua também favorece a halitose, pois permitem o acúmulo de resíduos na boca.
2. Boca seca (xerostomia)
A saliva tem um papel fundamental na limpeza natural da boca. Ela ajuda a remover restos de alimentos e bactérias.
Quando a produção de saliva diminui a boca fica seca e mais propensa ao acúmulo de bactérias, o que causa o mau hálito.
A boca seca pode ser causada por diversos fatores, como:
- Uso de medicamentos (antidepressivos, anti-histamínicos e diuréticos)
- Beber pouca água
- Problemas nas glândulas salivares
- Respirar pela boca por grande período de tempo
3. Doenças gengivais e cáries
Doenças como gengivite e periodontite são grandes causadoras de mau hálito. Quando as gengivas estão inflamadas pelo acúmulo de placa bacteriana, elas liberam um cheiro desagradáveis.
Além disso, infecções na boca, abscessos dentários e cáries também podem causar o mau hálito.
4. Alimentos com odores fortes
Certos alimentos também podem piorar temporariamente o hálito, principalmente aqueles ricos em enxofre, como:
- Alho
- Cebola
- Café
- Álcool
- Peixes
- E alimentos ultraprocessados
5. Problemas estomacais e digestivos
Embora menos comum, outra causa do mau hálito são condições no trato digestivo. Refluxo gastroesofágico (DRGE), gastrite e infecções por H-pylori podem contribuir para o cheiro ruim na boca.
6. Infecções respiratórias
Sinusites, amigdalites e bronquites podem provocar acúmulo de muco e proliferação de bactérias. Isso causa odores ruins na respiração.
7. Diabetes e problemas metabólicos
Pessoas com diabetes descompensado podem apresentar hálito cetônico, um odor adocicado característico que surge devido ao acúmulo de cetonas no organismo.
Além da diabetes, o hálito cetônico também pode ser causado por outras razões, como dietas ricas em proteínas e gorduras. Nesse caso, o corpo entra em cetose, onde passa a queimar gordura para produzir energia, ao invés de carboidratos.

8. Cáseos amigdalianos
Outro fator bastante comum para o surgimento do mau hálito são os cáseos amigdalianos. Estima-se que 3% dos casos de mau hálito estejam relacionados aos cáseos. Embora o nome seja estranho, eles são aquelas bolinhas brancas que ficam nas amígdalas.

Os cáseos podem causar mau hálito devido ao acúmulo de restos de alimentos e bactérias mortas. E são conhecidos especialmente pelo mau cheiro que causam na boca – e ao espremer as bolinhas.
Geralmente, surgem mais em pessoas com pré-disposição à amigdalite ou em casos de má higiene bucal.
Quais são os sintomas do mau hálito?
Embora o sintoma principal seja o cheiro ruim na boca, existem também outras formas de perceber o mau hálito. Entre os sinais mais comuns, estão:
- Gosto ruim na boca
- Sensação de boca seca
- Placa bacteriana visível na língua
- Placa bacteriana entre os dentes
- Sangramento na escovação
Quais os fatores de risco para o surgimento do mau hálito?
O mau hálito pode ser influenciado por diversos fatores. Porém, algumas condições aumentam ainda mais o risco de desenvolver halitose crônica.
Muitos desses fatores estão associados ao acúmulo de bactérias na boca, redução da produção de saliva e mudanças no metabolismo, que resultam na liberação de compostos malcheirosos.
Abaixo, separamos os principais fatores de risco para o mau hálito:
Má higiene bucal
Uma rotina de higiene ora ruim favorece o acúmulo de restos de alimentos e bactérias, que liberam compostos sulfurados voláteis (CSV), responsáveis pelo cheiro ruim na boca.
Não usar fio dental leva à formação de placa bacteriana entre os dentes e gengivas, e causa gengivite e periodontite, que também pioram o hálito.
Fumo e álcool
O tabagismo reduz a produção de saliva, resseca a boca e deixa resíduos químicos na mucosa bucal, além de favorecer inflamações da gengiva.
O consumo de álcool tem um efeito desidratante, que altera o pH da boca e aumenta a proliferação de bactérias que causam o mau hálito.
Anatomia natural das amígdalas
A anatomia de algumas amígdalas também pode favorecer a formação dos cáseos, que estão associados ao mau hálito.
Amígdalas com criptas mais profundas acumulam restos de alimentos, células mortas e bactérias. Assim, fica mais fácil de criar um ambiente propício à calcificação desses resíduos que causam a halitose.
O mau hálito tem cura?
Sim, o mau hálito pode ser tratado e, em muitos casos, completamente eliminado. A abordagem do tratamento depende da causa: se for relacionado à higiene, melhorar a limpeza bucal e tratar problemas gengivais pode resolver; se tiver origem digestiva, como refluxo ou infecção por H. pylori, o tratamento geralmente inclui medicação e acompanhamento médico especializado.
Como saber se o mau hálito vem do estômago?
Embora a maioria dos casos de halitose tenha origem na boca, algumas condições digestivas também podem causar mau hálito.
Se a halitose persistir mesmo com boa higiene bucal, ela pode estar associada a problemas digestivos. Alguns sinais incluem:
- Azia e queimação no estômago
- Regurgitação frequente de alimentos ou líquidos ácidos
- Sensação de estômago pesado e digestão lenta
- Presença da bactéria H. pylori, detectada por endoscopia
Se você observou a presença de alguns desses sinais, um gastroenterologista pode te ajudar com o diagnóstico e o tratamento da causa.
Na Conexa Saúde, você agenda uma consulta em poucos minutos com um profissional especializado e é atendido logo em seguida. São dezenas de profissionais prontos para te atender.
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Como acabar com o mau hálito?
Além de manter uma boa higiene bucal, existem algumas atitudes que você pode tomar para acabar com o mau hálito. Abaixo, nós listamos as principais:
Mantenha uma higiene bucal completa
Escove os dentes três vezes ao dia, use fio dental diariamente para remover resíduos, higienize a língua com um raspador e utilize um enxaguante bucal sem álcool para reduzir bactérias.
Hidrate-se bem ao longo do dia
Beba pelo menos dois litros de água para evitar a boca seca, mastigue chicletes sem açúcar para estimular a saliva e limite o consumo de álcool e cafeína, que ressecam a boca.
Cuide da alimentação
Evite alimentos de cheiro forte como alho e cebola, consuma frutas e vegetais para ajudar na limpeza bucal e evite jejum prolongado, pois reduz a produção de saliva e congribui para o mau hálito.
Manter um acompanhamento odontológico é essencial para detectar e tratar os problemas que causam mau hálito, como cáries, gengivite e tártaro. O ideal é realizar consultas com o dentista pelo menos a cada seis meses para avaliações e limpezas profissionais.
Se houver sintomas de refluxo gastroesofágico, gastrite ou infecção por H. pylori, procure um médico gastroenterologista para iniciar o tratamento.
Como tirar mau hálito rápido?
Se você precisa melhorar o hálito agora e não tem tempo para esperar, essas dicas podem salvar seu hálito instantaneamente:
- Mastigue chicletes sem açúcar para estimular a produção de saliva
- Beba bastante água para remover resíduos da boca e evitar boca seca
- Use um enxaguante bucal para refrescar
- Coma uma maçã ou cenoura, já que alimentos fibrosos ajudam na limpeza da boca
- Escove os dentes e a língua
Como prevenir o mau hálito?
Você pode prevenir o mau hálito com alguns hábitos saudáveis e uma boa higiene bucal. Não precisa de muito para melhorar o hálito. Mudanças simples na rotina já fazem toda a diferença. Para prevenir o mau hálito:
- Respire pelo nariz, não pela boca
- Evite ficar longos períodos sem comer
- Inclua alimentos que ajudam na limpeza natural da boca, como maçã, pepino e cenoura
- Beba água e se mantenha hidratado mesmo sem sede
- Evite excesso de café e álcool
- Reduza o consumo excessivo de leite e laticínios
- Troque sua escova de dentes regularmente
- Durma com a boca limpa e os dentes escovados
Quando procurar um médico para o mau hálito?
Nem sempre o mau hálito pode ser resolvido apenas com mudanças nos hábitos diários. Em alguns casos, ele pode ser um sinal de problemas de saúde mais sérios e requerer a avaliação de um especialista É hora de procurar um dentista ou médico para mau hálito quando:
- Mau hálito persistente mesmo com boa higiene bucal
- Sinais de doenças gengivais ou dentárias
- Sintomas digestivos associados: Se a halitose vier acompanhada de azia, regurgitação, queimação no estômago ou má digestão
Se o mau hálito está afetando sua vida social e você não consegue resolver o problema apenas com mudanças na rotina, é essencial buscar a ajuda de um especialista.
Na Conexa Saúde, você pode agendar uma consulta online com um gastroenterologista ou clínico geral para avaliar a causa da halitose e dar início ao tratamento. Como as consultas são virtuais, você conta com todos os benefícios da telemedicina.
Trate o mau hálito com agilidade e do conforto da sua casa. Agende ainda hoje uma consulta com especialista.

Revisado por:
Otto Beckedorff
Rotina Médica Pronto Atendimento Conexa. CRMSP 226325.