Mania: definição, causas, sintomas e tratamento

mulher com camisa verde levantando os braços e gritando com um sorriso no rosto

Mania é uma condição descrita como uma transformação significativa no humor e na energia. Indivíduos em um episódio maníaco apresentam um estado de euforia, pensamentos rápidos, inquietação, comportamentos impulsivos e até agressividade e alucinações. 

Por ser um transtorno pouco compreendido por muitas pessoas, ele também traz consigo preconceitos, podendo dificultar o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento correto. 

Dessa forma, pessoas em mania são estigmatizadas e, muitas vezes, enfrentam até o isolamento, o que pode agravar ainda mais esse transtorno. 

Para tirar todas as dúvidas e desmistificar essa condição, neste artigo, vamos explicar um pouco sobre o que é mania, principais causas, sintomas mais comuns e as opções de tratamentos mais eficientes. Leia o nosso artigo!

O que é mania?

A mania é uma condição na qual a pessoa possui um nível elevado de energia, o que altera  significativamente o seu  humor, além de desencadear outras condições, como falta de sono, pensamentos acelerados, falas rápidas e comportamentos exagerados. 

No caso da hipomania, ela é considerada uma condição mais leve da mania, apresentando sintomas brandos, que têm um menor impacto na rotina diária.

Mesmo sendo uma condição que requer atenção, pessoas em estado de hipomania tendem a ter energia elevada, impaciência, excitação e impulsividade.

Sintomas da mania

Os sintomas de mania são diversos, abrangendo aspectos emocionais, físicos e comportamentais, o que evidencia uma alteração significativa no estado habitual de um indivíduo. 

Conheça nos próximos tópicos os principais sintomas: 

Sintomas emocionais

Os sintomas emocionais estão associados à euforia extrema, irritabilidade, além de um estado de inquietação contínua.

Pessoas com esses sintomas também tendem a se sentir muito alegres sem razão aparente ou, em contrapartida, experimentar irritação ou frustração com facilidade diante de situações comuns.

Essa variação de emoções pode resultar em dificuldades em se relacionar e até prejudicar o desempenho em atividades comuns. Além disso, os sintomas de mania podem incluir ainda ansiedade e depressão.

Sintomas físicos 

No que se refere aos sinais físicos, a pessoa com essa condição pode apresentar um aumento na energia e na atividade física, incluindo fala rápida, comportamentos impulsivos, necessidade de sono reduzida e movimentação intensa.

Somado a isso, é possível que o indivíduo apresente ainda agitação motora, com aumento do interesse pelo sexo e hiperatividade.

Lembrando que, quando associadas, os sintomas emocionais e físicos podem afetar significativamente a vida social e profissional, além de comprometer o bem-estar geral da pessoa. 

Comportamentos impulsivos

Os comportamentos impulsivos são um sintoma muito comum da mania. Podemos citar como exemplo decisões imprudentes ou situações de alto risco, como praticar esportes radicais sem a preparação adequada ou dirigir em alta velocidade.

Outro tipo de comportamento impulsivo característico da mania são os gastos excessivos e descontrolados sem considerar a situação financeira. 

Além disso, ainda pode haver o consumo ou abuso de substâncias, como álcool e drogas, até comportamentos sexuais inadequados. 

Vale lembrar que esses comportamentos impulsivos podem acarretar consequências negativas, impactando a vida geral do indivíduo.

Como é possível definir um comportamento originado de um episódio maníaco?

Para definir um comportamento influenciado por um episódio maníaco e um comportamento excêntrico em uma pessoa, é importante que você conheça as principais características de cada um deles. 

Um dos principais sinais de um comportamento originado de um episódio maníaco é a intensidade extrema e também a falta de controle emocional.

Durante esses episódios, é normal que o indivíduo tenha uma euforia intensa, que o deixe extremamente agitado fisicamente ao ponto de apresentar movimentos constantes, como andar de um lado para outro ou falar de maneira rápida. 

Outro exemplo é a irritação exagerada ou a alteração anormal do humor. Além disso, durante um episódio maníaco, é possível observar um aumento significativo na libido, levando a comportamentos sexuais de risco, como relações sem proteção. 

A falta de concentração, esquecimento e fala acelerada fazem parte do comportamento originado de um episódio maníaco, assim como delírios de grandiosidade, onde o indivíduo pode ter uma autoestima exagerada e acreditar em capacidades extraordinárias. 

Os pensamentos suicidas também estão associados a um comportamento influenciado por um episódio de mania. 

Geralmente, depois de um evento maníaco, a pessoa fica envergonhada, sente-se sonolenta ou fatigada. Inclusive, indivíduos bipolares também podem entrar em um estado depressivo.

Por outro lado, um comportamento excêntrico é uma condição caracterizada por atitudes um pouco fora do comum e peculiares. Na maioria das vezes, ele reflete um jeito singular ou interesses de um indivíduo que não envolvem intensidade emocional extrema ou falta de controle.

Um exemplo disso comum são os colecionadores de objetos diferentes, como pedras, guarda-chuva ou mesmo embalagens.  

Por isso, diferenciar entre um episódio maníaco e um comportamento excêntrico exige cautela e uma avaliação cuidadosa das características da mania.

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Causas da mania

A mania pode ser causada por aspectos genéticos, biológicos e ambientais, fazendo com que a pessoa apresente uma série de mudanças no humor e também em seus comportamentos.

Entenda as principais causas:

Fatores genéticos

A predisposição genética pode ser um dos fatores que desencadeia a mania. Sendo assim, se o indivíduo tem na família pessoas com transtorno bipolar ou qualquer outro tipo de transtorno de humor, ela possui mais chances de desenvolver essas condições.

Contudo, é importante ressaltar que isso não significa que a pessoa desenvolverá a mania de forma definitiva. 

Na verdade, a existência de genes de risco aumenta as chances de apresentar essas alterações, mas não assegura que essa condição, de fato, se manifestará. 

Fatores biológicos

A mania também pode ser influenciada a partir de fatores biológicos, como alterações na química do cérebro ou no funcionamento de substâncias, como a serotonina, dopamina e noradrenalina.

Ademais, a mania também pode ser desencadeada por lesões no cérebro, tumores, doenças neurológicas ou mesmo por desequilíbrios hormonais.

Fatores ambientais

Outros fatores preponderantes no desenvolvimento de manias estão associados ao ambiente ou acontecimentos que mudam a vida, como morte de uma pessoa querida, demissão do trabalho ou separação, por exemplo.

Há ainda outras situações que desencadeiam esses eventos, como uso de drogas, álcool em excesso, determinados medicamentos, além do estresse e doenças, como lúpus ou demência. 

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Quais os impactos e riscos da mania na vida do indivíduo?

A mania como um transtorno pode gerar impactos e riscos na vida de um indivíduo, afetando diretamente na saúde mental, nos seus relacionamentos pessoais e também na sua esfera profissional. 

Os episódios de alegria e euforia extrema, característicos da mania, são frequentemente seguidos por estados de depressão profunda, especialmente em indivíduos com transtorno bipolar. 

Em termos de relacionamentos pessoais, alguns sintomas, como a impulsividade e a irritabilidade em um episódio maníaco podem gerar brigas e conflitos entre amigos, colegas de trabalho e também na família.

Somado a isso, a dificuldade em compreender esse transtorno pode levar ao afastamento de pessoas próximas, deixando o indivíduo com sentimentos de rejeição, agravando ainda mais o quadro e aumentando a frequência e a gravidade dos episódios maníacos.

Além disso, a mania também impacta negativamente no desempenho profissional, pois pode prejudicar a concentração e resultar em comportamentos impulsivos, que afetam diretamente a qualidade do trabalho desenvolvido e a produtividade.

Decisões impulsivas e comportamentos considerados inadequados também podem atrapalhar a carreira do indivíduo. 

No que tange à saúde física, a mania pode causar padrões de sono irregulares, levando ao desgaste físico e a problemas de saúde a longo prazo.

Quais transtornos podem ter mania como sintoma?

Um dos transtornos que podem ter a mania como sintoma é a bipolaridade, uma condição caracterizada por alterações extremas no humor, que podem variar de episódios de euforia e energia intensa a episódios de depressão. 

Além do transtorno bipolar, a mania também pode estar associada a hipomania, uma condição que apresenta episódios mais leves e sintomas como humor elevado, pensamento acelerado, fácil distração e falas excessivas, entre outros. 

Pessoas com transtorno de ciclotimia, um transtorno de humor que causa altos e baixos emocionais, também podem apresentar a mania como sintoma. 

Neste contexto, é importante saber diferenciar entre transtorno bipolar e outras condições com episódios isolados de mania, pois o tratamento varia de acordo com cada diagnóstico. 

É possível saber quando um episódio de mania vai acontecer?

Nem sempre é fácil prever quando um episódio de mania pode acontecer; contudo, é possível reconhecer em algumas pessoas padrões de ciclos de humor, que acontecem de forma regular em intervalos específicos. 

Além disso, eventos estressantes ou traumáticos também podem indicar a possibilidade de um episódio de mania, como perdas significativas, mudanças drásticas no ambiente ou situações de estresse elevado. 

Outro sinal de que um episódio maníaco pode estar próximo são alterações nos padrões de sono, como insônia, aumento da energia, alta irritabilidade e sensação de grandiosidade. 

Entretanto, lembre-se que esses sinais variam entre as pessoas. Por isso, é importante ter um acompanhamento médico constante para monitorar sintomas e ajustar o tratamento conforme a necessidade. 

Quanto tempo dura um episódio maníaco?

O tempo de duração de um episódio maníaco pode variar de pessoa para pessoa. Em alguns casos, ele pode durar poucos dias, mas em outros, esses eventos podem ser observados por semanas ou até meses.

Contudo, o uso correto de medicamentos para mania e o tratamento adequado pode diminuir a duração de um episódio maníaco. Aliás, evitar a automedicação é essencial para que a pessoa tenha os cuidados corretos. 

Diagnóstico da mania

O diagnóstico da mania é feito por um profissional de saúde, como um médico psiquiatra ou um psicólogo, que avalia os sintomas relatados, além de observar o comportamento e o histórico médico do paciente.

Aliás, esse diagnóstico é realizado conforme as orientações do DSM – V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), que especifica que o indivíduo precisa ter um “nível exacerbado de energia e euforia em um período prolongado, além de apresentar alterações relevantes no comportamento e oscilações no humor, que impactam a vida profissional e social”.

Avaliação clínica

A partir disso, o profissional realiza uma avaliação clínica, considerando os critérios diagnósticos para determinar se os sintomas relatados ou observados, de fato, correspondem aos critérios do DSM-V para mania.

Nesta etapa, as consequências dos sintomas na vida do indivíduo também são consideradas, assim como o histórico médico, episódios anteriores de mania ou depressão, além de outros fatores de risco. 

Testes complementares

Os profissionais também podem solicitar testes complementares para respaldar o diagnóstico de mania, incluindo exames laboratoriais para identificar distúrbios da tireoide ou desequilíbrios metabólicos a fim de descartar outras condições.

Em muitos casos, é possível adicionar ainda exames como tomografia e ressonância para investigar outras causas neurológicas.

O objetivo é assegurar um tratamento de mania completo e adequado para melhorar a qualidade de vida do paciente.

Tratamento da mania

O tratamento da mania pode variar de acordo com as condições e as necessidades do paciente; porém, entre as principais abordagens estão o uso de medicamentos estabilizadores de humor e também a realização de sessões de psicoterapia.

Para quem se pergunta quando procurar um psiquiatra, o ideal é buscar por atendimento quando a pessoa sentir os sintomas apresentados. 

A combinação desses métodos auxilia no controle de sintomas agudos, além de promover estabilidade emocional a longo prazo, melhorando o bem-estar e a qualidade de vida do paciente.

Medicamentos estabilizadores de humor

Os medicamentos estabilizadores de humor fazem parte do tratamento da mania, pois essas substâncias auxiliam na regulação dos neurotransmissores no cérebro, o que contribui para estabilizar os episódios de humor elevado.

Essas substâncias também atuam na redução da ansiedade e na frequência dos eventos maníacos, possibilitando que o indivíduo obtenha um equilíbrio emocional mais consistente.

Psicoterapia

Além dos medicamentos para mania, a psicoterapia também é uma importante aliada para o tratamento deste transtorno.

Ao adotar essa abordagem, o paciente consegue compreender melhor suas emoções, pensamentos e comportamentos relacionados a esse transtorno. 

Além disso, durante as sessões de psicoterapia, o paciente pode discutir suas dificuldades e aprender estratégias para lidar com os sintomas, como técnicas de regulação emocional e manejo do estresse. 

A psicoterapia para mania auxilia no desenvolvimento de habilidades interpessoais e de uma maior consciência de si mesmo, permitindo que a pessoa enfrente situações associadas a mania com mais segurança e efetividade. 

Suporte familiar e criação de hábitos

O suporte familiar e a criação de novos hábitos também fazem parte do tratamento de mania. Isso porque, o apoio da família é essencial para a melhora do paciente durante o tratamento. 

Quando o indivíduo tem entendimento sobre a sua condição e o suporte da família, o estigma em torno deste transtorno é reduzido, tornando a convivência mais segura. 

Além disso, o desenvolvimento de novos hábitos, como a manutenção de rotinas diárias consistentes, sono adequado e uma dieta balanceada também são essenciais para promover a estabilidade emocional e física do paciente, minimizando fatores que possam desencadear episódios maníacos. 

Todo esse apoio à família auxilia na recuperação e na gestão contínua da condição, garantindo uma melhor qualidade de vida ao paciente.

Como manejar melhor a mania e evitar seus riscos?

Além de realizar um tratamento adequado para a mania, o indivíduo também precisa criar hábitos para gerenciar melhor os episódios e manter um equilíbrio emocional estável por mais tempo. 

Dessa forma, as pessoas que sofrem desse transtorno podem adicionar à sua rotina um monitoramento regular dos sintomas, garantindo que possam identificar de forma precoce quaisquer mudanças no humor ou comportamento que sinalizem o início de um episódio maníaco. 

É importante também que o indivíduo participe de grupos de apoio, adote uma rotina saudável para o sono e estabeleça horários para realizar atividades físicas.

Também é fundamental evitar gatilhos que possam desencadear uma crise e definir avisos para não esquecer de tomar os medicamentos para mania. 

Como mencionamos, a psicoterapia deve fazer parte da rotina de uma pessoa que possui esse transtorno. 

A boa notícia é que, hoje em dia, a psicologia online oferece suporte por meio dos benefícios da telemedicina, possibilitando que os indivíduos participem de sessões terapêuticas de maneira remota, utilizando plataformas digitais seguras e convenientes, como a Conexa Saúde

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Créditos da imagem: filipefrazao em iStock


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