A insegurança é uma condição emocional marcada pela ausência de confiança em si mesmo e nos outros em diversas circunstâncias. Esse sentimento está intimamente ligado à sensação de inferioridade. Dessa forma, pessoas inseguras tendem a acreditar que não possuem a mesma capacidade ou valor que as pessoas ao seu redor. Essa comparação constante pode resultar em episódios de ansiedade.
Esse estado emocional influencia diretamente a forma como nos conectamos com o mundo, impactando desde a vida profissional até os relacionamentos sociais e afetivos. O medo constante impede que pessoas possam viver suas vidas de maneira plena e emocionalmente estável.
Para entender como surge, quais os sinais e quando buscar ajuda por insegurança, continue a leitura!

Quais são os sinais da insegurança?
Em momentos de medo e perigo, a insegurança é uma coisa comum e até saudável. Ela indica que estamos em uma situação de risco, desconfortáveis, desprotegidos e que é preciso voltar o mais rápido possível a uma área segura.
Porém, quando ela acontece com frequência em situações naturais do dia a dia, como em encontros com amigos e reuniões de trabalho, por exemplo, a insegurança se torna uma condição psicológica que precisa de cuidado.
Pessoas inseguras têm medo de momentos do cotidiano porque se sentem vulneráveis e incapazes de vivenciá-los.
Abaixo, separamos uma lista com os principais sinais de insegurança para você ficar atento:
- Comparação frequente com os outros;
- Dificuldade em tomar decisões;
- Procrastinação constante;
- Postura defensiva e até agressiva;
- Busca constante por validação;
- Autocrítica excessiva;
- Medo do julgamento alheio;
- Sentimento de inferioridade;
- Ansiedade em interações sociais;
- Dificuldade em aceitar elogios;
- Necessidade de agradar os outros;
- Evitar desafios e novas experiências;
- Dependência emocional;
No dia a dia, a insegurança se traduz nesses e em diversos outros sinais. É importante ficar atento aos nossos comportamentos e crenças porque a percepção é o primeiro passo.
Se perceber como uma pessoa insegura não é um problema. O real problema é continuar na mesma situação sem buscar ajuda para melhorar a qualidade de vida e se tornar alguém mais forte.

Quais são as causas da insegurança?
Muitas coisas podem estar por trás da insegurança, mas a principal é a falta de autoestima.
Independente da causa, a baixa autoestima, falta de autoconfiança e uma autoimagem distorcida são sempre pontos em comum nas razões para o desenvolvimento da insegurança.
Pessoas que não se sentem bem consigo mesmas, não confiam em suas habilidades e não conseguem reconhecer suas qualidades de maneira clara tendem a ser inseguras. Por esse motivo, os tratamentos, mesmo que variados, focam na reafirmação e compreensão dessas características pessoais.
Embora conectadas por um fio condutor chamado falta de amor-próprio, a insegurança pode ter origens variadas, que incluem desde o tipo de criação e estilo de vida na infância até vivências traumáticas e/ou negativas na vida adulta. Suas principais causas incluem:
Experiências negativas na infância
A infância é uma etapa crucial do desenvolvimento da personalidade. As experiências que vivemos nesse período têm um impacto significativo, uma vez que ajudam a moldar nossa identidade, preferências e até mesmo os traumas que podem nos acompanhar ao longo da vida.
Episódios de rejeição familiar, bullying, críticas constantes ou falta de apoio durante a infância, podem levar a sensações de inadequação, medo de não ser aceito, sentimento de ser insuficiente e, é claro, contribuir para o desenvolvimento de insegurança emocional na vida adulta.
Traumas e perdas
Situações traumáticas, como a perda de um ente querido, abuso emocional, físico ou sexual, deixam cicatrizes profundas na autoestima e no senso de segurança de uma pessoa.
Uma perda significativa, como a morte de um familiar ou amigo próximo, pode desencadear uma profunda sensação de vazio e impotência, impactando diretamente a autoconfiança. A dificuldade em lidar com a dor e a sensação de que o mundo perdeu um ponto de apoio pode gerar um sentimento constante de insegurança.
Autocrítica excessiva
Como explicamos, a baixa autoestima está diretamente ligada ao desenvolvimento da insegurança. Por essa razão, atitudes e comportamentos que prejudicam o amor-próprio acabam contribuindo diretamente para a geração de insegurança.
A autocrítica excessiva é um comportamento que fere a forma como nos vemos. Ao se comparar e se criticar constantemente, passamos a acreditar que nunca somos bons o suficiente e que sempre há pessoas muito superiores a nós. Com isso, invalidamos conquistas e méritos importantes para a manutenção do amor-próprio.
Pessoas altamente críticas tendem a ser inseguras porque sempre estão em uma posição de inferioridade ao todo: nunca se é bom o bastante.
Términos de relacionamentos
Rompimentos sempre são difíceis. Se tratando de insegurança, os términos são ainda piores quando a decisão de acabar com tudo e seguir em frente parte do outro.
Geralmente, nesses casos, o que surge é um sentimento de rejeição. Uma das pessoas que você mais amava te comunica que não quer mais dividir a vida com você. Ouvir isso não é fácil e pode trazer diversas instabilidades emocionais. Uma delas, a insegurança.
Ainda sobre relacionamentos, além dos términos, algumas outras situações também podem despertar a insegurança, como em casos de infidelidade.
A traição pode resultar não apenas na perda de confiança no parceiro, mas também em uma perda de confiança em si mesmo. É comum que surjam sentimentos de inferioridade e insuficiência, acompanhados por pensamentos como “O que me faltou?” ou “Por que eu não fui o suficiente?”. Questionamentos assim podem abalar profundamente a autoestima da pessoa.
Distúrbios psicológicos adjacentes
A insegurança é um estado emocional que pode surgir também em decorrência de outros distúrbios psicológicos, como a ansiedade.
Pessoas ansiosas tendem a se preocupar mais com a opinião dos outros e estar com mais frequência em um estado de hipervigilância. Isso, somado a qualquer outro fator traumático, tende a gerar a insegurança.
Quais são os tipos de insegurança?
A insegurança pode se manifestar de diferentes formas na vida de uma pessoa. Assim, não é porque alguém é inseguro no trabalho, por exemplo, que sempre vai ter insegurança em seus relacionamentos.
Existem diferentes tipos de insegurança. Eles são influenciados pela forma como ela surge, quais momentos se apresenta e os motivos por trás dela.
Em geral, os principais tipos de insegurança são:
1. Insegurança Emocional
A insegurança emocional faz com que as pessoas se sintam insuficientes em seus gostos e indignas de amor ou amizades, por exemplo. É como se os outros sempre fossem mais divertidos, inteligentes e autênticos do que ela.
Pessoas inseguras emocionalmente tendem a se moldar e agir conforme o que se acredita que é o esperado delas, mesmo em situações que não exigem isso. Estão constantemente tentando agradar, muitas vezes ferindo seus próprios limites em prol do outro. Esse tipo de insegurança gera medo de rejeição, de não ser suficiente e, principalmente, de dizer “não”.
Uma pessoa com esse tipo de insegurança está sempre preocupada com a opinião alheia, evita ao máximo situações de conflito e tem dificuldades em lidar com críticas, já que interpreta os comentários que recebe como ataques. A pessoa insegura emocionalmente tem medo de tomar decisões importantes – e sempre que pode, as terceiriza -, tem medo de decepcionar os outros e vive com uma séria crise de identidade.
2. Insegurança Social
A insegurança social, como o próprio nome indica, surge em contextos que envolvem interação com outras pessoas. Quem enfrenta esse tipo de insegurança tende a se preocupar de forma excessiva com o que os outros dizem ou pensam sobre si em situações sociais.
É como se essa pessoa estivesse constantemente “no palco”. Esse tipo de insegurança faz com que as pessoas sintam que cada ação ou palavra estão sendo medidas e analisadas – mesmo em momentos em que elas tendem a passar despercebidas.
Nesse caso, a pessoa desenvolve uma percepção de si mesma onde ela é sempre inconveniente. Como esse sentimento surge em interações sociais, pessoas que vivem essa insegurança tendem a evitar encontros, reuniões e estar com outras pessoas, já que esses momentos podem gerar grandes crises de ansiedade.
No dia a dia, pessoas inseguras desse modo, tendem a falar pouco por medo de errar, revisam repetidamente suas mensagens antes de enviá-las e reavaliam constantemente o que disseram ou fizeram. Pessoas assim vivem com a sensação de que, a qualquer momento, podem passar vergonha ou serem rejeitadas de alguma forma.
3. Insegurança Profissional
Quando o assunto é insegurança profissional, o medo de não ser competente no trabalho ou de não atender às expectativas de chefes, líderes e liderados é o que prevalece.
Pessoas com esse tipo de insegurança geralmente evitam assumir novos desafios, temem pedir feedback e sempre se comparam com outros colegas.
Uma característica muito comum da insegurança profissional é a síndrome do impostor. Nela, a pessoa sempre se sente uma fraude. Mesmo quando faz boas entregas e tem bons resultados, ela atribui a qualidade do serviço a alguma outra condição – que não sua própria competência.
Se a apresentação ficou bonita e foi elogiada, ela não se sente merecedora do elogio porque usou um template. Se faz um atendimento que foi elogiado pelo chefe, a pessoa acredita que o mérito não foi dela, porque o cliente era muito gentil.
Na insegurança profissional, a pessoa não só pode se sentir uma fraude, mas vive em uma constante comparação com seus colegas e insegura de seus resultados. Sempre sente que pode ser demitida (mesmo sem ter indícios disso) e que não está fazendo um bom trabalho.
Essa insegurança pode gerar diversos problemas e distúrbios psicológicos que abordaremos nas próximas seções.
4. Insegurança Corporal
Pessoas inseguras com o próprio corpo estão sempre se comparando com os outros. Se sentem feias, muito mais gordas ou muito mais magras do que realmente são e buscam constantemente padrões de belezas irreais para si mesmas.
Esse tipo de insegurança cresceu muito com as redes sociais e são mais comuns em mulheres. Pessoas inseguras com o próprio corpo geralmente se comparam e se martirizam ao ver outros posando para fotos com o “corpo ideal” e na melhor posição possível.
Nesse caso, além de evitarem usar roupas específicas, essas pessoas também podem não gostar de tirar fotos ou, até mesmo, estar em situações de interação social.
5. Insegurança Afetiva
Viver em um constante estado de desconfiança de seu parceiro é um dos sinais de insegurança afetiva. Pessoas com esse tipo de insegurança acreditam que estão sendo traídas, enganadas e falsamente amadas.
Mesmo sem indícios de que algo esteja errado, esse tipo de insegurança pode gerar atritos, conflitos e brigas constantes nos relacionamentos. Diferentemente de outras formas de insegurança, nesse caso, os impactos não afetam apenas a pessoa insegura, mas também seu parceiro amoroso.
As acusações sobre infidelidade são constantes e desgastam o relacionamento, muitas vezes levando ao seu rompimento.
Se você se identifica com algum desses tipos de insegurança, é importante ficar atento. Essa condição não só prejudica a qualidade de vida das pessoas, como também pode ser causadora de diferentes tipos de transtorno psicológico.
Para diminuir a insegurança, a ajuda de um terapeuta é uma das melhores alternativas. Na Conexa Saúde, você consulta online e aproveita todos os benefícios da telemedicina.

A insegurança pode levar a algum transtorno?
A insegurança em si não é um transtorno psicológico. Na verdade, ela é um estado emocional onde a pessoa se sente insegura em determinadas situações ou períodos da vida.
Ninguém é 100% seguro o tempo todo. Certo nível de insegurança é comum e necessário. Porém, quando em graus elevados, esse sentimento pode levar a transtornos psicológicos seríssimos, como:
Burnout
Quando se trata de insegurança profissional, na tentativa de se provar e se sentir suficiente, a pessoa insegura pode passar a trabalhar excessivamente.Por ter dificuldade em dizer “não”, a pessoa insegura tende a realizar horas extras e assumir responsabilidades que não são suas, o que aumento o risco do surgimento do burnout.
Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)
Também conhecido como TOC, esse transtorno está associado à tentativa de sempre fazer tudo com perfeição – mesmo que isso não seja exigido e tampouco possível. Como sempre se sentem insuficientes, o TOC pode surgir em pessoas inseguras numa tentativa de se colocarem “à altura” dos outros.
Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)
A insegurança e a ansiedade frequentemente andam juntas, pois ambas envolvem preocupações com situações que estão fora do controle da pessoa. Em níveis mais sérios, crises de ansiedade podem se transformar em crises de pânico e impedirem a pessoa de viver sua vida com qualidade.
Transtornos alimentares
Principalmente em casos de insegurança corporal, os transtornos alimentares são consequências que podem surgir em pessoas inseguras.
Com problemas de distorção de imagem, essas pessoas tendem a se ver muito mais gordas ou magras do que realmente estão. Assim, passam a comer compulsivamente ou a não comer. Esses distúrbios alimentares são extremamente prejudiciais e perigosos à saúde e à vida.
Depressão
Os pensamentos negativos e depreciativos sobre si mesmo, em certo grau, podem levar até mesmo à depressão.
Por se sentirem constantemente inferiores, pessoas inseguras começam a se ver de maneira distorcida e negativa, acreditando que não são dignas. Esse ciclo de baixa autoestima pode se intensificar e, com o tempo, levar ao desenvolvimento de quadros depressivos.
Como vencer a insegurança?
Deixar para trás a insegurança exige atitude e mudança de comportamento. Não é possível vencê-la fazendo as mesmas coisas de sempre.
Como explicamos, o que está por trás da insegurança é a baixa autoestima. Por isso, para se tornar uma pessoa mais segura é preciso colocar em prática técnicas que aumentem o amor-próprio.
Para ser menos inseguro, então, atividades que estimulem o autoconhecimento, são fundamentais. Isso pode acontecer por meio de:
- Consultas com um profissional de saúde mental: elas ajudam a nortear a busca por si mesmo e colocar em prática atitudes mais confiantes;
- Práticas de mindfulness: com a prática da meditação, podemos reconhecer o momento presente, nossas emoções e sensações sem julgamentos;
- Gerenciamento no tempo de uso das redes sociais: principalmente no caso de insegurança corporal, gerenciar corretamente o tempo que se passa nas redes sociais, é uma das formas de como mulheres podem superar a insegurança, já que diminuir o uso, significa diminuir a comparação injusta e desnecessária com outros corpos;
- Atividades fora da zona de conforto: enfrentar medos e situações desafiadoras pode aumentar a confiança nas próprias habilidades.
Quando buscar apoio psicológico para a insegurança?
Explicamos que certo nível de insegurança no dia a dia é comum e até necessário. Ninguém é 100% seguro de si o tempo todo.
Porém, quando essa condição chega a certos estágios, é essencial buscar ajuda de um profissional. Portanto, considere procurar terapia, quando você:
- Evita sempre que pode interações sociais;
- Sente-se constantemente ansioso;
- Se sente inferior aos outros frequentemente;
- Deixa de fazer coisas por medo do julgamento alheio;
A terapia pode ajudar a acabar com crenças limitantes e oferecer estratégias para lidar de forma mais saudável com as situações que geram insegurança.
Na Conexa Saúde, você consegue escolher um dos profissionais que atendem online que mais combina com a sua necessidade, agenda a consulta em poucos minutos e é atendido logo em seguida.
A consulta online permite a agilidade no atendimento, essencial para quem sofre com a insegurança. Buscar apoio é um passo fundamental para viver de forma mais plena e segura de si.
Agende ainda hoje sua consulta online e coloque em primeiro lugar a sua saúde mental.

Revisado por:
Maike Batista
Psicólogo formado pela Faculdade União de Campo Mourão – UNICAMPO desde 2019 e hipnoterapeuta certificado pelo IMTA of Miami desde 2020. Tendo foco em demandas como ansiedade, distúrbios do sono, fortalecimento de autoestima e gerenciamento eficaz do estresse, atende adultos e idosos no Brasil e no mundo. Agende um horário comigo: https://zenklub.com.br/terapeutas/maike-batista-alves/