Icterícia: tudo o que você precisa saber!

A icterícia, conhecida também como “amarelão”, é uma condição caracterizada pelo amarelamento da pele, das mucosas e da parte branca dos olhos, resultado do acúmulo de bilirrubina no sangue.

Esse amarelamento pode ser causado por vários fatores, como problemas no fígado e obstrução das vias biliares, além do aumento da destruição dos glóbulos vermelhos no organismo. 

Compreender o que é icterícia e seus sintomas é fundamental para reconhecer a necessidade de buscar orientação médica, já que essa condição pode ser sinal de doenças, como hepatite, cálculos biliares ou hemólise.

Leia o nosso artigo e encontre tudo que você precisa saber sobre o que causa icterícia e quando ela é preocupante. Vem com a gente!

Tipos de icterícia

A icterícia é uma condição muito comum em recém-nascidos, mas também pode ser observada em adultos. Ela é classificada em diferentes tipos, dependendo da causa subjacente e da região onde acontece o processo do fígado de metabolizar e eliminar a bilirrubina.

Nesse sentido, há 3 tipos de icterícia, que são os seguintes:

  • Icterícia pré-hepática: ela acelera o processo de destruição das células sanguíneas, gerando um acúmulo elevado de bilirrubina nos tecidos do corpo antes de o sangue passar pelo fígado.
  • Icterícia hepática: essa condição ocorre quando o fígado não consegue manter a eficácia no processo de filtragem da bilirrubina presente no sangue, normalmente devido a doenças hepáticas.
  • Icterícia pós-hepática: ocorre quando a bilirrubina, que já foi filtrada pelo fígado, não é eliminada adequadamente por meio dos ductos biliares ou do sistema digestivo, por conta de obstruções ou bloqueios.

Principais causas da icterícia

Há alguns fatores que podem causar a icterícia em um indivíduo, sendo que suas causas podem variar conforme a faixa etária. Confira a seguir o que causa icterícia: 

Icterícia em recém-nascidos

A icterícia em recém-nascidos é muito comum e acontece por conta do aumento dos níveis de bilirrubina em bebês desta faixa etária. 

Isso porque, nos primeiros dias de vida, a produção de bilirrubina costuma ser elevada, já que os glóbulos vermelhos dos recém-nascidos possuem uma vida útil mais curta. 

Além disso, o fígado do bebê é imaturo, limitando a capacidade de processar e também de eliminar a bilirrubina de maneira eficaz. 

A icterícia neonatal, como também é chamada, pode ocorrer devido à baixa ingestão de leite materno, normalmente, nos primeiros dias de vida, o que compromete a eliminação da bilirrubina, 

Por outro lado, há ainda a icterícia do leite materno, que tende a aparecer após a primeira semana, provocada por componentes do leite que influenciam, de forma temporária, o processo de eliminação da bilirrubina.

Mesmo sendo uma condição benigna, é importante realizar o monitoramento dos níveis de bilirrubina, pois, em caso de resultados aumentados, essa condição pode acarretar toxicidade no sistema nervoso do bebê.

Outra condição que pode estar associada à bilirrubina é a Síndrome de Gilbert, uma alteração genética benigna que influência na forma como o fígado processa a bilirrubina. 

Icterícia em adultos

Já a icterícia em adultos está associada às mais diversas causas, dependendo do aumento nos níveis de bilirrubina direta e indireta. 

Nesse sentido, a elevação da bilirrubina direta costuma estar associada a danos no fígado ou obstrução das vias biliares, que pode ser causada por câncer no fígado, hepatites virais (A, B e C), hepatite alcoólica, hepatite medicamentosa e cirrose hepática.

No caso da elevação da bilirrubina indireta, essa condição pode estar relacionada a anemias hemolíticas, reações transfusionais e hemorragias internas ou grandes hematomas.

Sintomas da icterícia

Além da coloração amarelada da pele, mucosas e olhos, há ainda outros sintomas associados a esse quadro, como coceira, fadiga, fezes esbranquiçadas e alteração da cor da urina, que pode ficar mais escura. 

Ao apresentar esses sintomas, é importante buscar ajuda médica o mais rápido possível para evitar o agravamento da condição.

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Quando a icterícia é preocupante?

A icterícia se torna preocupante quando o indivíduo passa a apresentar outros sinais, como aumento acelerado do amarelamento, que pode indicar um descontrole elevado da bilirrubina, febre, vômitos, dor abdominal intensa ou fadiga.

Observe ainda alterações na urina e fezes, que costumam ser sintomas de obstruções biliares ou insuficiência hepática.

No caso de recém-nascidos, fique atento se a icterícia persistir mais do que duas semanas, pois isso pode sugerir doenças hepáticas.

Em todas as situações, a ajuda médica imediata é essencial para o diagnóstico precoce, evitando complicações.

Como diagnosticar a icterícia?

O diagnóstico desta condição deve ser feito por um médico, que pode ser um clínico geral ou um hepatologista, a partir de uma avaliação clínica detalhada, que envolve uma análise física dos sinais visíveis de icterícia, como o amarelamento da pele e dos olhos. 

Além disso, o especialista também pode solicitar exames de sangue para avaliar os níveis de bilirrubina no organismo, além de testes de urina, para verificar a existência da substância na urina. 

Exames de ultrassom podem ser necessários para observar o funcionamento do fígado ou de eventuais obstruções nas vias biliares.

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Quais são os riscos da icterícia?

Os níveis elevados de bilirrubina, por si só, não representam uma doença, já que essa alteração, na verdade, é um sinal de que há alguma condição subjacente que precisa de ser diagnosticada e tratada. 

Contudo, no caso de recém-nascido que apresenta um aumento de bilirrubina não conjugada nos primeiros 15 a 30 dias de vida deve ficar atento, pois essa condição está relacionada ao acúmulo da substância no organismo, que pode ser tóxica para o cérebro. 

Por isso, o monitoramento preciso dos níveis de bilirrubina nos primeiros 30 dias de vida é essencial, já que, após esse período, a barreira hematoencefálica do bebê já está mais estruturada, impedindo que a substância chegue ao cérebro.

Como tratar a icterícia?

O tratamento para icterícia envolve diferentes abordagens dependendo do grau da condição e da causa associada, sendo ajustado para quadros leves e graves. Confira os tipos de tratamentos disponíveis:

Fototerapia para recém-nascidos

Bebês recém-nascidos que apresentam um aumento dos níveis de bilirrubina podem ser submetidos a fototerapia, um procedimento que usa luz especial que torna a bilirrubina 

solúvel, o que possibilita que o organismo elimine essa substância pelas fezes e urina. 

Mudanças na alimentação e cuidados médicos

Para adultos com icterícia, mudanças na alimentação e cuidados médicos fazem parte do tratamento, como diminuir o consumo de álcool, adotar uma rotina de hidratação adequada e evitar alimentos gordurosos.

O incentivo ao aleitamento materno também é essencial para os bebês, pois isso ajuda no processo de eliminação de bilirrubina.

Tratamentos médicos e cirúrgicos

Dependendo do quadro e da causa associada, tratamento medicamentoso e intervenções cirúrgicas podem ser uma alternativa.

Pessoas que apresentam infecções, problemas metabólicos subjacentes ou doenças hepáticas recebem medicamentos para tratar a causa subjacente, como antibióticos e antivirais. 

Além disso, cirurgias podem ser indicadas em situações, como obstruções biliares Dependendo da gravidade e em casos de  insuficiência hepática severa, pode ser necessário a realização de um transplante de fígado.

Quando procurar um médico?

Reconhecer os sinais de icterícia é o primeiro passo para obter um diagnóstico precoce e iniciar um tratamento eficaz e adequado o mais rápido possível. 

Sendo assim, fique alerta para sinais, como o agravamento do “amarelão”, presença de sintomas como febre alta, dor abdominal intensa, perda de apetite, confusão ou sonolência excessiva, vômitos e fadiga, além de alterações na urina e fezes.

Somado a isso, se a icterícia em recém-nascidos persistir por mais de duas semanas, procure ajuda médica imediatamente. 

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