Certamente, em algum momento, você já ouviu falar sobre os “hormônios da felicidade”? Trata-se de diferentes substâncias, chamadas de neurotransmissores, liberadas pelo cérebro e que desencadeiam uma sensação de prazer e bem-estar.
Além de fazer a regulação do humor, os hormônios da felicidade influenciam em outros aspectos, como o apetite, o sono e até a capacidade de concentração.
Isso acontece porque essas substâncias são responsáveis pela troca de sinais entre os neurônios, provocando sensações agradáveis no indivíduo quando liberadas no organismo.
Que tal conhecer mais sobre os hormônios da felicidade, como aumentá-los e quais os principais? Leia o nosso artigo!
Quais são os hormônios da felicidade e por que recebem esse nome?
Existem, basicamente, quatro hormônios da felicidade: dopamina, serotonina, endorfina e oxitocina que, na verdade, são neurotransmissores, substâncias químicas liberadas de maneira natural pelo cérebro.
Cada neurotransmissor possui funções específicas e importantíssimas na interação entre as células nervosas, promovendo a sensação de bem-estar emocional e físico, além de impactar na regulação do humor, do sono, da concentração e das emoções.
Isso acontece porque essas substâncias participam de diferentes processos cerebrais e corporais que, juntas, proporcionam uma experiência mais equilibrada de tranquilidade.
Qual o papel dos neurotransmissores da felicidade no corpo?
Os neurotransmissores da felicidade têm um papel fundamental no organismo. Isso acontece porque essas substâncias químicas são responsáveis pela comunicação entre as células nervosas, influenciando o humor, a motivação, além de trazer uma sensação de recompensa e ajudar no alívio da dor.
Vamos entender a seguir como os hormônios da felicidade se relacionam e como cada substância influencia nas sensações do indivíduo. Confira!
Dopamina
Uma dessas substâncias é chamada de dopamina, um neurotransmissor que tem papel importante no sistema de recompensa do cérebro.
Dessa forma, ao ser liberada no organismo quando realizamos atividades prazerosas ou alcançamos um objetivo, ela traz sensações variadas, como motivação, satisfação e prazer.
Quando os níveis de dopamina estão equilibrados, a pessoa pode experimentar uma sensação permanente de bem-estar no dia a dia.
Contudo, a deficiência desse hormônio da felicidade pode provocar sensações como cansaço, falta de motivação e desinteresse por atividades que, anteriormente, davam prazer.
Em contrapartida, a dopamina em excesso pode desencadear comportamentos impulsivos, vícios e transtornos como esquizofrenia.
Para manter essa substância equilibrada, o ideal é praticar exercícios físicos regulares, ter uma alimentação saudável e realizar atividades prazerosas, promovendo um estado mental mais positivo e motivado.
Serotonina
A serotonina é um hormônio da felicidade que regula diferentes funções corporais, que incluem o humor, o sono, o apetite e a digestão, atuando como um estabilizador natural do humor, proporcionando sensações de tranquilidade e bem-estar.
Ela também tem um papel importante no ciclo do sono, contribuindo para a regulação dos horários de descanso.
Pessoas que têm baixos níveis de serotonina são mais propensas a desenvolver condições, como ansiedade, depressão e distúrbios de humor.
Além disso, a deficiência desse hormônio pode desencadear também condições, como tristeza, irritabilidade, insônia e comportamentos compulsivos.
Para estimular a produção da serotonina, é importante praticar atividades físicas, manter uma alimentação rica em triptofano, como ovos, queijos e carnes magras, e manter uma rotina de exposição solar.
Endorfina
Considerada um hormônio da felicidade, a endorfina é um analgésico natural do corpo, atuando no alívio da dor e na promoção da sensação de euforia.
Essa substância é liberada no organismo em resposta a diferentes ações e atividades que geram prazer, como exercício físico, consumo de determinados alimentos, como chocolate.
Além disso, a endorfina é uma neurotransmissor capaz de melhorar o humor, reduzir o estresse e proporcionar uma sensação de bem-estar.
Oxitocina
Já a oxitocina também é um hormônio da felicidade, mas é popularmente conhecida como hormônio do amor, sendo liberada no organismo a partir de relações sexuais, cuidados com outras pessoas, como bebês, e interações sociais prazeoras.
Dessa forma, essa substância é responsável por fortalecer as emoções, promovendo sentimentos de confiança, conexão e bem-estar.
Ela também tem atuação na criação de laços afetivos, como amizades e relacionamentos, além de auxiliar na redução do estresse e na promoção da sensação de segurança e pertencimento.
Como aumentar os níveis desses hormônios da felicidade no corpo?
Há muitas maneiras de aumentar os níveis dos hormônios da felicidade do corpo, permitindo que você usufrua de todas as boas sensações promovidas por essas substâncias, tanto fisicamente quanto emocionalmente.
Listamos as melhores práticas para o melhorar o humor e o bem-estar geral, promovendo uma rotina muito mais satisfatória e feliz. Confira:
Luz do sol
A exposição à luz do sol de maneira adequada pode trazer muitos benefícios para as pessoas, além de ser um importante estimulador do hormônio da felicidade.
Isso porque, o sol estimula a produção de vitamina D e também da serotonina, que influenciam o humor e também ajudam a reduzir os sintomas de depressão.
Somado a isso, a luz solar também atua na regulação do ritmo circadiano, contribuindo para um sono mais tranquilo e equilibrado.
Mas lembre-se que a exposição ao sol deve ser feita pela manhã ou no fim de tarde, evitando horários em que a incidência solar é forte e prejudicial.
Exercícios físicos
Quem nunca ouviu falar sobre aquela sensação de felicidade após um treino? Isso não é por acaso: a prática de exercícios físicos regulares aumenta a produção dos hormônios da felicidade, como a endorfina, dopamina e serotonina.
Com isso, após a realização da atividade física, as pessoas têm aquela sensação de bem-estar, alívio do estresse e melhoria do humor.
Muito mais do que fortalecer o corpo, o exercício físico contribui para a saúde mental, melhorando o estado emocional geral.
Alimentação saudável ou de conforto
A adoção de uma alimentação saudável ou de conforto tem papel importantíssimo na produção dos hormônios da felicidade, como a serotonina e dopamina,
Isso acontece porque alimentos saudáveis e ricos em vitaminas e nutrientes auxiliam na regulação do humor, proporcionando o bem-estar a longo prazo, energia e estabilidade emocional.
Atividades prazerosas
Para melhorar a produção dos hormônios da felicidade, as atividades prazerosas são grandes aliadas.
Isso porque, ao fazer alguma ação que gera prazer, o cérebro libera substâncias como a dopamina e endorfina, que promovem uma sensação de satisfação, diminuindo o estresse e contribuindo para uma sensação de bem-estar e equilíbrio emocional.
Relações sexuais
As relações sexuais também aumentam os níveis dos hormonios da felicidades, já que elas liberam neurotransmissores, como a oxitocina, dopamina e a endorfina, que reforçam e também criam laços emocionais.
Dessa forma, nesses momentos, o indivíduo experimenta sentimentos de felicidade e satisfação, fortalecendo conexões afetivas, além ter uma melhora no humor.
Ouvir música
A música pode despertar diversas sensações, incluindo a felicidade. Por isso, essa prática também é capaz de aumentar os níveis de dopamina e endorfina, proporcionando diversas sensações, como prazer, relaxamento e melhoria do humor.
E a vantagem é que a música é democrática. É possível ouvir sons mais tranquilos para aliviar o estresse ou mesmo canções mais animadas para elevar a energia e os níveis de motivação.
Meditação
A meditação é uma ferramenta poderosa para reduzir o estresse, além de promover uma sensação de tranquilidade e paz.
Ao realizar essa prática regularmente, é possível desenvolver um estado emocional equilibrado, o que proporciona um bem-estar geral contínuo.
Boa qualidade de sono
Um sono de qualidade também eleva os níveis dos hormônios da felicidade, como serotonina e dopamina.
Lembre-se que um sono inadequado pode resultar em desequilíbrios emocionais, influenciando negativamente no humor e no bem-estar.
Por isso, ter um sono reparador é prioridade para manter o equilíbrio emocional e mental.
Me sinto infeliz com muita frequência, o que pode ser?
A ausência de felicidade de forma frequente pode estar relacionada a uma série de fatores, tanto físicos quanto emocionais.
Um dos motivos são os possíveis desequilíbrios hormonais, como baixos níveis de serotonina ou dopamina, que impactam negativamente nos níveis de humor e no bem-estar.
Nesse caso, pessoas que não praticam atividades prazerosas ou de socialização tendem a sentir essa sensação de infelicidade e insatisfação.
Outra razão está associada ao estresse crônico, uma condição que prejudica o corpo e a mente, uma vez que as pessoas ficam mais vulneráveis a sentimentos, como tristeza e ansiedade.
Além disso, pessoas que têm determinadas condições psicológicas, como depressão ou transtornos de ansiedade podem ter essa sensação de infelicidade de maneira recorrente.
Problemas pontuais, como alimentação inadequada, sono irregular, questões pessoais e falta de atividade física também são fatores que podem gerar essa sensação de infelicidade.
Lembre-se que a ausência de felicidade frequente pode ser sinal de que há um desequilíbrio no corpo ou na mente. Sendo assim, o ideal é buscar ajuda profissional para obter a orientação adequada e, se necessário, passar por um tratamento especializado.
Quando buscar ajuda profissional para me sentir melhor?
A busca por um profissional especializado, como psicólogos ou psiquiatras, pode ser necessário quando esses sentimentos e sensações de infelicidade são persistentes e prolongados.
Se além da infelicidade, você observar sinais de ansiedade e depressão, não exite em procurar ajuda especializada para, assim, identificar a causa e tratar o problema, melhorando sua qualidade de vida e bem-estar.
Se você ou alguém que conhece apresenta infelicidade frequente, conte com o apoio da Conexa Saúde.
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Créditos da imagem: svetikd em iStock
Revisado por:
Rafael Leite Aguilar
Pós graduando em gestão de saúde pela FGV. Atua como Rotina Médica no Pronto Atendimento Conexa Saúde. CRM-ES 18586.