Home office pós pandemia em grandes empresas

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Apesar de muitas empresas já estarem caminhando para o home office quando a pandemia começou no ano passado, não há como negar que ela incentivou o crescimento desse regime de trabalho no Brasil e no mundo.

Mas daqui para frente, enquanto ela não acabar, a tendência é que as organizações se ajustem ao cenário da saúde e a partir dele definam o regime de trabalho, dependendo da necessidade ou não de medidas mais restritivas.

Essa decisão vai depender tanto de uma visão macro, observando a situação epidemiológica, tipo de trabalho e orientações sanitárias, mas também levando em consideração a realidade de cada organização para a tomada dessa decisão.

Quer saber como vai ficar o regime de trabalho daqui para frente? Então continue a leitura, conheça as opções disponíveis e veja em qual você ou sua empresa se encaixam melhor.

O boom do home office

O teletrabalho foi a alternativa de muitas empresas para continuar operando no ano passado. Uma saída para manter a receita, empregos e garantir o isolamento social tão importante para conter o avanço da doença.

Mas nem todos os setores da economia puderam se valer dessa opção, até pela própria natureza do trabalho, já que alguns exigem a presença do trabalhador.

Essa realidade está explícita em estudo do IBGE. Apenas 7,9 milhões de pessoas trabalham em casa, 10% da população economicamente ativa, diz a Pnad Covid-19 feita pelo IBGE (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Mudança repentina

Assim como a Fundação Instituto de Administração comprovou que a mudança repentina na forma de trabalho, ao mesmo tempo em que representou esperança para empresas e trabalhadores na crise, também trouxe problemas.

Os dados mostram que 67% delas tiveram dificuldades em aderir a esse sistema. Mesmo assim 94% declararam que o trabalho remoto superou as expectativas. Apesar de que 75% disse que não pretende mantê-lo no pós-pandemia.

A pesquisa Gestão de Pessoas na Crise da COVID-19 ouviu representantes de 139 organizações de todo Brasil.

Realidades distintas

Os números são apenas um recorte que mostra o comportamento delas diante do modelo de teletrabalho. Mas temos que atentar que, apesar das dificuldades, o trabalho remoto superou as expectativas.

Isso significa que cada organização vai buscar soluções que tenham maior custo benefício, de acordo com sua atuação.

Temos vários exemplos de sucesso que devem se estender, podendo até mudar de forma permanente para o home office. Entre esses exemplos estão multinacionais de tecnologia como: Google, Facebook e Microsoft, que estenderam este tipo regime até este ano. Mas também outras que o definiram setores específicos como a Heineken, cujos escritórios serão remotos para sempre.

Híbrido

Por esse raciocínio, algumas empresas também estão experimentando o modelo de trabalho híbrido, em que são alternados dias de escritório e de home office, de acordo com a necessidade e realidade sanitária de onde estão localizadas.

Essa também é uma tendência forte no pós-pandemia, mas que se for confirmada, ainda precisa de ajustes culturais, e principalmente tecnológicos, não só por parte das empresas, mas também pelos trabalhadores.

Observando ainda que, tanto o sistema home office, como o híbrido não se encaixam em alguns setores, devido a necessidade da presença dos funcionários, como em caso de operação de máquinas e em alguns atendimentos, por exemplo.

Vantagens

Como em toda forma de trabalho, há prós e contras em todos os aspectos. Veja alguns deles:

Home office x Híbrido

  • Nas duas modalidades empresas se favorecem da economia de custos com insumos, contas regulares, pessoal, mas elas também podem acabar por dificultar a gestão à distância. A diferença é que há mais controle no segundo e mais economia no primeiro;
  • Funcionários também economizam nos dois modelos, com redução de gastos com transporte, alimentação, mas podem ter dificuldades com a adequação digital. Podem manter o emprego, porém correm o risco do aumento da jornada.

Relação de trabalho

No meio da mudança é preciso ter bem definido os direitos e deveres da empresa e dos trabalhadores para evitar problemas para ambos, fazendo revisões de relações e contratos, caso seja necessário.

Lembrando que. não será apenas a forma de executar uma atividade que vai mudar, mas todo um arcabouço que envolve tudo nessa relação, desde o clima organizacional até mesmo a prevenção e promoção da saúde

É preciso observar que a mudança envolve uma série de ações que passam ainda pela estrutura de trabalho, suporte de saúde, mas também pela legislação, que deve amparar os dois lados.

De qualquer forma, a tendência é que mais empresas escolham o home office ou trabalho híbrido, dependendo da condição epidemiológica da sua localização e da própria evolução e adequação dessas relações à atualidade.

Pra você, qual modelo de trabalho é melhor para o momento atual?

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