A gripe, também conhecida como Influenza, é uma infecção viral respiratória bastante comum e que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo anualmente.
Causada por diferentes tipos de vírus influenza – incluindo os tipos A, B e C –, a gripe apresenta uma variedade de manifestações clínicas, que vão desde sintomas leves, como febre e dores musculares, até complicações graves que podem levar à hospitalização.
A transmissão ocorre principalmente por meio de gotículas respiratórias expelidas durante a tosse ou espirro de uma pessoa infectada.
Neste artigo, veremos os diferentes tipos de vírus influenza, suas causas e os sintomas associados, proporcionando uma visão abrangente sobre essa doença sazonal comum, mas potencialmente perigosa.
O que é gripe?
A gripe é uma infecção respiratória aguda causada por vírus influenza. Altamente contagiosa, se espalha facilmente por meio de gotículas respiratórias expelidas por pessoas infectadas quando tossem, espirram ou falam.
Seus principais sintomas podem incluir febre alta, dores musculares, dor de cabeça, cansaço, tosse seca, dor de garganta e congestão nasal.
A gravidade da doença pode variar desde casos leves, que se resolvem sem intervenção médica, até formas severas, que podem levar a complicações graves, como pneumonia, especialmente em populações vulneráveis, como idosos, crianças pequenas e pessoas com doenças crônicas.
A gripe sazonal ocorre predominantemente durante os meses de inverno e a vacinação anual é a medida preventiva mais eficaz para reduzir a incidência e a gravidade da doença.
Quais são os tipos conhecidos de gripe?
Existem quatro tipos principais de vírus influenza:
- Vírus Influenza A: o tipo mais comum de vírus influenza. É encontrado em várias espécies de animais como os suínos, cavalos, mamíferos, marinho, aves, além dos seres humanos.
- Vírus Influenza B: segundo tipo mais comum de vírus influenza, também causa epidemias sazonais de gripe, mas geralmente é menos grave que o vírus influenza A, infectando exclusivamente os seres humanos e não são classificados em subtipos.
- Vírus Influenza C: causa doenças leves no trato respiratório superior, podendo infectar humanos e suínos, não sendo responsável por desenvolver epidemias ou pandemias.
- Vírus Influenza D: é o tipo menos comum de vírus e foi isolado em suínos e bovinos, não sendo conhecido por infectar e causar doença em humanos, mas, caso seja detectado, pode levar a doenças graves.
Quais são as principais causas da gripe?
A gripe é causada por vírus influenza, que se espalham facilmente de pessoa para pessoa por meio de gotículas respiratórias expelidas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala.
Essas gotículas podem pousar na boca ou nariz de pessoas próximas, ou serem inaladas em seus pulmões.
O vírus também pode se espalhar ao tocar em superfícies contaminadas e depois tocar no rosto.
Como a gripe é transmitida?
A gripe se transmite facilmente de pessoa para pessoa por meio de gotículas respiratórias expelidas quando alguém infectado tosse, espirra ou fala. Essas gotículas podem:
- Atingir a boca ou nariz de pessoas próximas: ao respirar ou falar próximo a alguém gripado, pode-se inalar as gotículas contendo o vírus;
- Ser inaladas em seus pulmões: ao tossir ou espirrar sem cobrir a boca e o nariz, propaga-se o vírus no ar, que pode ser inalado por outras pessoas;
- Contaminar superfícies: as gotículas podem pousar em superfícies como mesas, maçanetas, teclados e telefones. Ao tocar nessas superfícies e depois levar a mão ao rosto, boca ou nariz, pode-se infectar.
Devemos levar em consideração, também, os fatores que levam ao aumento do risco de transmissão, como:
- Contato próximo;
- Aglomerações;
- Falta de higiene;
- Populações vulneráveis (crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas).
Quando é mais comum contrair gripe?
A gripe é mais comum durante os meses mais frios e secos do ano, isso significa que a temporada de gripe geralmente ocorre entre maio e setembro, com pico nos meses de julho e agosto.
Alguns dos fatores que contribuem para o aumento de casos nessa época são a melhor adaptação do vírus influenza em ambientes frios e secos e ressecamento das mucosas do nariz e da garganta, facilitando a entrada do vírus no organismo.
Outra questão, também, é que as pessoas tendem a passar mais tempo em ambientes fechados durante o inverno, o que aumenta o contato próximo e a propagação do vírus.
É importante lembrar que a gripe pode ocorrer em qualquer época do ano, devido à imunidade baixa, por isso, a vigilância e as medidas de prevenção devem ser mantidas durante todo o ano.
No geral, quais os sintomas comuns da Gripe?
Os sintomas da gripe variam de pessoa para pessoa, mas geralmente os mais comuns incluem:
- Febre;
- Tosse;
- Coriza;
- Dores musculares e corporais;
- Dor de garganta;
- Dor de cabeça;
- Cansaço.
Por isso, é fundamental procurar o médico ao surgir os primeiros sintomas e não se automedicar. O profissional saberá te orientar da melhor maneira, indicar o tratamento correto e principalmente a medicação adequada para tratar o seu caso.
Qual a diferença entre gripe e resfriado comum?
Embora a gripe e o resfriado comum sejam ambas infecções respiratórias, elas são causadas por diferentes vírus e apresentam características distintas. A gripe, causada pelos vírus influenza, tende a ser mais grave e apresentar sintomas mais intensos e súbitos.
Os sintomas típicos da gripe incluem febre alta, dores musculares intensas, fadiga significativa, dor de cabeça, tosse seca, dor de garganta e, em alguns casos, congestão nasal.
Além disso, a gripe pode levar a complicações sérias, como a pneumonia, especialmente em grupos de risco como idosos, crianças pequenas e pessoas com condições de saúde crônicas.
Por outro lado, o resfriado comum é geralmente causado por outros tipos de vírus, como os rinovírus. Os sintomas do resfriado são mais leves e desenvolvem-se de forma mais gradual.
Estes incluem coriza, espirros, congestão nasal, tosse leve, dor de garganta e, ocasionalmente, febre baixa. O resfriado comum raramente resulta em complicações graves e os sintomas costumam resolver-se em poucos dias a uma semana.
A principal diferença entre gripe e resfriado está na gravidade e na intensidade dos sintomas. Enquanto a gripe pode deixar a pessoa incapacitada, precisando de afastamento do trabalho e requerer repouso prolongado, o resfriado comum, embora incômodo, geralmente permite que a pessoa continue com suas atividades diárias.
Existem grupos mais suscetíveis à gripe?
Sim, porém é importante ressaltar que qualquer pessoa pode contrair gripe e apresentar complicações, por isso, a prevenção por meio da vacinação e medidas de higiene é fundamental para todos.
No entanto, existem grupos de pessoas que apresentam maior risco de desenvolver complicações graves da gripe, como:
- Crianças menores de 5 anos: por estarem em desenvolvimento e seu sistema imunológico ainda não está maduro o suficiente para combater o vírus da gripe de forma eficaz, além de suas vias respiratórias serem menores e mais propensas a obstruções devido ao muco;
- Idosos com 60 anos ou mais: o sistema imunológico tende a enfraquecer com a idade, tornando os idosos mais suscetíveis à gripe e a suas complicações;
- Gestantes e puérperas: devido às alterações fisiológicas durante a gravidez e após o parto, podem deixar as mulheres mais vulneráveis a essa condição;
- Pessoas com doenças crônicas: doenças crônicas como diabetes, asma, doenças cardíacas, doenças renais, doenças neurológicas e doenças hematológicas, deixam a pessoa com o sistema imunológico comprometido, o que os coloca em maior risco de complicações graves da gripe;
- Pessoas com imunossupressão: aqueles que fazem uso de medicamentos imunossupressores ou que possuem doenças que comprometem o sistema imunológico, como HIV/AIDS e câncer, também estão em maior risco;
- Indivíduos com doenças neuromusculares e deformidades craniofaciais: essas condições podem dificultar a expectoração de secreções respiratórias, aumentando o risco de pneumonia e outras complicações da gripe.
Como ocorre o diagnóstico da gripe?
O diagnóstico da gripe pode ser feito de diferentes maneiras, mas os métodos mais comuns são através da avaliação clínica, identificando os sintomas do paciente, seu histórico médico e seus fatores de risco.
O médico poderá solicitar exames complementares como o teste rápido de influenza feito com amostra de secreção nasal ou o o RT-PCR (Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real), que também é realizado com uma amostra de secreção nasal ou da garganta.
Em alguns casos, exames de sangue também podem ser solicitados para avaliar a resposta do sistema imunológico à infecção. Especialistas como clínico geral, pediatra, pneumologista ou infectologista, podem ser procurados para tratar o quadro de gripe.
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Tratamento da gripe: como iniciar?
O tratamento da gripe tem como objetivo aliviar os sintomas, reduzir o tempo de duração da doença, além de prevenir complicações. Porém, geralmente a gripe pode ser tratada em casa com medidas simples:
- Faça repouso: permitir que seu corpo se recupere da infecção;
- Mantenha-se hidratado: ajuda a eliminar as toxinas do corpo, facilitando na recuperação;
- Alimente-se de maneira saudável: mantenha uma alimentação leve e nutritiva, rica em frutas, verduras, legumes e proteínas. Evite alimentos gordurosos, processados e com muito açúcar.
- Medicação: podem ser prescritos medicamento para aliviar os sintomas, como:
- Medicamentos para reduzir a febre e aliviar dores musculares e de cabeça;
- Descongestionantes nasais, para desobstruir as vias nasais e aliviar a congestão nasal;
- Pastilhas ou spray para garganta, para aliviar a dor de garganta.
- Soro fisiológico: para lavar as narinas e remover o muco, especialmente em crianças pequenas.
Em alguns casos, o médico pode prescrever medicamentos antivirais. Por isso, é importante consultá-lo para saber qual tratamento é o mais adequado para o seu caso. Não se automedique, especialmente se você estiver grávida, amamentando ou tomando outros medicamentos.
Prevenção contra a gripe: quais são as principais medidas?
A prevenção contra a gripe envolve uma combinação de medidas que podem reduzir significativamente o risco de infecção e disseminação do vírus influenza. A vacinação anual é a medida mais eficaz para prevenir a infecção.
A vacina é atualizada anualmente para refletir as cepas do vírus que estão em circulação, e é recomendada especialmente para grupos de risco, como idosos, crianças pequenas, grávidas e pessoas com condições de saúde crônicas.
Por isso, é muito importante se manter atualizado enquanto as campanhas de vacinação promovidas pelo Ministério da Saúde e Secretária de Saúde de estados.
Além das vacinas, é preciso também manter uma boa higiene lavando as mãos com frequência e utilizando álcool gel.
Cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel ou com o braço (nunca com as mãos) ao tossir ou espirrar ajuda a impedir a disseminação das gotículas respiratórias que podem conter o vírus.
Manter distância de pessoas que estão doentes e evitar locais muito aglomerados durante a temporada de gripe ajuda a reduzir o risco de infecção.
Busque manter as superfícies tocadas com frequência, como maçanetas, interruptores de luz, telefones e teclados, limpas e desinfectadas.
Por fim, opte por um estilo de vida mais saudável, pratique exercícios, tenha uma alimentação equilibrada, procure dormir ao menos 8 horas por noite. Essas atitudes contribuem para manter um sistema imunológico forte.
Quando devo procurar um médico por causa da gripe?
Embora a maioria dos casos de gripe possa ser tratada em casa com repouso, hidratação e medicamentos para aliviar os sintomas, há situações em que é fundamental procurar atendimento médico.
É importante reconhecer os sinais de alerta que indicam a necessidade de uma avaliação médica para evitar essas complicações mais graves, como:
- Sinais de desidratação, como boca seca, urina escura ou pouca quantidade de urina;
- Dificuldade para respirar;
- Possuir doenças crônicas como diabetes, asma ou doenças cardíacas;
- Febre alta (acima de 38 °C) que não cede com medicamentos sem receita;
- Ter um sistema imunológico enfraquecido;
- Dor no peito;
- Dor de ouvido intensa ou secreção purulenta saindo dos ouvidos;
- Tontura ou desmaios;
- Estar grávida ou amamentando;
- Seus sintomas pioram após alguns dias ou não melhoram em uma semana;
- Tem alterações neurológicas, como confusão, convulsões ou perda de consciência.
Por mais que os sintomas possam ser leves, é importante buscar avaliação médica, principalmente se você faz parte de algum grupo de risco.
Os benefícios da telemedicina podem ser uma alternativa prática e acessível para o acompanhamento médico da gripe. Por meio de consultas online, você pode ter acesso a um profissional de saúde qualificado, sem precisar se deslocar até um consultório médico.
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Créditos da imagem: Choreograph em iStock
Revisado por:
Juliana Seixas
Especialista em Medicina de Família pela UERJ. Médica do Trabalho pela Funorte. Pós graduanda em gestão de saúde pela FGV. CREMERJ 52981249.