A frequência respiratória é o indicador do número de vezes que uma pessoa respira por minuto. Uma frequência respiratória fora dos padrões pode indicar problemas de saúde, como doenças pulmonares ou até condições cardíacas
Ele é muito importante porque diz muito sobre a saúde do sistema respiratório e do corpo como um todo..
A medição da frequência respiratória é feita com a observação dos movimentos do tórax. Os níveis padrões do indicador variam de acordo com a idade, e é essencial saber qual é a faixa considerada saudável para cada grupo etário.
Para entender melhor o que é, quais os níveis esperados de uma frequência respiratória normal, como medir e descobrir quando é preciso procurar um médico por causa da frequência respiratória, é só continuar a leitura!.
Frequência respiratória normal por faixa etária
A frequência respiratória varia de acordo com a idade, e entender esses padrões pode ajudar a identificar possíveis problemas.
Quando a respiração está mais rápida do que o normal, chamamos isso de taquipneia, e quando está mais lenta, de bradipneia. Os dois casos podem ser sinais de alerta para doenças ou condições que afetam o sistema respiratório.
A tabela abaixo mostra a faixa de frequência respiratória normal para cada grupo etário, além dos valores que indicam taquipnéia (respiração acelerada) e bradipnéia (respiração mais lenta).
A frequência respiratória é medida por incursões respiratórias por minuto, IRPM. Isso se refere a quantidade de vezes que uma pessoa respira por minuto.
Faixa etária | Frequência respiratória normal | Taquipneia | Bradipneia |
Recém-nascidos (1 a 12 meses) | 30 a 53 ipm | Maior que 60 ipm | Menor que 30 ipm |
1 a 2 anos | 22 a 35 ipm | Maior que 40 ipm | Menor que 22 ipm |
3 a 5 anos | 20 a 28 ipm | Maior que 40 ipm | Menor que 20 ipm |
6 a 12 anos | 18 a 25 ipm | Maior que 30 ipm | Menor que 18 ipm |
13 a 18 | 12 a 16 ipm | Maior que 20 ipm | Menor que 12 ipm |
Adultos | 12 a 20 ipm | Maior que 25 ipm | Menor que 12 ipm |
Adultos com mais de 40 anos | 16 a 25 ipm | Maior que 25 ipm | Menor que 12 ipm |
Esses valores servem como referência, mas cada pessoa pode apresentar pequenas variações. O importante é ficar atento a mudanças bruscas ou persistentes no padrão da respiração.
Se você notar que sua frequência respiratória ou a de alguém está fora dessas faixas, é essencial procurar um médico imediatamente. A consulta é importante para entender as causas da variação e iniciar o tratamento adequado.
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Como medir a frequência respiratória?
Medir a frequência respiratória é um processo simples, que pode ser feito mesmo em casa. No entanto, ele requer bastante atenção.
A frequência respiratória é o número de vezes que uma pessoa respira em um minuto. Por isso, a medição desse indicador é justamente observar a quantidade de vezes que uma pessoa respira. É preciso, então, observar o movimento do tórax. Existem hospitais, por exemplo, que, ao medir a frequência respiratória do paciente na triagem, não contam a eles que ela está sendo verificada. Isso acontece porque, inconscientemente, alteramos o nosso padrão respiratório. Ao saber que uma pessoa vai olhar o seu jeito de caminhar, você instantaneamente presta mais atenção nos seus passos. Com a respiração, acontece da mesma forma.
Aqui vai um passo a passo de como medir a frequência respiratória:
1. Escolha um ambiente tranquilo
A pessoa que terá os valores medidos precisa estar em repouso e em um ambiente tranquilo. Isso porque, estresse ou atividade física pode acelerar a respiração.
2. Posição adequada
O paciente precisa estar sentado ou deitado em uma posição confortável. Isso ajuda a manter o corpo em estado de repouso.
Se estiver sentado, é importante manter as costas apoiadas e os pés no chão.
3. Observe o movimento do tórax
Ao respirar, o tórax ou o abdômen da pessoa sobe e desce. Esse movimento indica a entrada e saída de ar dos pulmões.
4. Cronometre
Com um cronômetro ou relógio, conte quantas vezes o tórax ou o abdômen sobe (uma inspiração) e desce (uma expiração) dentro de 60 segundos.
Cada ciclo completo - onde o abdome sobe e desce - é uma respiração.
5. Anote o valor e repita caso necessário
Ao final dos 60 segundos anote o número de respirações. Esse número é a frequência respiratória da pessoa. Se estiver fora do esperado, aguarde alguns minutos e repita a medição para confirmar o valor.
Causas de alterações na frequência respiratória
A frequência respiratória anormal pode variar por diferentes motivos, e nem sempre está relacionada a problemas graves de saúde.
Entretanto, identificar as causas das alterações é fundamental para entender se é preciso procurar um médico para investigar possíveis problemas ou não.
No geral, a nossa frequência respiratória muda muito durante o dia. Porém, além de atividades que são saudáveis, como exercícios físicos, existem outras causas possíveis que geram alteração.
Estresse e ansiedade
Situações de estresse podem aumentar a frequência respiratória. Isso porque, nesses momentos, nosso corpo entra em um estado de alerta.
Assim, o organismo libera hormônios como a adrenalina e o cortisol, que preparam o nosso corpo para uma ameaça - mesmo que, nesse caso, seja inexistente. O processo aumenta a nossa frequência cardíaca, contrai os vasos sanguíneos e eleva a pressão arterial.
Febre
Em caso de febre, nosso corpo também pode aumentar a frequência respiratória. Nesse caso, os níveis elevados de ventilação ocorrem como uma resposta fisiológica a algum problema e há também o aumento da frequência respiratória.
Infecções respiratórias
A ocorrência de infecções respiratórias também pode aumentar os níveis da nossa respiração. Condições como pneumonia, bronquite e gripe podem dificultar a troca de gases nos pulmões. Isso aumenta a necessidade de respiração mais rápida.
Desidratação
A desidratação pode afetar a frequência respiratória porque a falta de líquidos no corpo interfere em várias funções fisiológicas essenciais, incluindo a respiração.
Quando o corpo está desidratado, ele tenta ajustar a respiração para manter o equilíbrio de oxigênio e dióxido de carbono, o que pode resultar em uma frequência respiratória alterada.
Uso de medicamentos
O uso de certos medicamentos pode alterar a frequência respiratória Isso porque, muitos deles afetam diretamente o sistema nervoso central, o sistema cardiovascular ou as funções musculares, incluindo os músculos responsáveis pela respiração.
Sedativos, por exemplo, diminuem o ritmo das incursões e geralmente deixam a frequência cardíaca baixa.
Problemas cardíacos
Problemas cardíacos, como a insuficiência cardíaca, afetam a capacidade do coração de bombear sangue de forma eficiente para todo o corpo. Isso significa menos sangue oxigenado aos tecidos e órgãos.
Para compensar essa falta de oxigênio, o corpo tenta aumentar a quantidade de oxigênio que entra, acelerando a respiração.
Doenças pulmonares crônicas
Problemas respiratórios como asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e enfisema podem causar alterações na frequência respiratória, muitas vezes acelerando o ritmo.
Nessas doenças, o paciente apresenta dificuldade em manter uma respiração regular, e pode ter, inclusive, falta de ar.
Essas são algumas das causas mais comuns de alterações na frequência respiratória. Se houver persistência dessas mudanças ou se você sentir outros sintomas associados, procurar atendimento médico imediato é essencial para identificar a causa e tratá-la corretamente.
Frequência respiratória alta
A frequência respiratória alta, conhecida como taquipneia, ocorre quando a respiração está acelerada, ultrapassando os limites considerados normais para a idade da pessoa. Esse quadro pode ser uma resposta a diferentes fatores e pode sinalizar algo mais sério se persistir por um longo período.
A taquipnéia é comum em situações como:
- Estresse ou ansiedade intensa
- Atividades físicas
- Febre
- Doenças pulmonares crônicas
- Problemas cardíacos
Quando a frequência respiratória alta ocorre sem motivo aparente, especialmente em repouso, pode ser um indicativo de que algo mais sério está acontecendo. Nesses casos, o acompanhamento médico é fundamental.
Frequência respiratória baixa
Já a frequência respiratória baixa, ou bradipnéia, ocorre quando o número de respirações por minuto está abaixo do normal.
Embora em algumas situações a bradipneia seja esperada, como durante o sono profundo, ela pode ser sinal de alerta em outros casos. As principais causas de bradipneia incluem:
- Uso de medicamentos, como sedativos, opióides e benzodiazepínicos
- Hipotermia (quando o corpo está exposto a temperaturas muito baixas)
- Apneia do sono
- Hipotiroidismo
- Problemas cardíacos
- Intoxicação por substâncias químicas (como exposição a carbono ou pesticidas)
É importante monitorar a bradipneia, especialmente se estiver associada a outros sintomas, como tontura, fraqueza ou desmaio. Nesses casos, um médico deve ser consultado imediatamente.
O que fazer caso tenha alterações na frequência respiratória?
Ao perceber alterações na frequência respiratória, o primeiro passo é tentar identificar se a mudança foi causada por algo temporário, como atividade física ou estresse.
Se a respiração retornar ao normal após alguns minutos, provavelmente não há motivo para preocupação.
No entanto, se a respiração anormal continuar mesmo em repouso ou se houver outros sintomas como cansaço extremo, dor no peito, tontura ou confusão mental, é fundamental buscar ajuda médica.
Alterações na frequência respiratória podem ser sinal de doenças que exigem tratamento urgente.
Na Conexa Saúde você agenda uma consulta em poucos minutos e é atendido o quanto antes. A agilidade no atendimento que a telemedicina oferece é essencial em casos de alteração na frequência respiratória.
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Créditos da imagem: Warumpha Pojchananaphasiri em iStock
Revisado por:
Juliana Seixas
Especialista em Medicina de Família pela UERJ. Médica do Trabalho pela Funorte. Pós graduanda em gestão de saúde pela FGV. CREMERJ 52981249.