Quais são as causas da falta de ar e o que fazer em caso de dispneia?

mulher sentada com a mão no tórax sentindo falta de ar

A falta de ar — também conhecida como dispneia — pode ser causada por uma série de fatores, desde problemas respiratórios comuns até condições mais sérias. 

Neste post, vamos explorar as principais razões por trás desse sintoma preocupante, oferecendo uma compreensão mais profunda sobre o que pode estar acontecendo em seu corpo. 

* As informações aqui fornecidas são apenas para fins informativos, e é essencial buscar orientação médica para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.

O que é a falta de ar?

A falta de ar é a sensação de desconforto ou dificuldade para respirar, ação que passa a exigir mais esforço do que o normal.

Essa sensação é descrita de maneiras diferentes por diversas pessoas, afinal ela pode ter causas e intensidades distintas, variando de um nível superficial — quando há dificuldade de acertar a profundidade e o ritmo dos respiros — até a incompleta capacidade de respirar.

Sintomas comuns da dispneia

Alguns dos sintomas mais comuns associados à falta de ar são:

  • Sensação de aperto ou pressão no peito;
  • Respiração rápida ou superficial;
  • Incapacidade de obter ar suficiente;
  • Sensação de sufocamento ou asfixia;
  • Respiração ofegante;
  • Aumento da frequência cardíaca;
  • Ansiedade ou pânico;
  • Sibilância (chiado no peito);
  • Tosse persistente;
  • Tontura;
  • Visão embaçada;
  • Confusão mental.

É importante procurar assistência médica se você estiver experimentando falta de ar de forma persistente, especialmente quando em repouso.

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Qual é a diferença entre dispneia aguda e crônica?

A dispneia pode ser classificada em aguda e crônica com base na duração e na gravidade dos sintomas.

Dispneia aguda

A dispneia aguda refere-se a uma falta de ar súbita e intensa que se desenvolve rapidamente, muitas vezes em questão de minutos a horas.

Os sintomas podem ser graves e debilitantes, requerendo atenção médica imediata e tratamento urgente.

Dispneia crônica

A dispneia crônica refere-se a uma falta de ar persistente ou recorrente que dura semanas a meses, ou mesmo anos.

Os sintomas podem ser menos intensos do que na dispneia aguda, mas ainda podem afetar significativamente a qualidade de vida e exigir intervenções médicas para controle e manejo adequados.

É importante buscar avaliação médica se você estiver experimentando dispneia aguda ou crônica, especialmente se estiver associada a outros sintomas mais graves e preocupantes, como dor no peito, tosse com sangue, febre ou confusão.

Como acontece a falta de ar?

A falta de ar pode ocorrer, principalmente, devido à dificuldade de transporte do oxigênio no corpo e ao impedimento de inalação do ar pela obstrução de órgãos do sistema respiratório — como o nariz e a garganta. 

No primeiro caso, o transporte de oxigênio pode ser bloqueado, por exemplo, pela:

  • fraqueza do músculo cardíaco — o coração é o órgão que bombeia o sangue — que carrega o oxigênio — para todo o corpo. Se está fraco, o bombeamento não é eficaz;
  • obstrução do fluxo sanguíneo — veias e artérias entupidas ou bloqueadas, seja por coágulos, trombos ou gordura, impedem a passagem do oxigênio bombeado pelo coração.

Diversas condições de saúde podem gerar esses problemas que levam a um quadro de dispneia.

Quais são as causas da falta de ar?

A falta de ar pode ser tanto um sintoma de uma crise de ansiedade quanto de uma parada cardíaca. São muitas as condições médicas que contribuem para a dispneia.

1. Asma

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, o que gera inchaço e produção de muco em excesso, impedindo a passagem de ar.

Ela pode causar episódios de falta de ar, tosse, chiado no peito e aperto no peito. O tratamento envolve geralmente o uso de medicamentos broncodilatadores e anti-inflamatórios, além de evitar gatilhos conhecidos, como, por exemplo, poeira e mofo.

2. Pneumonia

A pneumonia é uma infecção nos pulmões que afeta principalmente os alvéolos pulmonares, uma espécie de reservatório de ar que se expande e “armazena” o oxigênio conforme inspiramos.

A doença impede a expansão do alvéolos, o que diminui a capacidade respiratória do paciente, levando a um quadro de dispneia.

O tratamento geralmente envolve antibióticos para combater a infecção, além de medidas de suporte para aliviar os sintomas.

3. Bronquite

A bronquite é a inflamação dos brônquios, estruturas que fazem o transporte do ar para dentro e para fora do pulmão.

A doença é frequentemente associada à produção de muco excessivo e tosse persistente. A falta de ar é um sintoma comum, especialmente durante crises agudas.

O tratamento geralmente envolve medicamentos broncodilatadores e anti-inflamatórios, além de medidas para aliviar a produção de muco.

4. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

A DPOC é, na verdade, um conjunto de condições clínicas que causam obstrução das vias aéreas e danos aos pulmões, resultando em falta de ar crônica. 

O tratamento envolve medicamentos broncodilatadores, terapia de oxigênio e reabilitação pulmonar, além de medidas para prevenir a progressão da doença.

5. Hipertensão pulmonar

A hipertensão pulmonar é uma condição em que a pressão arterial nos vasos sanguíneos dos pulmões é elevada, gerando o estreitamento e até o bloqueio dessas vias, impedindo a chegada do oxigênio ao pulmão.

É diferenciada por testes de imagem e estudos hemodinâmicos que avaliam a pressão nas artérias pulmonares. 

O tratamento pode envolver medicamentos vasodilatadores, diuréticos e terapia de oxigênio, dependendo da causa subjacente.

6. Edema pulmonar

O edema pulmonar se caracteriza pelo acúmulo de líquido nos pulmões, o que gera uma sensação de afogamento e consequentemente, atrapalha as trocas gasosas do organismo.

Essa condição pode ser identificada por exames de imagem, como radiografias de tórax ou ultrassonografia.

O tratamento geralmente envolve medicamentos, como antibióticos para infecções, ou drenagem de fluidos para aliviar a pressão nos pulmões.

7. Embolia pulmonar

Uma embolia pulmonar ocorre quando um coágulo sanguíneo se desloca para os pulmões, bloqueando o fluxo sanguíneo e impedindo a passagem do oxigênio.

A doença falta de ar súbita e intensa, dor no peito e tosse com sangue e é diferenciada por exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) de tórax, que pode mostrar a presença de um coágulo nos vasos sanguíneos dos pulmões. 

O tratamento geralmente envolve anticoagulantes para dissolver o coágulo e prevenir futuras embolias.

8. Ataque cardíaco

Um ataque cardíaco, também conhecido como infarto do miocárdio, ocorre quando o suprimento de sangue para uma parte do músculo cardíaco é interrompido, geralmente devido a um bloqueio nas artérias coronárias. 

A falta de ar súbita e intensa, acompanhada por dor no peito, sudorese, náuseas e fraqueza, é um sintoma característico de um ataque cardíaco. 

Pode ser diferenciado por eletrocardiograma (ECG) e exames de sangue que detectam biomarcadores cardíacos.

9. Insuficiência cardíaca

A insuficiência cardíaca é uma condição crônica em que o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo.

A dispneia é um sintoma comum, especialmente durante atividades físicas, quando o esforço do órgão é maior. 

Pode ser diferenciada por testes de imagem cardíaca, que avaliam a função cardíaca e a presença de líquido nos pulmões.

10. Cardiomiopatia

A cardiomiopatia se refere ao desgaste do músculo cardíaco, que passa a não conseguir bombear o sangue corretamente.

Ela pode ser causada por várias razões, incluindo genética, infecções virais, consumo excessivo de álcool, uso de drogas e outras condições médicas.

Para o tratamento da cardiomiopatia, além das medicações específicas, é feito o controle da pressão arterial, restrição de sal na dieta e, em casos avançados, transplante cardíaco ou uso dispositivos médicos como marcapassos e desfibriladores implantáveis.

11. Anafilaxia

A anafilaxia é uma reação alérgica grave e sistêmica que pode ocorrer minutos após a exposição a um alérgeno, como alimentos, picadas de insetos, medicamentos ou látex.

Essa resposta do organismo gera, entre outras coisas, o inchaço da garganta, o que atrapalha a inalação do ar.

Pode ser diferenciada pela história de exposição a alérgenos conhecidos e pela presença de sintomas alérgicos em diferentes sistemas do corpo.

O tratamento de emergência envolve a administração imediata de medicamentos, seguida de cuidados de suporte, como oxigênio, fluidos intravenosos e outros medicamentos para controlar os sintomas.

12. Covid-19

Na Covid-19, o vírus da doença ataca as células do pulmão. Para evitar a destruição dessas partículas, o organismo manda o sistema imunológico, o que gera uma inflamação no local.

A dispneia pode se desenvolver alguns dias após a infecção pelo vírus e pode piorar rapidamente, especialmente em casos mais graves da doença.

O tratamento pode envolver medidas de suporte, como repouso, hidratação adequada, oxigênio suplementar e, em casos graves, ventilação mecânica em unidades de terapia intensiva (UTI).

13. Obesidade

A falta de ar é um sintoma comum em pessoas obesas, especialmente quando o excesso de peso coloca pressão adicional nos pulmões e músculos respiratórios

Pode ser diferenciada pela presença de índice de massa corporal (IMC) elevado, circunferência abdominal aumentada e outros sinais físicos de obesidade.

O tratamento pode envolver mudanças no estilo de vida, hábitos de saúde incluindo dieta saudável, exercícios físicos regulares e perda de peso gradual, além de tratamento para condições médicas associadas, como apneia do sono e doenças cardíacas.

14. Falta de condicionamento físico

A falta de condicionamento físico ocorre quando os músculos respiratórios e o sistema cardiovascular não estão adequadamente treinados para suportar atividades físicas.

A dispneia é um sintoma comum durante o exercício em pessoas com baixo condicionamento físico, devido à incapacidade do corpo de fornecer oxigênio suficiente para os músculos em atividade.

O tratamento envolve a implementação de um programa de exercícios gradual e progressivo, incluindo atividades aeróbicas, treinamento de resistência e exercícios de fortalecimento muscular, para melhorar a capacidade cardiovascular e respiratória ao longo do tempo.

15. Crises de pânico ou ansiedade

As crises de pânico ou crises de ansiedade são episódios repentinos de medo intenso ou desconforto, acompanhados por sintomas físicos e emocionais elevados.

Em situações assim, o corpo aciona o mecanismo de fuga e os músculos se enrijecem — incluindo aqueles que fazem parte do processo de respiração.

Pode ser diferenciada pela presença de outros sintomas de pânico, como palpitações, sudorese, tremores, sensação de morte iminente e medo intenso.

O tratamento pode envolver técnicas de relaxamento, terapia cognitivo-comportamental (TCC) e, em alguns casos, medicamentos para controlar os sintomas agudos e prevenir futuras crises.

16. Anemia

A anemia se caracteriza pela baixa de glóbulos vermelhos no sangue, células responsáveis por fazer o transporte de oxigênio para outras células do corpo. Ou seja, hemácias abaixo do normal atrapalham a chegada do ar no sistema respiratório.

A condição é diagnosticada pelo exame de sangue e o seu tratamento pode envolver melhora na alimentação, suplementação e, em casos mais extremos, até transfusão de sangue.

Como é feito o diagnóstico de causa da falta de ar?

Para determinar com precisão a causa da sua falta de ar, é importante buscar ajuda médica. Durante a consulta, o médico realizará uma avaliação completa, que pode incluir:

  • Histórico médico: o médico fará perguntas detalhadas sobre seus sintomas, histórico médico pessoal e familiar, estilo de vida, exposições ambientais, uso de medicamentos e quaisquer condições médicas pré-existentes;
  • Testes diagnósticos: dependendo dos sintomas e achados durante o histórico médico, o médico pode solicitar uma variedade de testes diagnósticos, incluindo:
    • Exames de sangue;
    • Testes de função pulmonar, como espirometria, para avaliar a capacidade pulmonar e a função respiratória;
    • Radiografias de tórax ou tomografia computadorizada (TC) para avaliar a estrutura e a função dos pulmões e do coração;
    • Eletrocardiograma (ECG) ou monitoramento cardíaco para avaliar a função cardíaca e identificar arritmias cardíacas;
    • Testes de alergia, se houver suspeita de uma reação alérgica como causa da falta de ar.

Outros exames ou testes específicos podem ser solicitados, dependendo das suspeitas diagnósticas levantadas durante a consulta.

Eles irão elaborar um plano de tratamento personalizado com base nos resultados dos testes e em suas necessidades individuais.

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Estou com falta de ar. O que fazer?

Se você está enfrentando falta de ar neste momento, evite comprimir o estômago e fique com a coluna reta para facilitar a expansão do pulmão. Tente alguns exercícios para recuperar o ritmo da sua respiração.

Entretanto, caso a dispneia persista por mais de 15 minutos, vá imediatamente para o pronto-socorro.

Após resolvido o episódio, considere agendar uma consulta online para investigação mais detalhada dos motivos pelos quais surgiu a falta de ar.

Conheça a plataforma do Conexa Saúde hoje mesmo e conte com uma equipe médica de alta qualidade para te oferecer orientação especializada após o fim do episódio de falta de ar.

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