A escoliose é uma condição caracterizada pelo desvio lateral da coluna vertebral que pode gerar tanto uma curvatura em formato de “C”, quanto em “S”.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 2% da população mundial sofre com escoliose. No Brasil, são mais de 6 milhões de diagnosticados com a condição.
Esse desalinhamento pode ocorrer em diferentes regiões da coluna, como torácica, lombar ou até mesmo as duas. A curvatura também varia em intensidade. Em casos graves, a escoliose chega a limitar as atividades diárias do paciente.
De causas variadas, os sintomas de escoliose atingem tanto crianças quanto adultos. Dor nas costas, assimetrias corporais e limitações na mobilidade são os sinais mais comuns da doença.
Para entender mais sobre esse problema, continue a leitura e descubra os principais sintomas da escoliose, suas causas, tipos e formas de tratamento.

Quais são os sintomas da escoliose?
A escoliose se manifesta de diferentes formas de paciente para paciente. Os sintomas da doença variam conforme a gravidade da curvatura e o tipo da escoliose.
De forma geral, essas são algumas anomalias que a escoliose pode causar:
1. Desvio visível da coluna vertebral
O principal indicativo de escoliose é a curvatura anormal da coluna. Normalmente, a coluna se alinha de forma reta do quadril ao pescoço. Em casos de escoliose, as vértebras que compõem a coluna se desalinham.
Com a coluna encurtada, ela pode parecer curvada para um lado, formando uma linha em “C” ou “S”.
2. Dor nas costas
Especialmente em adultos, a escoliose pode causar desconforto ou dor nas costas constante.
A curvatura anormal exige trabalho redobrado dos músculos da região e, em casos mais graves, o desalinhamento pode pressionar nervos e gerar dores que irradiam para outras partes do corpo.
3. Assimetrias corporais
Como a coluna vertebral alinha o corpo todo, quando há desvio das vértebras, outras partes do tronco também ficam assimétricas.
Um ombro ou quadril pode estar mais alto que o outro, por exemplo, ou ainda, uma escápula pode ficar em mais evidência.
4. Dificuldade respiratória
Em casos graves, a curvatura que a escoliose gera pode pressionar a cavidade torácica e as costelas. Assim, impede a capacidade de respirar de forma completa. O que diminui a entrada de ar no organismo.
5. Limitações de movimento
Dependendo da extensão do desvio e quão aguda é a curvatura, a escoliose pode impactar a flexibilidade e a mobilidade.
Caso você tenha observado esses sinais, é importante buscar ajuda médica. A escoliose é um problema que, se não tratado, pode causar problemas de mobilidade e diminuir drasticamente a qualidade de vida do paciente.
O atendimento com um ortopedista é indispensável não só para acabar ou diminuir os sintomas, mas também para impedir a evolução do problema.
Em muitos casos, a escoliose pode ser identificada com uma consulta online. Com a avaliação dos sintomas e a realização de exames, se necessário, o ortopedista indica a melhor forma de tratamento para você começar a cuidar o quanto antes do problema.
Na Conexa Saúde, você agenda uma consulta em poucos minutos e é atendido logo em seguida.

Quais são os tipos de escoliose?
Existem vários tipos de escoliose, e cada um possui características e causas específicas. Conhecer essas variações ajuda a entender melhor o quadro de escoliose e qual tratamento pode ser mais eficaz.
Os principais tipos de escoliose são:
1. Escoliose congênita
A escoliose congênita acontece por uma formação anormal das vértebras durante o desenvolvimento do bebê ainda no útero.
Nesse tipo de escoliose, portanto, o bebê já nasce com o problema. Por isso, ela costuma ser identificada logo nos primeiros anos de vida. Em alguns casos, o desvio pode progredir conforme a criança cresce.
2. Escoliose pós-traumática
Esse tipo de escoliose é derivado de algum trauma, como uma fratura ou lesão que afetou diretamente a coluna vertebral.
A escoliose pós-traumática acontece após acidentes que coloquem a estrutura da coluna em cheque. Por isso, ela é mais comum em adultos, especialmente após um evento significativo.
3. Escoliose neuromuscular
A escoliose neuromuscular ocorre em pessoas que têm condições neurológicas ou musculares que afetam o equilíbrio e a postura.
Nessas situações, a coluna se desvia devido à fraqueza muscular ou à falta de controle motor. As causas mais comuns para o desenvolvimento de escoliose neuromuscular são:
- Paralisia cerebral
- Distrofia muscular
- Espinha bífida
- Lesões medulares
- Mielomeningocele
4. Escoliose degenerativa do adulto
Mais comum em adultos, esse tipo de escoliose está relacionada ao envelhecimento e à degeneração dos discos intervertebrais e articulações da coluna. Os discos se localizam entre as vértebras e têm como função amortecer o impacto e evitar o atrito entre as vértebras.

Quando os discos se degeneram em decorrência do desgaste do tempo, a coluna pode gerar uma curvatura. É comum que pessoas com escoliose degenerativa do adulto sintam dor nas costas e rigidez na coluna.
5. Escoliose idiopática
A escoliose idiopática é o tipo mais comum de escoliose e ocorre principalmente durante a adolescência, embora possa surgir em outras fases da vida.
O termo “idiopática” indica que sua causa é desconhecida, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais possam estar envolvidos, principalmente porque geralmente ocorre em mais membros da família.
É possível corrigir a escoliose?
A correção da escoliose depende de diversos fatores, como o tipo e o grau do desvio, a idade do paciente e o impacto que a escoliose está causando na saúde e no bem-estar.
Em muitos casos, especialmente nos mais leves, se buscam formas de controlar e impedir a evolução do quadro.
Para crianças e adolescentes, onde a coluna ainda está em desenvolvimento, existe uma maior possibilidade de correção, principalmente com o uso de tratamentos adequados.
Já em adultos, os tratamentos geralmente focam no alívio dos sintomas e estabilizar a curvatura, visto que a coluna já está desenvolvida.
Como é feito o tratamento da escoliose?
O tratamento da escoliose varia bastante de caso para caso. O tipo e a gravidade da condição são os fatores que mais diferem um de outro tratamento.
Os tratamentos mais comuns incluem fisioterapia, fortalecimento muscular e, em alguns casos, o uso de aparelhos ortopédicos. Em condições mais graves ou progressivas, a cirurgia pode ser uma opção para corrigir o desvio e melhorar a qualidade de vida.
Existem diversas abordagens terapêuticas que buscam controlar a progressão do desvio e aliviar os sintomas. Abaixo, estão algumas das técnicas mais recomendadas pelos médicos:
- Osteopatia Técnica: a osteopatia técnica é um manual que busca ajustar o alinhamento do corpo e reduzir o desconforto muscular. Ela ajuda a liberar tensões e melhorar a mobilidade da coluna.
- Fisioterapia manual: outra forma de tratamento da escoliose é com a fisioterapia manual. Essa técnica é feita com exercícios e manipulações manuais para fortalecer os músculos ao redor da coluna e aliviar a dor. A fisioterapia também ajuda a estabilizar a coluna e a melhorar a postura.
- Mesa de Flexo-Descompressão: Esse método consiste no uso de uma mesa específica para alongar suavemente a coluna, aliviar a pressão sobre os discos vertebrais e diminuir a dor.
- Fortalecimento muscular: fortalecer os músculos do abdômen e da região lombar é outra forma de tratamento bastante eficaz para a escoliose. Desenvolver os músculos que sustentam a coluna, como os músculos do core, ajudam a melhorar a estabilidade e a postura.
- Mesa de Tração: a tração é uma técnica que alonga a coluna de maneira controlada e ajuda a reduzir a pressão e a corrigir o alinhamento, proporcionando mais conforto ao paciente. Essa mesa é comum em clínicas de fisioterapia e pilates, por exemplo.
- McKenzie: conhecido mundialmente como Método McKenzie, a técnica é altamente recomendada para tratar a escoliose. Essa técnica de avaliação e autotratamento compreende uma série de exercícios específicos para a coluna, visando reduzir a dor e corrigir o posicionamento vertebral.
O método oferece condições de massagens e exercícios para o próprio paciente conseguir aliviar os sintomas da dor da escoliose.
Se você apresenta sintomas de escoliose e deseja saber mais sobre qual abordagem pode ser a mais indicada para o seu caso, agende uma consulta online com um especialista.
Só um médico da área pode indicar qual o melhor tratamento para o seu caso. Aproveite os benefícios da telemedicina e agende e realize a consulta com um ortopedista do conforto da sua casa.

O que acontece se não tratar a escoliose?
Como explicamos, a escoliose é um problema que pode se agravar ao longo do tempo. Por isso, o tratamento é essencial.
Buscar ajuda médica para tratar a escoliose ajuda não só a diminuir as dores e os sintomas que a condição causa, mas também impede a evolução do problema.
Quando o paciente não trata a escoliose e o desvio da coluna aumenta, os sintomas também tendem a piorar.
Se a escoliose não for tratada, algumas complicações podem surgir, como:
- Dor crônica que impacta a qualidade de vida e dificulta a realização de atividades diárias
- O desvio tende a se acentuar com o tempo, podendo provocar ainda mais desconforto e afetar até mesmo a capacidade de andar
- Problemas respiratórios e cardíacos que prejudicam a respiração e a circulação sanguínea
Buscar tratamento para a escoliose é essencial para minimizar esses riscos e melhorar a qualidade de vida.
Como é realizado o diagnóstico da escoliose?
O diagnóstico da escoliose geralmente começa com uma avaliação física detalhada e pode ser complementado com exames de imagem. Esse processo é essencial para entender o grau de curvatura da coluna e determinar o melhor tratamento.
No atendimento, o médico da área avalia as queixas do paciente e faz uma análise sobre seu histórico clínico.
Ao procurar um ortopedista para diagnosticar a escoliose, o paciente pode precisar realizar alguns exames físicos. No caso de uma consulta online, a solicitação dos exames é feita de forma digital e você os realiza da cidade que estiver.
Os exames de imagem mais comuns para o diagnóstico da escoliose são:
- Raio-X
- Ressonância Magnética
- Tomografia Computadorizada
É importante salientar que esse artigo tem caráter informativo e não substitui a consulta com um médico para diagnosticar o problema. Fazer o diagnóstico com um especialista é fundamental não só para ver se as suspeitas se confirmam, mas também para indicar as melhores formas de tratamento para o tipo de escoliose que se manifesta.
Qual é o profissional que trata escoliose?
O tratamento da escoliose, além do ortopedista, que é o médico que trata e diagnostica a escoliose, uma equipe multidisciplinar pode ser necessária.
Os principais profissionais capacitados para tratar essa condição incluem:
- Ortopedistas: são eles que cuidam da saúde dos ossos e articulações e têm um papel fundamental no diagnóstico e acompanhamento da escoliose. Eles avaliam a gravidade do desvio e definem qual será o tipo de tratamento.
- Fisioterapeutas: os fisioterapeutas são responsáveis pela aplicação de técnicas de reabilitação que ajudam a corrigir e fortalecer a musculatura ao redor da coluna.
Após a consulta com o ortopedista, o fisioterapeuta pode ser consultado para aliviar dores e prevenir a progressão do desvio. São eles quem utilizam métodos como a fisioterapia manual, o fortalecimento muscular, e técnicas como o método McKenzie, dependendo das necessidades do paciente.
Caso você tenha se identificado com sintomas de escoliose, é essencial buscar ajuda médica. Iniciar o acompanhamento com um ortopedista é fundamental para manter e recuperar a qualidade de vida.
Na Conexa Saúde, você tem acesso a dezenas de profissionais capacitados e prontos para te ajudar a tratar a escoliose. Com a plataforma online, você agenda a consulta em poucos minutos e é atendido logo em seguida, sem precisar esperar por dias para aliviar os sintomas.
Em casos de dores agudas, a Conexa oferece o pronto atendimento online que funciona 24 horas nos 7 dias da semana. No PA, você é atendido por um médico clínico geral que ajuda a aliviar os sintomas com a prescrição de medicamentos – conforme a necessidade.

Revisado por:
Juliana Seixas
Especialista em Medicina de Família pela UERJ. Médica do Trabalho pela Funorte. Pós graduanda em gestão de saúde pela FGV. CREMERJ 52981249.