O que é a diverticulite?
A diverticulite é uma das doenças inflamatórias intestinais que causam uma inflamação ou infecção em pequenos sacos, chamadas de divertículos, que surgem nas paredes do intestino grosso, conhecido também como paredes do cólon.
Os divertículos costumam se formar em adultos na fase da meia-idade e idosos, mas também podem acometer pessoas que sofrem de constipação crônica ou seguem uma dieta com baixo teor de fibras.
Qual a diferença entre diverticulite e diverticulose?
É comum que muitas pessoas confundam a diverticulose e diverticulite, mas esses termos não são sinônimos e estão relacionados a condições distintas.
A diverticulite é uma condição caracterizada pela inflamação ou infecção dos divertículos, podendo causar sintomas, como dor abdominal, febre e alterações nos hábitos intestinais. Em casos mais severos, pode levar a complicações graves, como abscessos e perfuração intestinal.
Já a diverticulose refere-se à existência de divertículos no intestino grosso que não estão inflamados. Normalmente, ela não apresenta sintomas e pode ser gerenciada com uma dieta rica em fibras.
Na diverticulose, a ocorrência de complicações é rara; contudo, se não for controlada adequadamente, pode evoluir para diverticulite.
Quais são as causas dos divertículos?
Há muitas causas que podem favorecer o surgimento dos divertículos, entre elas, podemos citar o envelhecimento, já que, com o avançar da idade, a elasticidade da musculatura intestinal tende a diminuir.
Além disso, pessoas que têm uma dieta pobre em fibras também podem apresentar a doença ao longo da vida.
O aumento da pressão no interior do cólon, que ocorre devido à constipação crônica e ao esforço para evacuar, é outro fator que pode levar à formação dessas bolsas.
Somado a isso, a predisposição genética tende a aumentar o risco de desenvolvimento da condição, principalmente, porque alguns genes podem influenciar as condições da parede intestinal e a maneira como o corpo responde a fatores diversos, como pressão arterial, por exemplo.
Além das causas que desencadeiam a diverticulite, fatores de risco, como sedentarismo e obesidade, também podem aumentar as chances de desenvolver inflamação dos divertículos.
Quais são os sintomas da diverticulose?
A diverticulite é uma doença que, quando não diagnosticada precocemente ou não tratada de forma adequada, pode causar sintomas mais severos, que incluem dor abdominal, normalmente, do lado esquerdo, náuseas e vômitos, diarreia intensa ou constipação.
Complicações da diverticulite
A diverticulite é uma doença que requer muito cuidado, pois pode levar a diferentes complicações. Entre as mais frequentes está o surgimento das fístulas, que são conexões que se formam entre o intestino grosso e outros órgãos, como a bexiga, por exemplo.
Nesse caso, o conteúdo intestinal, incluindo as bactérias, pode contaminar a bexiga e causar infecções urinárias.
Outra complicação da diverticulite envolve também a formação de bolsas de pus ao redor de divertículos inflamados, provocando febre e dor intensa.
A peritonite, uma infecção abdominal, também está entre as principais complicações da diverticulite, assim como a obstrução intestinal, causada por inflamações que estreitam o intestino, dificultando a passagem das fezes e levando ao inchaço, cólicas e vômitos.
Por isso, ficar atento aos sintomas e buscar um diagnóstico precoce é importante para evitar essas complicações, que podem agravar ainda mais o quadro.
Como é feito o diagnóstico de divertículo?
O diagnóstico da diverticulose deve ser feito por um médico especialista, que pode ser um gastroenterologista ou um proctologista.
Nesse sentido, o profissional faz uma avaliação completa do histórico médico do paciente, além de solicitar a realização de exames , como tomografia computadorizada e colonoscopia.
Ao procurar por um médico especialista, conte com a Conexa Saúde, uma plataforma que oferece consultas online com profissionais de mais de 30 especialidades, incluindo gastroenterologista e proctologista.
Nossos médicos podem solicitar esses e outros exames e, depois, solicitar um retorno do paciente para avaliação e acompanhamento contínuo da doença.
Tratamento da diverticulite
O tratamento de diverticulite deve ser adotado de acordo com a gravidade da condição, já que a doença pode se manifestar com um quadro leve, com medidas mais conservadoras, ou com um quadro mais grave, que exige a adoção de outras abordagens.
Diverticulite leve
No caso da diverticulite leve, o tratamento normalmente é feito em casa, envolvendo o uso de medicamentos analgésicos e antibióticos, se necessário, além de repouso. Ao seguir as orientações médicas, os sintomas da doença costumam diminuir gradativamente.
Diverticulite grave
Por outro lado, a diverticulite grave requer uma abordagem mais abrangente. Pacientes que apresentam sintomas mais severos, como dor abdominal intensa, febre alta, além de sinais de infecção, podem ser hospitalizados.
Durante a internação, o paciente pode receber medicamentos intravenosos, como antibióticos e analgésicos. Em muitos casos, o jejum também pode ser necessário para estabilizar os sintomas.
Após a estabilização do quadro, a dieta é reintroduzida com alimentos leves até que ele possa ingerir alimentos ricos em fibras.
Em ambos os casos, o tratamento também deve envolver a mudança de hábitos alimentares, priorizando uma dieta rica em fibras.
Vale ressaltar que a terapia pode fazer parte do processo de tratamento, uma vez que o suporte emocional e psicológico pode ajudar o paciente a lidar com suas emoções, que têm um impacto direto na saúde do intestino.
A boa notícia é que na Conexa Saúde, além de médicos, nossa equipe é composta por profissionais de coloproctologia, nutrição e psicologia, oferecendo, assim, um cuidado integral aos pacientes.
Quando é necessário realizar cirurgia por conta da diverticulite?
Em casos mais graves onde há ruptura intestinal/peritonite ou abscessos a cirurgia emergencial pode ser necessária.
Prevenção da diverticulose
Para manter a saúde intestinal e prevenir a doença diverticular, é importante adotar alguns hábitos alimentares saudáveis, como incluir alimentos ricos em fibras na dieta, como frutas, vegetais, grãos integrais e cereais, importantes para o processo digestivo e o bom funcionamento do intestino.
Além disso, a ingestão de, pelo menos, 2 litros de líquidos por dia também é essencial para ajudar na formação adequada do bolo fecal, facilitando a evacuação.
Outros cuidados incluem a prática de atividade física regular para acelerar o metabolismo e melhorar o trânsito intestinal.
O uso de laxantes também não é indicada no casos de constipação intestinal. Lembre-se que o ideal é sempre procurar ajuda profissional para tratar essa condição e não fazer automedicação.
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Créditos da imagem: Hailshadow em iStock
Revisado por:
Monyck Barros Cardoso
CRM 52.95814-0. Formada em medicina pela UFRJ. Especialista em Clínica Médica (RQE 38919), Gastroenterologista (RQE 38920), Endoscopista (RQE 38921) Atendimento online pela Conexa Saúde como Curadora da Especialidade de Gastroenterologia. Atua como Endoscopista no Hospital Federal do Andara; Rotina médica do CTI – Hospital Oeste D’or; Consultório particular na Barra da Tijuca (RJ).