A dificuldade para engolir, ou disfafia, é um sintoma que pode provocar um grande desconforto e merece atenção, pois pode indicar problemas no sistema respiratório, digestivo ou mesmo na tireoide.
Essa condição também pode dificultar a alimentação devido ao desconforto ou dor ao engolir, prejudicando até a ingestão de líquidos e alimentos.
Compreender o que é disfagia e principais causas ajuda a identificar sinais de alerta e buscar orientação quando necessário. Leia o nosso artigo e entenda tudo que envolve a dificuldade em engolir!

Quais são as causas da dificuldade para engolir?
A dificuldade para engolir pode estar associada às mais diversas causas, pois pode ser um sintoma de condições variadas, que vão desde uma infecção de garganta até uma doença degenerativa.
Listamos a seguir alguns fatores que podem levar à disfagia:
- Danos no esôfago: causado por refluxo gastroesofágico;
- Acalasia: distúrbio que prejudica o trânsito dos alimentos para o estômago;
- Garganta inflamada: uma condição que dificulta a deglutição;
- Doenças neurodegenerativas: esclerose múltipla e Parkinson;
- Tumores: acometem a região do pescoço ou da tireoide.
- Comprometimento do tônus muscular: miastenia grave e distrofia muscular.
Vale lembrar que a dificuldade em engolir também pode ser uma condição temporária, sem estar necessariamente relacionada a alguma doença.
Por exemplo: pessoas que ingerem alimentos sem mastigar adequadamente ou alimentos muito quentes podem apresentar disfagia logo após a refeição.
Por isso, antes de se preocupar, é importante compreender os possíveis fatores que desencadeiam essa condição e observar se a dificuldade para engolir persiste.
Quais alimentos podem piorar a dificuldade para engolir?
Muitos alimentos também podem tornar o ato de engolir mais difícil, principalmente, aqueles que possuem texturas ou consistência muito dura.
- Alimentos secos: carnes muito fibrosas, torradas e biscoitos crocantes.
- Alimentos pastosos: manteiga de amendoins e queijos derretidos.
- Alimentos fibrosos ou com sementes: milho, sementes pequenas ou frutas com casca dura.
- Alimentos quebradiços: chips e bolachas.
Quais os sintomas que podem acompanhar a disfagia?
A dificuldade para engolir pode vir acompanhada de outros sintomas, que são os seguintes:
- Desconforto ou dor ao ingerir alimentos sólidos ou líquidos;
- Tosse ao tentar fazer a deglutição;
- Engasgos durante a alimentação;
- Episódios de tosse ao tentar engolir.
Em muitos casos, além da disfagia, o indivíduo pode apresentar outros sinais, como vômitos e enjoo, queimação no esôfago ou estômago, produção de saliva excessiva, mudanças na fala e rouquidão persistente.
Ao apresentar esses sinais recorrentes, o mais indicado é buscar orientação médica para investigar as possíveis causas.
Como é feito o diagnóstico da dificuldade para engolir?
O diagnóstico da dificuldade para engolir deve ser feito por um médico clínico geral, otorrinolaringologista, gastroenterologista ou fonoaudiólogo, a partir de uma avaliação clínica detalhada com base nas queixas e no histórico do paciente.
Além disso, o profissional também realiza um exame físico para analisar a garganta, os músculos envolvidos no processo de deglutição e a cavidade oral, para verificar a presença de lesões, inflamações ou alterações estruturais que podem causar a disfagia.
Quais exames são indicados para investigar a dificuldade para engolir?
Para confirmar as suspeitas, o médico pode solicitar exames complementares conforme a gravidade dos sintomas.
Nos casos em que há suspeita de obstrução, a endoscopia digestiva alta pode ser solicitada para visualizar o esôfago e fazer a coleta de biópsias, caso o médico considere necessário.
Contudo, se a obstrução não for evidente, a radiografia com bário pode ser uma alternativa, já que esse exame ajuda a identificar estreitamentos ou alterações no trajeto do alimento.
É possível ainda que sejam solicitados exames, como a manometria esofágica, um teste que analisa a função motora do esôfago, e a impedanciometria, que mede a elasticidade esofágica, a fim de identificar a causa da dificuldade para engolir.

Quando a disfagia é preocupante?
Como mencionamos, nem todo episódio de disfagia requer preocupação, principalmente se ele estiver associado a alguns fatores que desencadeiam a dificuldade para engolir, como não mastigar adequadamente.
Contudo, há alguns sinais que merecem atenção e a necessidade de avaliação médica, como incapacidade total de engolir, salivação excessiva, dor intensa ao engolir, perda de peso sem explicação, episódios frequentes de pneumonia por aspiração e o surgimento de condições neurológicas, como fraqueza ou alterações na função cerebral.
Ao observar esses sinais, busque ajuda médica imediatamente para evitar complicações mais severas.
Qual é o tratamento da dificuldade para engolir?
O tratamento da dificuldade para engolir pode variar de acordo com a causa subjacente. Dependendo do diagnóstico, o médico pode solicitar terapia fonoaudiológica para fortalecer os músculos responsáveis pela deglutição e aprimorar a coordenação ao engolir.
Em casos de estreitamento do esôfago, procedimentos como dilatação esofágica, que expandem a passagem dos alimentos, podem ser necessários.
Outra recomendação que costuma ser fornecida são ajustes na alimentação para evitar complicações como desnutrição e desidratação, além do consumo de alimentos com textura mais macia ou líquida, para facilitar a ingestão.
Quando procurar um médico para dificuldade ao engolir?
O médico deve ser consultado quando o indivíduo apresenta dificuldade em engolir de maneira persistente, progressiva ou apresentar outros sinais de alerta, como salivação excessiva, dor intensa, sensação de algo preso na garganta, perda de peso inexplicável, tosse e engasgos frequentes.
Além disso, em caso de alterações neurológicas ou infecções pulmonares recorrentes, o ideal é buscar orientação médica o quanto antes.
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Revisado por:
Otto Beckedorff
Rotina Médica Pronto Atendimento Conexa. CRMSP 226325.