Muitas vezes, quando acompanhamos o desempenho dos atletas olímpicos apenas em momentos de competição, não imaginamos a verdadeira dimensão do preparo que há por trás dessas performances. Nesse sentido, os atletas olímpicos têm rotinas extremamente regradas de treino, sono, e claro, alimentação.
Afinal, os competidores precisam de muito condicionamento físico, então é mais do que natural que a nutrição acompanhe esse ritmo.
A primeira curiosidade é que essas dietas são altamente personalizadas para cada atleta, então nada de tentar em casa, viu?
Agora, vamos às curiosidades sobre a dieta dos atletas olímpicos!
Atletas olímpicos precisam comer muito
Um erro muito comum é pensar que os atletas olímpicos comem pouco para manter a forma. Na verdade, acontece o extremo oposto na maioria dos casos.
As atividades físicas de alto impacto exigem muito gasto de energia do corpo, o que significa que é preciso nutrir muito bem o organismo para se manter saudável e em equilíbrio.
Os pratos dos esportistas são para lá de fartos, mas sempre com os nutrientes controlados à risca.
Dietas de até 10 mil calorias diárias
Por falar em extremos, as dietas hipercalóricas chamam atenção. Esse tipo de plano alimentar costuma ter de oito a 10 mil calorias ingeridas por dia. Isso corresponde a quase cinco vezes o que é recomendado para um homem adulto.
Os atletas que seguem a dieta hipercalórica vão desde levantadores de peso até nadadores, como Cesar Cielo.
O nadador brasileiro compartilhou a sua experiência com a dieta com o Globo Esporte: ”A natação é um esporte em que a gente treina muito, é muito volume. Para fazer duas sessões de treino eram de três a quatro horas por dia na água, mais uma sessão de musculação de uma hora, uma hora e meia. E mesmo com a ingestão de seis mil calorias por dia, a gente não ganhava peso – às vezes a gente até perdia. Experimentei essa dieta hipercalórica para ganhar um pouco mais de estrutura”.
Por outro lado, a nadadora britânica afirmou em entrevista que um plano alimentar errado foi o culpado por ela ter perdido o campeonato mundial de 2007: “Na minha modalidade, o que faz a diferença é o que se come dois dias antes da competição. Você tem que se encher de carboidratos, coisa que eu não fiz. Comer uma montanha de arroz ou de macarrão não é tão divertido como parece”.
A importância da hidratação e o uso de bebidas isotônicas para os atletas olímpicos
Não é novidade que hidratação é essencial em qualquer plano alimentar. No caso específico de atletas olímpicos, o cálculo usado é de 55 ml de líquidos ingeridos para cada quilo do peso corporal. Uma indicação comum é a de consumir 500 ml antes do início do treino e manter a ingestão de um litro para cada hora de exercício. Baixos níveis de hidratação podem causar tontura, dor de cabeça e cãibras musculares.
É muito comum ver atletas bebendo isotônicos. Essas bebidas cumprem a função de repor os eletrólitos naturais, como sódio e potássio, que são perdidos com o suor. É possível fazer essa reposição com água de coco, mas isotônicos industrializados são mais usados por terem uma concentração maior de eletrólitos.
Porém, é preciso moderação. O consumo de isotônicos industrializados só se torna necessário quando o atleta perde pelo menos 2% do seu peso corporal durante o treino. O controle em atletas olímpicos é feito com pesagens que monitoram a perda de peso antes e depois do treino.
No fim das contas, equilíbrio é a chave para a saúde
É importante ressaltar, entretanto, que essas dietas específicas são usadas por períodos limitados e sempre com acompanhamento de profissionais.
Acima de tudo, a regra máxima é que atletas não são máquinas, e sim pessoas que precisam de equilíbrio para manter a saúde mental e também física, já que esses extremos podem causar danos a longo prazo.
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