Segundo os dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, no Brasil há mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional.
Diabetes é uma doença crônica, em que o corpo produz insulina insuficiente ou há má absorção pelo organismo.
A insulina é o hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia necessária para o organismo.
O paciente tem diabetes quando o organismo não fabrica a insulina e assim não consegue utilizar a glicose adequadamente.
Continue a Leitura e saiba como é viver com Diabetes mellitus.
É possível prevenir diabetes tipo 2 com medicamentos?
Verdadeiro. É possível prevenir a doença com medicamentos, porém, é feita somente em alguns casos, avaliados pelo médico.
Mas a melhor forma de prevenção é com dieta equilibrada, perda de peso e prática de exercícios físicos, principalmente atividade aeróbica de intensidade moderada (pelo menos 3 vezes na semana).
Pessoas com diabetes não podem comer frutas?
Falso. Apesar dos pacientes terem medo ao consumirem carboidratos, eles não precisam evitar comer frutas, basta manter o equilíbrio em todas as alimentações.
Para quem tem diabetes, um dos maiores desafios é controlar o nível da glicemia.
Sendo assim, é importante conhecer as frutas que possuem alto índice glicêmico, para adquirir um consumo equilibrado: melão, melancia, banana, manga, entre outras.
O importante é controlar as porções de frutas e ajustar as doses de insulina, conforme a ingesta dos alimentos.
Diabetes pode dificultar a cicatrização de machucados?
Verdadeiro. Além de ter que controlar a alimentação e monitorizar a glicemia, também é necessário ter atenção às lesões de pele.
Os pacientes apresentam a pele mais seca, devido a anidrose decorrente da neuropatia autonômica periférica e associado a isso possuem diminuição da percepção, visto a perda de sensibilidade nos pés, e consequentemente se machucam sem perceber.
Existem muitos fatores que dificultam a cicatrização de ferimentos no paciente diabético, são eles: idade avançada, tempo de doença, glicemias elevadas, comprometimento vascular, infecções, anemia e déficit proteico.
Portanto é importante ficar atento às lesões nos pés e entre os dedos, como bolhas, calos, micoses. Além disso é preciso manter os cuidados diários com a higiene, hidratação, cortar as unhas, usar sapatos confortáveis e evitar andar descalço.
Fatores de risco associados à diabetes
O que se sabe é que há uma influência genética associada a Diabetes tipo 1.
Enquanto que para o diabetes tipo 2, os fatores associados são:
- Diagnóstico de pré-diabetes;
- Sobrepeso, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura;
- Familiares com diabetes;
- Doenças renais crônicas;
- Mulher que deu à luz criança com mais de 4kg;
- Diabetes gestacional;
- Síndrome de ovários policísticos;
- Apneia do sono;
- Uso de medicamentos da classe dos glicocorticóides.
Atualmente, o índice de obesidade está crescendo no país. Os dados da pesquisa realizada pelo VIGITEL, mostrou que a taxa de obesidade no Brasil aumentou 67% entre 2006 e 2018. E estar acima do peso é um dos importantes fatores de risco para desenvolvimento do diabetes tipo 2.
Sintomas de Diabetes mellitus
Os principais sintomas associados são:
- Fome frequente;
- Sente mais sede;
- Vontade de urinar muitas vezes;
- Perda de peso.
5 medidas de Prevenção do diabetes
Para a prevenção do diabetes e diversas outras doenças, a melhor opção é a prática de hábitos saudáveis, como:
- Comer verduras, legumes e frutas;
- Reduzir o consumo de sal, açúcar e gorduras;
- Parar de fumar;
- Praticar exercícios físicos e atividades aeróbicas regularmente;
- Controlar o peso.
Complicações da doença
Quando não tratado corretamente, o diabetes pode gerar complicações:
- Neuropatia diabética: a glicemia elevada reduz a capacidade de eliminar radicais livres e isso compromete o metabolismo de diversas células, principalmente dos neurônios e nervos. A neuropatia é a complicação crônica mais comum e incapacitante do diabetes, sendo responsável por cerca de dois terços das amputações não traumáticas. Ela pode causar diminuição da energia, da mobilidade, da satisfação com a vida, e prejudica as relações sociais;
- Pé diabético: são conhecidas como ferida no pé das pessoas com diabetes e que possuem difícil cicatrização, decorrente dos níveis elevados de açúcar no sangue;
- Nefropatia: os altos níveis de glicose no sangue, sobrecarregam os rins, o que provoca perda de moléculas como proteínas na urina. O diagnóstico precoce é feito na fase microalbuminúria, que são pequenas quantidades de proteína na urina.
- Retinopatia diabética: se o diabetes não for tratado corretamente pode apresentar problemas oculares e até cegueira. Por isso é fundamental fazer os exames regularmente, como fundoscopia, para o controle das complicações.
Tratamento e controle do diabetes
Para ter certeza do diagnóstico é importante o teste oral de tolerância à glicose, conhecido como Curva glicêmica.
Uma das questões mais importante é manter o controle da glicemia, para evitar as complicações.
O controle ideal da glicemia é a seguinte:
- Glicemia de jejum não deverá ultrapassar os 100 mg/dL;
- Duas horas após refeição, a glicemia não deverá ultrapassar 140 mg/dL.
Além das medicações para Diabetes, é fundamental:
- Planejamento alimentar: manter uma alimentação saudável e equilibrada;
- Exercícios físicos regulares: quanto mais gasta energia, mais o organismo usa o açúcar do sangue.
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Texto: Lyz Tavares