Dengue: prevenção, diagnóstico e tratamento

dengue

A dengue preocupa autoridades de saúde no mundo todo. Nos últimos 50 anos, os casos vêm aumentando assustadoramente. Pelo menos quatro bilhões de pessoas vivem em áreas de risco para pela infecção da doença, segundo a OMS. 

A cada ano, 390 milhões de pessoas são infectadas no mundo, sendo que 96 milhões de casos são manifestados clinicamente. 

A doença afeta 128 países e mesmo assim ainda é considerada negligenciada pela OMS. Nas Américas tem se disseminado em surtos cíclicos a cada 3 a 5 anos. No Brasil eles nunca foram interrompidos, desde os anos 1986. 

As estatísticas só reforçam a importância da prevenção à doença. 

A seguir você vai entender melhor a dengue, como se prevenir, sintomas, diagnóstico  e tratamento. Continue a leitura e previna-se! 

A doença 

Trata-se de uma doença febril aguda sistêmica de origem viral. É provocada por arbovírus, que tem quatro formas diferentes: 1, 2, 3 e 4. É importante ressaltar que o tipo 4 não era registrado há anos e voltou a circular em alguns estados brasileiros. 

O alerta é para crianças e jovens que não desenvolvem imunidade a ele. Como medida de segurança, o Ministério da Saúde determinou que os casos suspeitos desse tipo, sejam comunicados às autoridades sanitárias no prazo de 24 horas. 

Assim, todos os sorotipos estão circulando pelo Brasil hoje, revezando-se quando há epidemias, associadas a novos sorotipos, em lugares antes não afetados ou com mudança de sorotipo predominante. 

Transmissão da dengue

O vírus é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. O mosquito é diurno e se multiplica em depósitos de água parada nos quintais ou recipientes dentro de casa. 

Ele é o mesmo responsável pela transmissão de outras três doenças: chikungunya, febre amarela e Zika. 

Sintomas e evolução 

Os primeiros sintomas podem ocorrer entre quatro e dez dias da picada do mosquito. Começa forte, parecido a uma síndrome gripal grave, com febre alta, forte dor de cabeça e nos olhos, assim como fortes dores musculares e nas articulações. 

Nas crianças, pode iniciar com febre alta e apatia, sonolência, recusa da alimentação, vômitos e diarreia. Nos dois casos, após esse o período, os sintomas regridem, podendo apenas permanecer fraqueza e prostração por mais algumas semanas. 

A evolução da doença tem três fases: febril, crítica e recuperação. A segunda ocorre entre o terceiro e o sexto dia, após o início dos sintomas e é quando podem surgir sinais de alarme. 

Nesse período podem ocorrer complicações potencialmente letais, que hoje chamamos de dengue grave, que já foi conhecida como dengue hemorrágica. 

Merecem atenção sinais de hemorragia, como sangramento nasal, gengival e vaginal e; rompimento dos vasos superficiais da pele (petéquias e hematomas). 

Isso acontece na maioria das vezes como resultado do aumento da permeabilidade vascular, que marca o início do deterioramento clínico do paciente e sua possível evolução para o choque por extravasamento de plasma.  

Há casos raros em que ocorrem sangramentos no aparelho digestivo e nas vias urinárias. 

Tipos de dengue 

É preciso ter cuidado porque em alguns casos a doença pode não apresentar sintomas, mas em outros pode ter complicações graves, levando inclusive a óbito.  

Assim, ela pode se apresentar nas seguintes formas: clássica, hemorrágica e com complicações. 

Suas formas clínicas se apresentam assim: 

Benigna, que é similar à gripe; 

Com sinais de alarme, mais grave, caracterizada por alterações da coagulação sanguínea; 

Grave, uma forma raríssima, mas que pode levar à morte, se não houver atendimento rápido e especializado. 

Sintomas específicos da dengue

Clássica: 

O primeiro sintoma para os adultos é a febre alta (39ºC a 40ºC) e repentina, com as seguintes associações: 

  • Dor de cabeça; 
  • Prostração; 
  • Dores musculares, nas juntas e atrás dos olhos; 
  • Vermelhidão no corpo (exantema); 
  • Coceira. 
  • Anorexia, náuseas, vômitos e diarreia não volumosa podem estar presentes, mas são menos frequentes. 

Com sinais de alarme 

Tem as mesmas manifestações da fase febril, mas no terceiro dia, quando a febre começa a cedes surgem: 

  • Sinais de hemorragia, como sangramento nasal, gengival e vaginal; 
  • Rompimento dos vasos superficiais da pele (petéquias e hematomas). 

Grave

Sua forma mais agressiva apresenta: 

  • Alterações neurológicas (delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia); 
  • Sintomas cardiorrespiratórios; 
  • Insuficiência hepática; 
  • Hemorragia digestiva; 
  • Derrame pleural. 
  • As manifestações neurológicas, geralmente, surgem no final do período febril ou na convalescença. 

Diagnóstico

O diagnostico de um paciente com dengue é feito tradicionalmente através de sorologia, para verificar se ele tem anticorpos contra o vírus no sangue. 

Apesar disso, não é possível saber especificamente qual tipo de vírus é responsável pela infecção. Mas há alguns métodos de biologia molecular, mais específicos, que podem ser usados para verificar as proteínas do vírus. 

Tratamento

Não há um tratamento específico para a doença. A recomendação é a ingestão de muito líquido para evitar a desidratação e medicamentos para controle da febre, além de analgésicos para aliviar sintomas. 

Mas é importante ressaltar que os pacientes com suspeita ou comprovação da doença, precisam de assistência médica e devem evitar a automedicação. 

Principalmente evitando a ingestão de remédios com ácido acetilsalicílico e de anti-inflamatórios, que interferem no processo de coagulação do sangue. 

Prevenção da dengue

Hoje a maior forma de prevenção da doença é o combate ao mosquito, eliminando possíveis criadouros, evitando deixar água parada em casa, mas principalmente de forma coletiva, contando com a ajuda da comunidade.  

Além disso, estimular a implantação de políticas públicas efetivas de saneamento básico é de grande importância. 

A primeira vacina contra a doença vem sendo usada em vários países, desde 2015, em pessoas de 9 a 45 anos que vivem em áreas de risco. A OMS orienta que ela seja aplicada onde os dados epidemiológicos apontem um alto índice da doença. 

Além desta outras estão em desenvolvimento e têm mostrado eficácia variável, entre 50% e 80%. Mas por enquanto temos que lembrar que a prevenção é responsabilidade de todos nós. 

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