Por natureza, aprendemos a trilhar os nossos próprios caminhos e fazer nossas próprias escolhas. Também por natureza nos mantemos em caminhos que asseguram o mínimo de segurança.
O pensamento exige que disponibilizemos habilidades e recursos para o enfrentamento de situações novas, e isso muitas vezes se constitui um desafio.
Romper com a impossibilidade é se lançar ao desconhecido lugar oposto às trilhas confortáveis que conhecemos e por onde já passamos, mas que nos mantém em comodidade, em uma cena familiar.
Por isto mesmo o desconforto: lidar com o diferente exige uma complexa articulação cognitiva.
Neste texto gostaria de propor duas perspectivas sobre o pensamento diferente, além de propor como lidar com o pensamento diferente a partir da psicologia.
[tie_index]O pensamento diferente (do outro)[/tie_index]
O pensamento diferente (do outro)
A comunicação tem um valor cultural muito importante para nossa espécie. Lidar com pensamentos que divergem dos nossos pode ser uma tarefa mais ou menos difícil, tendo em vista a clareza de um diálogo, por exemplo. “Eu sinto que estou sendo ouvida? Estou comunicando o que quero? Tenho respeitado e ouvido as necessidades do outro?”.
[tie_index]O pensamento interior[/tie_index]
O pensamento interior
Em nossas comunicações internas também podemos passar pela via da gentileza. Em oposição a criticar, acolher: nesta via é importante treinar o olhar com auto compaixão, à medida em que observamos pensamentos que podem nos impulsionar. “Minhas ideias são importantes.Tenho comemorado meus pequenos passos? Estou validando aquilo que sinto?”.
Isto possibilita que desenvolvamos habilidades de enfrentamento, o que nos aproxima de uma relação autêntica e genuína com nós mesmos, uma relação em que compreendemos, acolhemos e expressamos nossas necessidades.
[tie_index]Pensar em perspectiva - “e se eu tentar?”[/tie_index]
Pensar em perspectiva - “e se eu tentar?”
Observar o pensamento nos conduz o olhar em perspectiva a encontrar nuances entre pensamentos “tudo ou nada”, “ou isto ou aquilo”, “uma coisa ou outra”.
Uma série de recursos podem por luz no desenvolvimento comunicacional. A Comunicação Não Violenta(CNV), por exemplo, propõe o exercício de construção de uma comunicação assertiva, ativa e não julgadora, privilegiando o espaço comunicacional e o desenvolvimento interpessoal.
Quanto ao pensamento interior, algumas abordagens da Psicologia propõem práticas que auxiliam no desenvolvimento de habilidades de observação do pensamento, tolerância ao mal-estar e regulação emocional.
Enquanto pestanejava sobre o que escrever neste texto, me lembrei de uma passagem que dizia – mais ou menos – o seguinte: uma fotografia não é feita apenas com uma câmera, mas com toda a bagagem de vida daquele que tirou a foto.
Naturalmente nenhuma foto pode ser exatamente igual à outra (cada foto conta uma história, todas tem seu valor).
Se cuida!
Com carinho,
Bruno Oliveira Mazoti
(Psicólogo-CRP 04/63080)