A colite é a inflamação do cólon (parte do intestino grosso), a qual pode se estender até o reto. A doença pode ser crônica ou aguda e os seus sintomas mais comuns são dor de barriga, inchaço abdominal, vômito, diarreia e presença de sangue nas fezes.
Dependendo do grau de inflamação, a colite pode ser grave e ter consequências fatais se não tratada — caso a inflamação se espalhe, cause sepse ou sangramentos internos volumosos.
A boa notícia é que, com os cuidados certos, é possível controlar a doença e os seus sintomas e até curar-se da doença no caso da colite aguda.

Neste artigo, vamos explicar melhor o que é essa doença inflamatória intestinal, como ela se manifesta e progride, e também apresentar os tratamentos possíveis. Confira!
Quais são os sintomas da colite?
Os sintomas da colite podem variar conforme a condição e o grau de inflamação do paciente, bem como o tipo de colite.
De modo geral, os sinais mais comuns de inflamação no intestino são:
- dor abdominal e cólicas intestinais,
- inchaço abdominal,
- períodos de constipação seguidos de períodos de diarreia,
- excesso de gases,
- presença de muco ou sangue na fezes,
- vômito,
- desidratação,
- anemia,
- perda de peso,
- fraqueza, fadiga ou falta de ânimo,
- dor no ânus,
- febre baixa.
Apesar de serem um indicativo de problema, nenhum desses sintomas é específico da colite, podendo ser confundidos com os de outras doenças inflamatórias do intestino. Por este motivo, é fundamental procurar um médico para obter o diagnóstico correto.
O que causa colite?
Diversos fatores podem causar colite. Entre as causas mais comuns e mais difundidas na literatura médica estão:
- infecção pela bactéria Clostridium difficile,
- redução do fluxo sanguíneo no intestino,
- intoxicação alimentar,
- respostas imunológicas intestinais exageradas, como reações alérgicas a determinados alimentos,
- estresse, ansiedade ou pressão psicológica,
- doenças autoimunes, como a doença de Crohn.
Cada um desses fatores pode produzir diferentes tipos de colite.
Tipos de colite
A colite pode se apresentar de formas diferentes de acordo com a causa da inflamação: ulcerativa, isquêmica, pseudomembranosa e nervosa.
Colite ulcerativa
A colite ulcerativa — também conhecida como retocolite ulcerativa — afeta tanto o cólon quanto o reto e é caracterizada pela presença de úlceras nessas regiões.
Esse tipo de colite não tem uma causa conhecida e específica, mas existem indícios de que fatores hereditários e reações alérgicas podem ser responsáveis pelo seu surgimento.
A colite ulcerativa é uma doença crônica e, por isso, não tem cura.
Colite isquêmica
A colite isquêmica é provocada pela redução do fluxo sanguíneo no intestino. A ausência de irrigação e oxigênio nas células gera lesões no cólon.
Ela acomete, em sua maioria, pessoas idosas ou com doenças ateroscleróticas — acúmulo de colesterol ruim.
A colite isquêmica tem cura. O tratamento consiste na administração de líquidos, eletrólitos, antibióticos e nutrientes por via intravenosa.
Colite pseudomembranosa
A colite pseudomembranosa é causada pela bactéria Clostridium difficile, que, normalmente, se proliferam excessivamente após o uso prolongado de antibióticos, o que desregula a microbiota intestinal.
A colite pseudomembranosa tem cura por meio da administração de antibióticos específicos para a C. difficile e posterior reposição da flora.
Colite nervosa
A colite nervosa — também chamada de síndrome do intestino irritável — é desencadeada em razão de estresse e ansiedade, condições que aumentam a sensibilidade do intestino, favorecendo o surgimento de lesões.
Em sua maioria, esse tipo de colite acomete pessoas jovens.
A colite nervosa é uma doença crônica e, portanto, não tem cura.
Como é feito o diagnóstico da colite?
O diagnóstico da colite é feito com base no exame físico e histórico do paciente somado aos resultados de exames laboratoriais e/ou de imagem.
Nesses casos, o médico especialista costuma solicitar:
- exame de fezes,
- exame de sangue,
- colonoscopia,
- tomografia computadorizada do intestino,
- ressonância magnética do intestino.
Uma das opções para obter um diagnóstico completo, rápido e eficiente é por meio de consultas online, como as disponibilizadas pela Conexa Saúde.
Nesses casos, os nossos médicos podem solicitar exames e também fazer o retorno do paciente e o acompanhamento regular do paciente.

Como tratar a colite?
O tratamento da colite vai variar de acordo com o tipo da doença e o seu grau de inflamação. Entretanto, de modo geral, os esforços são para reduzir os sintomas e evitar a degradação do cólon.
Sendo assim, o mais comum para os médicos é:
- fazer ajustes na dieta, evitando alimentos que geram irritação no estômago,
- receitar medicamentos anti-inflamatórios, antibióticos, antidiarreicos e probióticos para reduzir e controlar a inflamação, combater infecções e fazer a regulação da flora intestinal,
- menos frequentemente, recomendar imunossupressores para diminuir a resposta do sistema imunológico, reduzindo a inflamação e prevenindo outros dados no intestino.
Em casos mais graves, ainda, o médico pode indicar uma cirurgia para remover as regiões lesionadas do intestino.
A intervenção cirúrgica pode ser indicada:
- em caso de complicações graves, como sangramento severo ou, quando, na colite isquêmica, há redução severa do fluxo sanguíneo no intestino, causando danos teciduais e necrose;
- em pacientes com colite ulcerativa prolongada, o que pode aumentar o risco de câncer de cólon.
Nesse último caso, o procedimento cirúrgico pode envolver a remoção total ou parcial do cólon ou mesmo uma ileostomia, que faz o desvio do trânsito intestinal.
O que pode comer em caso de colite?
Alguns alimentos podem ajudar a aliviar os sintomas da colite:
- carnes magras e peixes, que são fontes de proteína e ferro que contribuem para a manutenção da massa muscular,
- frutas e vegetais cozidos, sem casca e sem bagaço — além disso, sementes auxiliam na recuperação da flora intestinal,
- água, sucos naturais específicos e chás, para reforçar a hidratação.
O que evitar comer em suspeita de colite?
Alguns alimentos podem acelerar o processo inflamatório intestinal e agravar ainda mais o quadro de colite e, por isso, devem ser evitados, como:
- alimentos ricos em gorduras, como frituras, margarina, manteiga e determinados óleos vegetais, incluindo soja, canola e milho;
- alimentos que contenham pimenta;
- substância e alimentos com cafeína;
- doces;
- embutidos;
- alimentos que possuam muitas fibras, incluindo sementes, pipoca, vegetais folhosos crus e frutas com casca e bagaço;
- feijão e lentilha;
- alimentos industrializados, como temperos prontos;
- álcool.
Recomenda-se ainda o controle de estresse por meio de atividades físicas ou de relaxamento, além de evitar o uso excessivo de medicamentos, como antibióticos e anti-inflamatórios.
Qual médico trata colite?
O médico que trata a colite é o coloproctologista, profissional especializado em doenças do intestino grosso, que incluem o cólon, reto e ânus.
Se você busca um atendimento rápido e eficiente ou se não tem disponibilidade para se deslocar para um consultório médico, saiba que você pode contar com os benefícios da telemedicina.
Plataformas como a Conexa Saúde oferecem consultas online com mais de 30 especialidades médicas para atender às mais diversas condições de saúde.
A vantagem é que você passa por uma consulta completa, onde o especialista solicita os exames físicos e também acompanha o paciente durante todo o tratamento. Quando necessário, ele também pode encaminhar o paciente para uma consulta presencial.

Revisado por:
Monyck Barros Cardoso
CRM 52.95814-0. Formada em medicina pela UFRJ. Especialista em Clínica Médica (RQE 38919), Gastroenterologista (RQE 38920), Endoscopista (RQE 38921) Atendimento online pela Conexa Saúde como Curadora da Especialidade de Gastroenterologia. Atua como Endoscopista no Hospital Federal do Andara; Rotina médica do CTI – Hospital Oeste D’or; Consultório particular na Barra da Tijuca (RJ).