Bullying é algo exclusivo da época da escola, maldade de criança e adolescente. Depois essa fase passa, certo?
Errado. O colégio é um ambiente propício ao bullying por reunir uma grande quantidade de pessoas diferentes que convivem em uma frequência diária. Que outro espaço se assemelha com estas características? O corporativo.
Infelizmente, pessoas que estão longe de ser crianças ainda podem reproduzir este comportamento agressivo e opressivo com colegas de trabalho.
O bullying corporativo ainda é uma pauta pouco discutida, exatamente por acharem que esta não é uma realidade existente nos escritórios.
Para mudar este cenário, é sobre este assunto que iremos tratar neste artigo. Para entender mais sobre este mal, continue lendo.
O que é o bullying corporativo?
A descrição não se diferencia em muito do bullying que acontece no colégio. Se você sente que nunca é escolhido para projetos, não é chamado para as atividades fora do escritório ou tem suas funções sabotadas por algum motivo, você pode ser uma vítima.
E é claro que isso tudo só pode ser validado como bullying caso você sofra estas situações gratuitamente. Se você não recebe trabalhos importantes porque os resultados entregues não são satisfatórios, o problema é outro.
Também é preciso garantir que você não está se auto sabotando ao achar que estão todos contra você. Para garantir se é ou não bullying corporativo, busque a opinião de um terceiro neutro.
Racionalizar te ajudará a entender que a culpa do que está acontecendo não é sua. E depois, para elaborar uma resposta.
Responda com maturidade
Se os outros estão agindo de forma infantil, responda com toda a classe da maturidade.
Diálogo é sempre a melhor solução. Se você preferir, pode comunicar o RH ao invés de falar diretamente com aqueles que estão praticando o bullying corporativo. Combinar ambas as atitudes também é uma boa ideia.
Existe uma linha tênue entre impôr o seu espaço no escritório e dar vexame fazendo escândalo. Siga sempre com a primeira opção.
Ao perceber que você não está sendo escalado para projetos que têm a sua cara, marque de conversar com o seu superior para esclarecer.
Se você ouve provocações constantes dos outros colaboradores do seu time, imponha seus limites com educação. Afinal, você não é pago para lidar com isso.
Opressões estruturais
É claro que bullying corporativo é um grande problema que deve ser combatido. Mas é preciso diferenciá-lo de opressões estruturais que podem estar presentes no escritório.
Racismo, machismo ou homofobia. Assédio sexual ou moral. Falta de acessibilidade para deficientes físicos e mentais.
Se você passa por qualquer uma destas situações, saiba que você é assegurado por lei. Estes casos superam o bullying e configuram crimes.
Denuncie e se retire. Não tenha medo de usar a sua voz.
Empatia
Tanto na situação de bullying corporativo como em casos de opressões estruturais, é importante deixar claro que ficar em silêncio te torna cúmplice.
Se você está na situação de não praticar e nem sofrer a violência, sempre preste solidariedade e se mostre disposto a intervir de modo pró vítima.
A partir do momento em que você vê o mal acontecendo e faz nada, você automaticamente se posiciona do lado do opressor.
Novamente, não é necessário (e nem se deve) fazer escândalo. Você pode chamar a vítima para conversar em privado ou comunicar o RH de forma anônima, se preferir.
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Texto: Manoela Caldas.