Reconhecer e tratar a baixa autoestima é de extrema importância para quem busca viver melhor. Afinal, o olhar de você consigo próprio desempenha um papel essencial na saúde mental e bem-estar geral.
Quando temos uma autoestima saudável, nos sentimos confiantes, capazes e preparados para enfrentar desafios. No entanto, a baixa autoestima pode nos fazer sentir inseguros, inadequados e incapazes de alcançar nossos objetivos.
Mas o que exatamente é a baixa autoestima? Como podemos identificá-la e, mais importante, como podemos superá-la?
Neste artigo, vamos explorar esses tópicos em profundidade, oferecendo dicas práticas e estratégias para elevar sua autoestima e melhorar sua qualidade de vida.
O que é baixa autoestima?
A baixa autoestima é uma percepção negativa de si mesmo.
Pessoas com baixa autoestima geralmente se sentem inadequadas, não merecedoras de coisas boas e incapazes de alcançar seus objetivos.
Isso afeta sua saúde emocional e qualidade de vida. Quando a autoestima é baixa, a pessoa pode se ver de forma distorcida, acreditando que suas falhas são insuperáveis e que suas qualidades são insignificantes.
Assim sendo, quem sofre de tal problema possui certos tipos de dificuldades, como bloqueios em falar “não”, querer sempre agradar e se desvalorizar, colocando os desejos e pedidos dos outros acima das próprias vontades.
Como diferenciar baixa autoestima da depressão?
A depressão é um transtorno de humor sério e debilitante que vai além de apenas se sentir triste ou desanimado. Clinicamente conhecida como transtorno depressivo maior, a depressão é caracterizada por uma série de sintomas que afetam a funcionalidade diária. Segundo o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), os principais sintomas da depressão incluem:
- Tristeza profunda e persistente: uma sensação constante de vazio ou desesperança;
- Perda de interesse ou prazer em atividades que antes eram prazerosas;
- Alterações no apetite e no sono, podendo levar a perda ou ganho de peso significativo e insônia ou sonolência excessiva;
- Fadiga: sensação de cansaço extremo e falta de energia, mesmo para realizar tarefas simples;
- Dificuldade de concentração: problemas para pensar, tomar decisões ou lembrar de coisas;
- Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva, muitas vezes desproporcionais à realidade;
- Pensamentos de morte ou suicídio.
Esses sintomas devem estar presentes por pelo menos duas semanas e representar uma mudança significativa no funcionamento anterior da pessoa para que um diagnóstico de depressão seja considerado. A depressão requer intervenção médica, muitas vezes envolvendo uma combinação de medicação, como antidepressivos, e psicoterapia.
Se você ou alguém que você conhece está experimentando sintomas que parecem ir além de uma percepção negativa de si mesmo e estão afetando significativamente a vida diária, é fundamental procurar ajuda profissional. O diagnóstico e o tratamento da depressão e da baixa autoestima podem ser complexos e delicados, e apenas um profissional de saúde mental pode fazer essa avaliação de forma adequada.
Telemedicina e psicoterapia online são opções acessíveis e convenientes para quem busca apoio psicológico. Consultas online podem proporcionar acesso rápido e fácil a especialistas que podem ajudar a diferenciar entre depressão e baixa autoestima e oferecer o tratamento adequado.
O que pode causar a baixa autoestima?
A baixa autoestima pode ser causada por vários fatores, incluindo:
- Experiências negativas de vida: críticas constantes, bullying e traumas podem impactar profundamente a forma como nos vemos;
- Comparações sociais: a pressão para atender a padrões muitas vezes irrealistas, promovidos por mídias sociais e culturais, pode minar a autoconfiança;
- Influências culturais e midiáticas: representações irrealistas de sucesso e beleza podem criar expectativas inatingíveis.
Esses fatores podem fazer com que a pessoa internalize uma imagem negativa inconsciente de si mesma, acreditando que nunca será boa o suficiente.
As influências sociais, como a pressão para atender a padrões irreais, desempenham um papel significativo na diminuição da autoestima.
Nas mídias sociais e na publicidade somos constantemente bombardeados com imagens de pessoas que aparentam ter a “vida perfeita” e um padrão de beleza inatingível. Essas representações muitas vezes são altamente editadas e estilizadas, criando uma ilusão de perfeição que é difícil de alcançar na realidade.
Além da pressão para ser fisicamente atraente, há uma crescente expectativa social para alcançar altos níveis de sucesso profissional e pessoal. As redes sociais amplificam isso ao mostrar constantemente as realizações dos outros, muitas vezes sem revelar as lutas e os fracassos que os acompanham.
Como identificar os sinais da baixa autoestima?
Identificar os sinais de baixa autoestima é essencial para buscar a ajuda necessária. Alguns sinais comportamentais e emocionais incluem:
- Evitar desafios por medo de fracasso: a pessoa prefere não tentar algo novo para não correr o risco de falhar;
- Sentir-se constantemente inadequado: uma sensação persistente de não ser bom o suficiente em comparação com os outros;
- Dificuldade em aceitar elogios: sentir desconforto ou descrença ao receber um elogio;
- Necessidade de agradar aos outros para se sentir aceito: fazer de tudo para ser aceito pelos outros, mesmo que isso signifique sacrificar suas próprias necessidades;
- Comportamentos autodestrutivos ou autossabotadores: envolver-se em ações que prejudicam seu próprio sucesso ou bem-estar.
Reconhecer esses sinais é o primeiro passo para entender a gravidade da situação e buscar a ajuda necessária para melhorar a autoestima.
Nesse sentido, buscar ajuda médica ou psicológica pode ser uma excelente opção para te auxiliar no processo de ganho de autoestima.
Quais os impactos da baixa autoestima na saúde emocional?
A baixa autoestima pode ter consequências profundas e duradouras na saúde emocional de um indivíduo, manifestando-se em várias áreas da vida. Ela não só afeta a percepção de si mesmo, mas também a forma como a pessoa interage com o mundo ao seu redor, podendo desencadear transtornos emocionais, como a ansiedade e a depressão, como a ansiedade e a depressão.
Dessa forma, o problema pode resultar em uma visão distorcida da realidade e da própria capacidade, influenciando negativamente a qualidade de vida. Esses impactos incluem:
- Ansiedade constante: preocupação excessiva sobre o que os outros pensam e medo constante de ser julgado;
- Sentimentos persistentes de tristeza, desesperança e falta de motivação;
- Dificuldade em se priorizar: quando alguém sofre de baixa autoestima, a tendência é que ela se sinta menor que os outros e diminua o seu autocuidado;
- Isolamento social: evitar interações sociais por medo de não ser aceito ou valorizado.
Como a baixa autoestima afeta as relações pessoais?
A baixa autoestima influi nas relações pessoais ao criar dependência emocional, medo de rejeição e dificuldade em estabelecer limites saudáveis. Essa necessidade incessante de aprovação externa pode se manifestar de várias formas, incluindo:
- Apego Excessivo: indivíduos com baixa autoestima podem se apegar excessivamente aos outros, temendo perder o apoio e a aceitação que acreditam não conseguir por conta própria. Eles podem tornar-se dependentes de um parceiro ou amigo para se sentirem seguros e valorizados;
- Sacrificar as Próprias Necessidades: para manter a aprovação de outras pessoas, alguém com baixa autoestima pode estar disposto a colocar suas próprias necessidades e desejos de lado. Isso pode resultar em uma relação desequilibrada, onde a pessoa constantemente se anula para agradar o outro;
- Medo de Conflito: o medo de perder a conexão com o outro pode fazer com que a pessoa evite conflitos a todo custo, mesmo quando suas próprias necessidades ou sentimentos estão sendo comprometidos. Essa evitação de conflitos pode impedir a resolução de problemas e a comunicação aberta nas relações.
Pessoas com a questão costumam ter dificuldade em confiar nos outros e em si mesmas, resultando em relacionamentos desequilibrados e insatisfatórios. Isso pode levar a:
- Submissão: Clara frequentemente diz “sim” aos pedidos de seus amigos e familiares, mesmo quando isso interfere com seus próprios planos ou necessidades. Ela sente que, ao dizer “não”, será considerada egoísta ou ingrata. Com o tempo, Clara se sente sobrecarregada e exausta, incapaz de priorizar seu próprio bem-estar.
- Permissividade: André permite que seu parceiro tome todas as decisões no relacionamento, desde as finanças até as atividades sociais. Ele acredita que suas opiniões não são tão importantes ou válidas. Essa permissividade cria um desequilíbrio na relação, onde André se sente cada vez mais invisível e insatisfeito.
- Falta de Assertividade: Júlia tem dificuldade em expressar suas necessidades no trabalho. Quando seu chefe pede que ela faça horas extras, ela sempre concorda, mesmo que isso signifique sacrificar seu tempo de descanso. Júlia teme que, ao ser assertiva, possa perder seu emprego ou ser vista como uma funcionária difícil.
Dicas e estratégias para elevar a autoestima
Elevar a autoestima é um processo contínuo que envolve práticas de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Aqui estão algumas estratégias práticas que podem ajudar a fortalecer a autoestima e promover uma visão mais positiva de si mesmo:
- Alimentação Saudável: Manter uma dieta balanceada não só nutre o corpo, mas também tem um impacto positivo no humor e na energia.
- Higiene do Sono: Dormir adequadamente é crucial para a saúde mental. Crie uma rotina de sono que permita um descanso reparador.
- Atividades Relaxantes: Encontre tempo para atividades que você gosta, como ler, ouvir música, meditar ou tomar um banho relaxante.
Se as estratégias acima não são suficientes para melhorar a autoestima ou se a baixa autoestima está afetando significativamente sua vida diária, é importante buscar auxílio médico especializado.
A depressão, a ansiedade e outros transtornos mentais frequentemente estão associados à baixa autoestima e podem necessitar de um tratamento profissional para serem gerenciados de forma eficaz.
A telemedicina oferece uma forma conveniente e acessível de buscar ajuda de profissionais de saúde mental. Com a telepsicologia, você pode conversar com psicólogos e terapeutas de maneira segura e privada, sem sair de casa. Isso facilita o acesso ao suporte necessário, especialmente para aqueles que podem se sentir ansiosos sobre visitas presenciais ou têm dificuldades de deslocamento.
- Acessibilidade: A telemedicina permite o acesso a cuidados especializados, independentemente da localização geográfica.
- Flexibilidade de Horários: Consultas online podem ser agendadas em horários que se ajustem à sua rotina.
- Conveniência: Receba suporte no conforto do seu lar, o que pode reduzir a ansiedade associada às visitas presenciais.
Se você ou alguém que você conhece está lutando com a baixa autoestima e precisa de ajuda para superá-la, considere explorar os benefícios da telemedicina e agende uma consulta com um profissional de saúde mental.
Como ajudar alguém com baixa autoestima?
Se você conhece alguém com baixa autoestima, você pode ajudar de várias maneiras:
- Ofereça apoio emocional: tente ser um ouvinte atento e oferecer palavras de encorajamento;
- Evite críticas destrutivas: busque concentrar-se mais em acolher e dar apoio;
- Incentive a busca de ajuda profissional: auxilie a pessoa a encontrar um terapeuta ou utilizar os benefícios da telemedicina.
Quando é importante buscar auxílio profissional?
Buscar auxílio profissional é crucial quando a baixa autoestima começa a interferir significativamente na vida diária e no bem-estar emocional. Nesse sentido, é essencial procurar um médico psiquiatra ou um psicólogo para bem diagnosticar o problema e propor ferramentas para trazer mais confiança para o seu dia a dia.
Profissionais de saúde mental podem oferecer estratégias e tratamentos eficazes para melhorar a autoestima. A telemedicina oferece uma opção conveniente e acessível para consultas online, permitindo um atendimento rápido e eficaz sem sair de casa.
Cuide da sua saúde e busque acompanhamento médico especializado! Para saber mais sobre como a telemedicina pode ajudar, visite a página de pacientes da Conexa Saúde ou agende uma consulta online
Créditos da imagem: KatarzynaBialasiewicz em iStock
Revisado por:
Maria Clara de Oliveira Scacabarrozzi
Psicóloga, pós-graduada em Psicologia Social pela Uniara e em Projetos Sociais e Políticas Públicas pelo SENAC-SP. Atua como Psicóloga Supervisora no time de Gestão em Saúde Mental na Conexa. CRP 06/158344.