Sabe aquela “voz interna” que diz que você não vai conseguir fazer algo, que não vai se sair bem em uma nova tarefa e que, muitas vezes, te coloca pra baixo? Ela tem nome e está ligada à autoestima.
Segundo Luana França, psicóloga parceira da Psicologia Viva, a autoestima é a forma como o indivíduo se vê. “São os sentimentos que ele tem em relação a ele mesmo”, diz. Ou seja, é a noção de valor que uma pessoa tem de si mesma.
Nesse sentido, é normal, às vezes, se sentir mal consigo mesmo e sem autoconfiança. Todos têm dias assim. O problema é quando esses sentimentos se tornam constantes.
Mas, então, por que fortalecer a autoestima é fundamental para uma
Autoestima: Por que ela é tão importante?
A profissional é enfática: é na autoestima que a pessoa encontra o equilíbrio para tudo ao seu redor.
Dessa forma, uma pessoa com a autoestima positiva será mais confiante em todas as áreas de sua vida: nos relacionamentos, no trabalho, na vida social, em família e etc.
Com a autoestima fortalecida, as pessoas conseguem lutar por seus direitos e compreendem melhor as situações ruins que estão vivendo. Ou seja, com a autoestima saudável, a tendência é se sentir positivo sobre si mesmo e sobre a vida em geral. E isso possibilita lidar com mais facilidade com os altos e baixos que todo mundo enfrenta.
Nesse sentido, pode-se dizer que os elementos-chave da autoestima incluem:
- Autoconfiança;
- Sentimentos de segurança;
- Identidade – reconhecimento e valorização;
- Sensação de pertencimento;
- Sentimento de competência.
É fácil perceber que esses são elementos fundamentais para o bom funcionamento de todas as áreas da vida. Assim, é possível dizer que a autoestima interfere em todas as ações, decisões e escolhas de alguém.
O contrário, ou seja, a falta ou uma autoestima baixa também interfere e causa problemas na vida de quem se sente assim. “Já uma pessoa que tem uma baixa autoestima vai ter mais dificuldade de se posicionar, vai se cobrar demais e vai sempre procurar a comparação em relação a outras pessoas. E quando esse padrão social não é alcançado, vem o sentimento de angústia, de tristeza”, esclarece a psicóloga.
Assim, com a autoestima baixa, é comum enxergar a própria vida sob uma luz mais negativa, crítica e, até mesmo, infeliz. Com isso, o indivíduo se sente menos capaz de enfrentar desafios, deixando de tentar coisas novas e se escondendo de situações sociais.
Terapia: qual a relação?
Os acontecimentos dos últimos anos mudaram as relações humanas: os empregos home office se tornaram comuns, os estudos online e até a terapia por meio da Internet ganhou mais espaço.
Exemplo disso é uma pesquisa do Instituto FSB e encomendada pela SulAmérica que mostra o seguinte dado: 60% dos brasileiros que fazem terapia começaram durante a pandemia.
Além de ser fundamental para trabalhar a ansiedade, a depressão e o estresse, dentre outras questões, o processo terapêutico é também importante para o fortalecimento da autoestima.
“Ela ajuda a se reconhecer, a se perceber e a se aceitar”, ensina Luana. E é preciso lembrar que esse é um processo longo e muito bem trabalhado, com auxílio profissional.
“Se eu nem sei quem eu sou, como vou saber quais são os pontos que devem ser olhados e acolhidos? A terapia auxilia nesse processo”.
No entanto, é importante esclarecer que a baixa autoestima não é um problema de saúde mental em si, embora o emocional esteja intimamente ligado.
Dessa forma, alguns dos indicadores da baixa autoestima podem ser indícios de uma doença mental. Principalmente quando eles são persistentes e atrapalham a vida da pessoa. Por exemplo:
- Sentir-se sempre sem esperança ou sem valor;
- Culpar-se por tudo;
- Odiar a si mesmo;
- Acreditar ser incapaz de fazer as coisas.
Por isso, o acompanhamento de um psicólogo é tão importante! O profissional será capaz de fazer o diagnóstico correto e desenvolver, junto ao paciente, o tratamento adequado.
Seja gentil com você: como fortalecer a autoestima?
Dra. Luana dá dicas que vão auxiliar você nesse processo, confira:
- Comece a ter segurança em si mesmo;
- Reconheça as qualidades, sem muita vaidade. Nem se sentir superior e nem inferior aos outros. É encontrar o equilíbrio;
- Saiba admitir as limitações e respeite-as;
- Seja aberto e compreensivo: é preciso entender que a pessoa é humana e algumas pessoas entram nesse mecanismo punitivo, começando uma neurose, uma paranoia quando há algum erro;
- Se respeite e se acolha: “eu errei e está tudo bem. O que eu posso aprender com esse erro?”. “Eu fracassei, mas não significa que eu sou um fracasso.” A pessoa pega aquele erro e se torna um erro; entende que ela é um problema, mas foi só um obstáculo que aconteceu;
- Estabeleça relações saudáveis. A pessoa que está com baixa autoestima pode ficar nesse ciclo de críticas negativas e isso pode acabar atrapalhando.
Com estas orientações, a jornada será muito mais satisfatória. Então, o que você acha de dar o primeiro passo para a melhor viagem: a descoberta sobre si mesmo?
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Fonte
Luana França, psicóloga clínica na Psicologia Viva.
A profissional é formada na Universidade Paulista em Psicologia e Pós-Graduanda em Psicanálise Clínica.
CRP: 06/176623