Nunca se falou tanto em ansiedade. Com o ritmo cada vez mais frenético das nossas vidas, a saúde emocional vai ficando de lado e as dificuldades aumentam. Assim, os casos de transtorno de ansiedade generalizada têm se tornado mais frequentes.
Dentro do quadro da ansiedade há alguns subtipos. Entre eles está o que tratamos neste post. Você quer entender mais sobre esse transtorno e seus sintomas? Acompanhe as informações que trouxemos. Boa leitura!
O que é o transtorno de ansiedade generalizada?
Inicialmente, precisamos esclarecer que o sentimento de ansiedade, ou seja, a antecipação de ameaças futuras, não é sempre negativo. Na verdade, em um grau moderado ele é bastante útil nas nossas vidas. Entretanto, quando se torna excessivo pode gerar grandes problemas.
É o que acontece quando alguém desenvolve um transtorno de ansiedade. A pessoa enfrenta sensações de tensão e medo frequentes, desproporcionais às situações vividas. No caso da ansiedade generalizada não há a identificação de estímulos específicos — ou seja, as crises acontecem em ocasiões muito diversas.
O que pode causar esse problema?
Não é possível encontrar uma razão única por trás da ansiedade generalizada. Para entender o problema é preciso conhecer a história de vida da pessoa e analisar diversos aspectos. Por isso, o atendimento psicológico é essencial na compreensão e tratamento do problema.
Sabe-se que fatores genéticos podem influenciar no desenvolvimento da ansiedade. Além deles, situações traumáticas do passado, ou a vivência de problemas no presente, estão entre os motivos mais comuns para desencadear o transtorno.
Alguns contextos mais críticos têm relação direta com o aumento de casos de ansiedade. Profissionais como policiais e professores, por exemplo, podem desenvolver o problema devido à maior exposição ao estresse.
Além disso, moradores de países violentos, pessoas em situação de instabilidade financeira e mulheres em relações abusivas têm maior risco de desenvolver ansiedade.
Pacientes enfrentando doenças crônicas, como pessoas cardíacas ou diabéticas, também podem ter o seu emocional abalado pela perda da saúde física.
Quais são os sintomas?
Depois de saber que nem todo sentimento de ansiedade é ruim, é importante aprender a identificar um possível transtorno. Como perceber se o que você tem são sensações comuns à vida ou se você está sofrendo de ansiedade generalizada?
Um dos primeiros sinais é a preocupação excessiva. A pessoa ansiosa superdimensiona uma situação. Preocupar-se a ponto de ficar paralisada diante de um desafio é um sintoma do transtorno. Caso esse sentimento impeça você de realizar suas atividades cotidianas, investigue.
Outro indicativo de ansiedade generalizada é sentir medo de tudo. Esse sentimento impede a pessoa de relaxar, mesmo diante de situações nas quais outras pessoas estão bem.
O ansioso vê um grande perigo onde não há, porque tem dificuldade de analisar a realidade de forma racional.
Sintomas físicos também fazem parte do transtorno de ansiedade generalizada. Além de estar com as emoções à flor da pele, a pessoa pode sentir: dificuldade para dormir, cansaço excessivo, estresse, tensão muscular, dores de cabeça, taquicardia, tontura, náuseas e falta de ar.
Na presença de um ou mais sintomas é muito importante procurar ajuda. Quanto mais cedo você iniciar um tratamento, mais rápido e efetivo ele será. Tratar a ansiedade generalizada é fundamental para ter qualidade de vida e se sentir bem!
O questionário não deve ser considerado como um diagnóstico, apenas como uma orientação dos níveis dos sinais. Nesse caso, sempre é recomendado consultar um profissional capacitado para uma avaliação completa.
Para determinar qualquer diagnóstico potencial, discuta seu resultado com um psicólogo.
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Referências:
Castillo, Ana Regina GL, et al. “Transtornos de ansiedade.” Brazilian Journal of Psychiatry 22 (2000): 20-23.
CURY, AUGUSTO JORGE. Ansiedade: como enfrentar o mal do século. Saraiva Educação SA, 2017.
Kinrys, Gustavo, and Lisa E. Wygant. “Transtornos de ansiedade em mulheres: gênero influencia o tratamento?.” Revista Brasileira de Psiquiatria (2005).